Capítulo 6 Antoni

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Mesmo sobre protestos de Samantha eu a levo para minha casa, depois de tudo que eu havia visto e ouvido naquela noite, não havia como merda nenhuma nesse mundo eu deixa-la num ponto sujo de ônibus como ela havia pedido.
Quando chegamos, sua reação me encanta, ela parece que está deslumbrada, admirada com tudo. Sinto vontade de mostrar a casa a ela, no entanto, ela parece tão cansada que resolvo leva-la direto para o quarto de hóspedes.
Depois de instalar Samantha em seu novo quarto, vou até meu escritório e ligo para um amigo meu que é detetive, sei que está tarde, mas, quero saber tudo o que posso sobre ela, para ajudá-la, pois eu sinto que ela não está me contando toda a verdade sobre esse tal de Fernando.
Depois de falar com Raul, vou para meu quarto, tomar, finalmente, um banho. Depois daquele banho longo e relaxante, pra tirar toda a canseira do dia, volto para meu quarto e coloco apenas uma cueca boxer branca e me deito.

***
Ouço bater na porta, quando abro vejo Samantha vestida apenas com uma camisola vermelha transparente, olho pro seu rosto, ela está me olhando com um olhar sedutor que me deixa doido, quando vou abrir a boca pra falar alguma coisa, ela avança pra cima de mim, pulando em meu colo, fazendo que minha única reação seja agarrá-la, olho para ela sem entender o porquê disso e ela me beija, um beijo cheio de desejo e pressa, parece que ela tem medo que eu afaste ela então me beija com mais força e mais pressa.
Com muito esforço afasto nossas bocas, mas nenhuma palavra sai de minha boca apenas a vontade de beijá-la mais e mais. Prendo-a na parede e começo a retirar sua camisola, olho seu corpo e fico louco, nunca tinha visto uma mulher tão gostosa em toda a minha vida.
Eu já estive com algumas, mas nenhuma se compara a essa, pois mesmo estando aqui mostrando o seu lado de mulher fogosa, ela é, ao mesmo tempo, uma menina indefesa que precisa ser cuidada, que precisa de carinho.
Deito-a na minha cama e me levanto, fico parado olhando para ela. Ela está de olhos fechados, mordendo o seu lábio inferior, com as mãos em cima de sua barriga, depois de um tempo que estou ali a admirando, ela se levanta, acho que para saber o que aconteceu, o porquê de eu estar parado ali olhando para ela, ela se apoia e seus cotovelos e sorrir.
- Vai ficar ai só olhando?
- Estou apreciando a vista.
- Então porque você não é bonzinho e me deixa também apreciar a vista?
Ela fala olhando para minha boxer, eu olho pra baixo e vejo que minha ereção está bem marcada sob ela, então a tiro. Samantha está passando sua língua na boca satisfeita com o que vê.
- Apreciando a vista? – devolvo o que me disse há minutos atrás e ela sorri.
- Não estou vendo direito, está muito longe. Por que não vem aqui pertinho para que eu possa apreciar melhor?
Ela fala levantando uma de suas sobrancelhas. Eu sorrio com sua cara de pau e vou para perto da cama. Ela pega em meu membro e sorri sensualmente e sem dizer nada me coloca na boca, me deixando surpreso com sua atitude.
Minha única reação é segurar em seus cabelos e fechar meus olhos apreciando seu oral. Ela me chupa com força, fazendo com que minhas pernas fraquejem, me mantenho ali firme para que não a atrapalhe, Samantha espalma suas mãos a cada lado dos meus quadris e faz com que eu entre mais profundamente em sua boca, fazendo com que ela perca o ar, mas isso não impede que ela continue, quando estou a ponto de gozar, ela para me olha e morde o lábio, quando vou protestar escuto batidas em minha porta, olho para baixo mais ela já não está mais ali e eu estou em minha cama.
***
- Quê? – pergunto de mau humor por tudo isso não ter passado de um sonho. Apesar de ser a voz dela ali.
- Antoni, tem uma moça gritando na porta para que você abra.
Quando ela diz isso, meu mau humor triplica, pois, sei exatamente de quem se trata.
- Joyce!
Levanto colocando a primeira calça que vejo pela frente e rezando para que ela não perceba que estou excitado. Abro a porta do meu quarto e ela está ali parada olhando para o nada, quando percebe minha presença ela se vira.
