Protegidos pelo mesmo feitiço que nos deixou invisíveis na noite em que quase fomos capturados saindo sem autorização de uma lareira nós dois seguiram voando para Londres.
Eu já estava me acostumando a voar com Remus e não senti tanto medo quanto da primeira vez. Chegamos à cidade perto do meio dia e montamos guarda na saída do Ministério. Com um feitiço de redução, ele conseguiu guardar a vassoura no bolso do paletó.
— Porque você não fez isso semana passada ao invés de esconder a vassoura atrás das árvores?
— Não achei que a gente ia precisar dela, dei lá...
Fiquei ansiosa quando o número de pessoas que saía de um banheiro público aumentou de repente.
— E se o senhor Weasley não for para casa almoçar? — perguntei.
— Vamos torcer para isso acontecer.
Um pouco mais jovem, mas com seus inconfundíveis cabelos ruivos, Arthur Weasley apareceu conversando com outros dois bruxos perto da uma hora da tarde. Remus já o conhecia, não sabia se ele fizera parte da Ordem e me esqueci de perguntar, mas isso não faria diferença naquele momento.
— Arthur, — cumprimentou Lupin.
Os dois homens que andavam foram embora apressados sem se despedir direito assim que notaram a presença dele.
— Babacas preconceituosos — murmurei.
— Remus, o que te traz à Londres? — O senhor Weasley não demonstrava nenhum sinal de que se importasse com o fato dele ser um lobisomem.
— Uma coisa bem séria e um tanto sigilosa. Tem algum lugar onde podemos conversar?
— Caldeirão Furado é reservado para o que você precisa me dizer?
— Acho que será o suficiente.
— Então vamos.
Nós três caminhamos em direção à taverna.
— E quem é sua amiga? — O senhor Weasley estava curioso desde que colocara os olhos em mim.
— Eu explico quando chegarmos lá.
Ele entendeu que fazia parte do segredo e concordou.
Eu já havia estado ali na semana anterior quando estive no Beco Diagonal com Remus, então o lugar não apresentava novidades para mim. Tom, o barman, nos acompanhou até uma mesa bem aos fundos onde teríamos a privacidade que precisávamos.
O senhor Weasley pediu a ele 3 cervejas amanteigadas que logo apareceram em nossa mesa. Esqueci totalmente do assunto quando vi a bebida. Nunca tinha experimentado e aquela era a original mesmo! Bebida por bruxos! Deixei o líquido descer pela minha garganta me deliciando com cada gota. Nunca havia provado algo tão delicioso.
— Helaina. — Remus, que estava sentado ao meu lado, tocou meu braço esquerdo para chamar minha atenção.
— Me desculpem, — disse um pouco sem graça limpando a boca com as costas da mão. — Acho que me distraí com o gosto disso! Muito bom!
— Você é muggle mesmo. — Arthur parecia encantado.
— Sou, — sorri já sabendo o apreço que ele tinha pelos não bruxos. — Não tenho ideia de como vim parar aqui, mas estou adorando.
— Tem muita coisa que eu gostaria de saber sobre vocês!
— Posso contar depois, mas agora temos uma coisa mais séria a tratar — respondi.
— Ela tem informações de que Sirius é inocente e Pettigrew, o verdadeiro culpado, está se escondendo.
— Mas no local do acidente encontraram o dedo dele...
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Marotos Reunidos
FanfictionMutatis mutandis (é uma expressão advinda do latim que significa: mudando o que tem de ser mudado). As primeiras mudanças aconteceram em 1982, para onde fui quando viajei pela primeira vez. Encontrei o jovem Remus Lupin e tinha uma missão para cump...