12. Todos os caminhos levam a você

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::FERNANDO::

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::FERNANDO::

Maldito Rassim! Eu me perguntava quando ele finalmente compreenderia que nunca conseguiria vencer e desistiria. Talvez nunca. Eu corria apressado pelas ruas esperando não chegar tarde demais, podia sentir que ela estava em perigo, cada parte do meu corpo gritava um alerta desesperado enquanto eu me movia com total velocidade, sendo guiado pela batida inconstante e rápida de seu coração. O medo dela percorria cada célula do meu corpo. Ainda não havíamos nos encontrado aqui, não desde a última vez que nos vimos aproximadamente cinco séculos atrás. Ela provavelmente nem se lembrava quem eu era. Nunca lembrava. Eu sabia que aquela era minha última chance e isso só tornava tudo pior, se eu a perdesse não haveria volta, mas tudo naquele tempo era mais complicado, e eu ainda estava dividido entre me aproximar dela ou deixá-la seguir um curso diferente e, talvez, mantê-la a salvo. Vigiando-a só de longe como era meu trabalho.

Ridículo. Eu nunca ia conseguir fazer isso. Sempre que eu a via, sempre que olhava em seus olhos, todas as minhas defesas desmoronavam e eu ficava completamente submisso à ela, ao amor avassalador que explodia dentro do meu coração. Por que protegê-la precisava ser tão complicado? Bom, a culpa era minha, afinal. Parei um momento e fechei os olhos, podia vê-la correndo enquanto Mateus, Caio, Steve e Brian estavam atrás dela, as luzes fracas dos postes e as ruas vazias ladeadas por lojas me deram a localização dela e segui para lá, aparando-a bem a tempo, quando ela virou a esquina da rua sete, no centro.

— Você está bem? — Que pergunta idiota, é óbvio que não está!

Ela não respondeu, estava apavorada, e com certeza me achando um completo imbecil por fazer uma pergunta tão estúpida. Como ela era linda... não importava quanto tempo passasse, ela sempre era linda. Mesmo que de uma maneira diferente. Senti meu coração acelerar dento do peito, era o efeito de vê-la, de estar perto dela, o calor do seu corpo tão latente para o meu, mesmo com a curta distância que nos separava, o seu cheiro, naquela vez de lavanda e cacau, me entorpeceram, e quase esqueci que precisava salvá-la dos quatro capachos de Adrian.

— Fique quieta e atrás de mim.

Falei com o tom de voz mais firme que consegui, ela ponderou apenas por um segundo e me obedeceu, podia sentir os tremores em seu corpo, principalmente quando ela segurou meu braço com sua mão pequena e trêmula. Maldição! O toque dela era entorpecedor. Precisava se me concentrar, mas parecia impossível quando cada terminação nervosa do meu corpo estava ciente do calor da pele dela no meu braço mesmo sobre a jaqueta de couro. Eu tinha de ter cuidado para que eles não revelassem mais do que ela precisava saber, a verdade poderia matá-la. Era certo que ela não sabia quem eu era e saberia menos ainda quem era Rassim, nós mudávamos conforme a época em que vivíamos e já fazia tanto tempo. Eu era condenado a permanecer com cada pedaço daquela eternidade viva dentro da mente, enquanto ela sempre voltava como uma folha em branco, com a chance de ter uma vida inteira pela frente, pelo menos até Rassim encontrá-la novamente. E, mais uma vez, a culpa era minha.

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