Capítulo 2 Antoni

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Saio do restaurante e tudo que eu mais quero no momento é minha cama, hoje não foi fácil não. Tive que segurar as pontas dentro do restaurante novamente depois de mais uma das brigas de Miguel e Alexia.

Miguel, meu melhor amigo e chefe, vive em pé de guerra com Alexia, uma garota que mora no morro, esse simples fato faz com que ele não a aceite, de jeito nenhum, aqui no restaurante. Sempre sobra para mim, tenho segurar as pontas quando eles resolvem fazer o show deles.

Eu tive que ajudar, isso me chapa, pois, não entendo bulhufas de cozinha, e tenho que ficar entre a cozinha e o salão. Quando chego a minha casa estou quebrado, eu não quero saber de nada, apenas meu banho e cama.

Acordo no dia seguinte com meu telefone tocando, tento ignorar, mas, a pessoa não desiste e eu resolvo que é melhor atender, antes que eu quebre essa porcaria na parede, quando vejo quem é, me arrependo de não ter quebrado.

- Alô!

- Oi meu amor...

- Olha, Joyce, eu não sei se você se lembra, mas, faz mais de duas semanas que eu não sou mais o seu amor, desde aquele dia em que eu peguei você agarrada com outro naquela boate. Então será que você poderia fazer o favor de parar de e ligar e ir procurar alguma coisa para fazer da sua vida?

- Nossa! Que mau humor, eu não sabia que você era tão mal humorado pela manhã...

- Você nunca soube nada a meu respeito, engraçado que eu era o único trouxa que não percebia isso. – digo amargo, em seguida, desligo o telefone para não correr o risco de receber outra ligação dela.

Lembro-me de quando conheci a Joyce, eu estava na Fênix com meus amigos e quando a vi dançando junto com mais duas garotas eu fiquei hipnotizado, eu a queria a todo custo. Quando cheguei nela para conversar, parecia um anjo, era toda meiga e sorridente, isso me encantou mais ainda, ficamos conversando a noite toda, depois daquele dia começamos a sair quase todos os dias.

Ela demonstrou ser um tanto ciumenta, mas, isso não me incomodava muito, pelo contrário, seu ciúme parecia que era real, pois a cada garota que tentava se aproximar de mim, era um escândalo, mesmo que eu nunca tenha dado a porra de um motivo.

***

Depois de um ano de relacionamento ela passou a ficar distante, eu achava que era seu trabalho que estava fazendo com que ela estivesse sempre cansada. Mas depois de uns dias, nós tínhamos combinado de que iriamos jantar, naquele dia ela me ligou e disse que não poderia ir, pois, iria ter que ajudar sua mãe. Como eu sempre fui um cara caseiro, ela tinha a certeza de que eu ficaria em casa, porém, aquele era o aniversário de um amigo meu e eu decidi que iria.

Quando cheguei à boate, ela estava superlotada, tinha vários amigos meus por lá, mas, mesmo estando rodeado de amigos, eu me senti mal por estar ali sem Joyce. Ando por entre as pessoas e algumas mulheres passam a mão em mim e me puxam querendo minha atenção, em minha mente só há espaço para Joyce.

Tento ligar para ela por várias vezes, no entanto, sempre cai na caixa postal, meu coração aperta e um arrependimento me invade, vejo que não tem por que ficar ali já que ela não está, volto para perto de meus amigos e digo que estou indo embora. Um deles me pede uma carona já que moramos perto, digo que tudo bem e vamos dar uma última volta pela boate. Depois de muito desviar de mulheres, conseguimos chegar perto do bar próximo à saída, quando vou passar por uma roda de amigos, ele me puxa e pede para irmos por outro lugar.

Quando estamos e frente ao palco, eu percebi que meu amigo fica assustado com algo que viu e tenta fazer com fossemos por outro caminho, no momento eu acho que ele está se escondendo de alguma ex e acho graça, mas então vejo o que o assustou daquele jeito, sinto vontade de matar alguém, vejo Joyce agarrada a um cara que eu julgava ser amigo meu, mas, pelo que eu vejo, não era bem assim.

Fui até eles e fiz com que o babaca voe. Depois me virei para a aquela mentirosa e me pergunto se todas aquelas vezes em que ela me dizia que estava ajudando sua mãe, ela estava, na verdade, aqui se esfregando com esse maldito.

Antes de ser arrastado dali, eu precisava dizer umas coisas a ela.

- Nunca mais ouse aparecer em minha frente, nunca mais, eu tenho nojo de saber que fui capaz de namorar um ser tão desprezível.

Depois disso, eu virei minhas costas e saí andando.

Claro que, no dia seguinte, ela já estava na porta do meu condomínio fazendo escândalo, querendo "conversar", eu não me dei ao trabalho de abrir e ainda pedi que o porteiro do condomínio chamasse os seguranças para que a retirassem.

***

Depois desse dia, ela até que me deu uma trégua, porém, há três dias ela parece ter se esquecido de tudo o que fez e acha que ainda estamos juntos. Eu quero que ela e sua insistência se fodam.

[...]

Quando volto para casa, recebo a ligação da organizadora do aniversário do prefeito que será realizado lá no restaurante, ela diz que está tendo problemas com a decoração, pois um dos painéis que existe no salão do restaurante não está combinando, ela me pergunta se pode retirar apenas para o evento que depois manda instalar novamente, digo para ela que tudo bem e depois de mais algumas dúvidas, esclarecidas, ela desliga.

Quando chego ao restaurante, vejo um Miguel muito nervoso, sei que teve mais alguma de suas discussões com Alexia, essa mulher apareceu para ferrar com cabeça do meu amigo, está na cara que estão apaixonados um pelo outro mais nem um quer dar o braço a torcer, Miguel aproveitou que Alexia sofreu uma tentativa de assassinato para colocar outra garota em seu lugar e eu sei que isso vai dar merda, pois ela não foi informada disso.

Miguel parece distraído, chamo sua atenção e ele me encara, pois eu quase não venho até sua sala.

- Aconteceu alguma coisa, Antoni?

- Então, eu queria saber se foi você quem retirou mais de quinhentos mil da conta do restaurante...

- Quê?

Ele não espera eu terminar de falar e percebo na sua fisionomia que ele não estava sabendo do saque que fora feito.

- Como assim? Está faltando mais de quinhentos mil na conta do restaurante? Explica isso direito.

- Então, eu estava fazendo as contas, que sempre faço todo mês e dessa vez apareceu que foi feito uma transferência eletrônica de mais de quinhentos mil, eu até pensei que tinha sido você. Mas, como está na cara de que não está sabendo de nada, vou começar a investigar quem foi que fez esse saque, pois, somente eu e você temos a senha eletrônica e antes que você pense que fui eu quem fez isso, já está aqui meu extrato bancário para provar que eu não tenho nada a ver com isso.

- Cara, eu sei que você não tem nada a ver com isso, você acha que eu te colocaria para cuidar das minhas finanças de seu desconfiasse de você? Quem você acha que eu sou? Somos amigos, porra.

- Eu sei que você confia em mim, mas eu quero deixar claro, para que não haja nenhuma dúvida.

Ficamos trancados dentro daquela sala por mais de duas horas mais não chegamos a lugar nenhum, então o jeito vai ser entrar o contato com o gerente do banco e tentar descobrir, se não resolver vamos à polícia, afinal, fomos roubados.


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