- É sua namorada, não é? Eu disse que você não devia ter me trazido para cá, agora ela vai me ver aqui e vai pensar besteira e vai brigar com você...
- Quando eu te disse lá no carro que eu não tenho namorada nenhuma é a mais pura verdade, aquela pessoa que está ali do outro lado da porta não passa de uma louca que não se conforma que tudo o que havia entre nós dois acabou.
Olho para ela e vejo a dúvida.
- Que saber?! Você acaba me dar uma ótima ideia! Será que você poderia apenas me acompanhar e concordar com tudo o que eu falar?
Ela me olha com dúvida, mas, faz que sim com a cabeça.
- Claro né, afinal você está me abrigando aqui na sua casa, nada mais justo do que eu te ajudar a se livrar dessa louca.
- Então, haja como se fossemos namorados e que estávamos fazendo um sexo muito louco ao qual ela atrapalhou. – impressionante, mas, a criatura consegue corar. Quem nesse mundo ainda cora por causa disso?
- Tudo bem.
Samantha e eu descemos, mas antes de abrir a porta eu paro e puxo-a.
- Se nós vamos fingir que estávamos transando, então temos que parecer que realmente estávamos.
Viro para ela na intenção de bagunçá-la, mas quando coloco meus olhos nela, vejo que não será preciso fazer nada, pois, ela está uma verdadeira visão do pecado, toda descabelada com uma camiseta masculina, ela está descalça.
- Não vou precisar fazer nada em você, a não ser...
Eu não termino de falar e a puxo para junto de mim e a beijo, desconto todo o maldito tesão que estou sentindo por causa daquele sonho maluco. Quando desgrudo nossas bocas, ela está me olhando com cara de assustada.
- Desculpa por ter feito isso, mas se estávamos no meio de uma transa seria normal se nossas bocas estivessem vermelhas por conta dos beijos.
Ela nada diz apenas faz que sim com a cabeça.
- Bom eu vou abrir, preparada?
Novamente ela nada diz, só faz que sim, mas assim que destranco a porta ela me abraça por trás. Quando abro a porta, vejo Joyce em vestido sem mangas colado em seu corpo, cor vermelha, ela está parada encostada no batente da porta de cabeça baixa, mas quando levanta sua cabeça sua boca se abre em um O enorme, pois sei que ela não esperava me ver acompanhado. Abre e fecha a boca várias vezes tentando falar algo, mas, nada sai de sua boca, então resolvo me pronunciar.
- O que quer aqui Joyce?
- Quem é essa? Você foi rápido! Não faz nem um mês que nós estamos brigados. E você já está com uma puta na sua cama, na cama que era nossa.
- Primeiro, lave sua boca para falar de Samantha, segundo, nós não brigamos. Eu peguei você me traindo e, por último, mas não menos importante, eu troquei aquela cama, ou você acha que eu iria colocar uma mulher como Samantha naquela cama onde você deitou?
Sinto Samantha sorrir atrás de mim e Joyce soltar fogo pelo nariz, mas não me importo mais se vou machucá-la com minhas palavras ou não, pois o que ela fez comigo naquele dia me destruiu. Graças ao Miguel eu me reergui. Tê-lo como meu amigo naquele momento foi fundamental, por isso que eu não troco meus amigos por nada no mundo.
- Então, você quer dizer que vai continuar com essa aí? – Samantha sai de trás de mim e para bem na frente de Joyce com as mãos na cintura.
- Olha aqui, querida, essa aí é o cacete, pois, eu tenho nome e ele é Samantha. E, não que seja da sua conta, mas, sim, eu e Antoni vamos continuar sim, eu não tenho culpa que você agiu como uma vadia que não soube dar valor ao homem que tinha em suas mãos e se você puder dar licença você está atrapalhando se não foi capaz de notar.
Ela termina de falar e se vira me dando um beijo mais quente do que eu dei nela há minutos atrás, enquanto estamos ali nos beijando escuto Joyce sair batendo os pés. Quando paramos de nos beijar, tanto eu quanto Samantha caímos na gargalhada.
- Acho que ela não vai mais te perturbar, pelo menos não por enquanto.
- Assim eu espero.
                        

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