Capítulo 10 - Sem coleira em Hyde Park

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— É aqui — disse a Sirius quando paramos na frente da mansão.

— Nossa, parece que a poção tem vendido bem — comentou ele me fazendo rir.

Atravessamos o portão e subimos a escada até a porta da frente.

— Em que posso ajudar? — A mesma governanta da outra vez nos recebeu.

— Boa tarde, eu gostaria de falar com o Sr. Belby — informei.

— Um minuto, por gentileza. — Ela se virou e entrou na casa nos deixando à porta.

Sirius mexeu o corpo tentando espiar dentro da casa através da fresta na porta deixada pela mulher. Eu o puxei pelo braço e trocamos um sorriso.

— Ele pode atender você, mas não tem muito tempo disponível.

—Tudo bem, não pretendo demorar — respondi acompanhando os passos da mulher para dentro da casa com Sirius me seguindo.

Ela nos acompanhou até a sala onde ele me havia encontrado antes.

— Sr. Belby, — estiquei a mão para cumprimentá-lo. — Boa tarde.

— Boa tarde, minha jovem. — Ele apertou minha mão enquanto sorria e em seguida trocou um aperto de mão da mesma forma com Sirius. — Eu não conheço você de algum lugar?

— Dos jornais, talvez... — o jovem Black não se intimidou. — Estive preso em Azkaban, mas tudo foi esclarecido e minha inocência comprovada.

— Muito bem, deixemos o passado para trás... — Damocles Belby sorriu.

Fiquei aliviada por ele não ter surtado, pois Sirius não hesitava na hora de agir ou falar o que lhe vinha à cabeça.

— Não sei se o senhor se lembra, mas estive aqui mês passado para comprar um caldeirão da Wolfsbane.

— Ah, sim! Só me perdoe por não lembrar seu nome.

— Helaina, — sorri e continuei. — Ele é Sirius, amigo do meu irmão que esteve comigo aqui e veio pagar o caldeirão que eu peguei e encomendar um para todo mês daqui em diante.

— Sirius Black! Agora sei quem é você! Que bom que ficou tudo esclarecido — afirmou ele. — Lembro ter lido uma nota sobre você recentemente.

— Jamais quero voltar para aquele lugar.

Olhei para ele compreendendo o sentimento, apesar de Azkaban ser o único lugar que eu não tinha visitado no mundo mágico.

— Bom, terei prazer em fornecer a poção para vocês. Ninguém merece carregar esse fardo e enquanto não encontramos a cura, fico feliz em ajudar da melhor maneira possível. Faz muito tempo que ele foi mordido? — Belby fez um sinal para que o acompanhássemos para dentro da casa.

— Era criança ainda, — respondi antes que Sirius começasse a falar. — Nosso pai se indispôs com um lobisomem, e a vingança que ele encontrou foi morder meu irmão. Se não fosse a ajuda e insistência de Dumbledore, ele nem teria ido para Hogwarts.

— Dumbledore sabe ser justo. — Chegamos a um quartinho que parecia muito com um laboratório rústico. — Aqui. — Ele pegou um caldeirão bem tampado e me entregou. — Vou anotar aqui que todo mês vocês vêm buscar um desses, certo?

— Se eu não puder vir, Sirius virá com certeza. — Olhei para ele que confirmou com um aceno de cabeça.

Com tudo acordado, o jovem Black pagou o que devia e fomos embora. Incrivelmente o caldeirão coube dentro da sacola com nossas compras e imaginei se o feitiço usado não era o mesmo que Hermione um dia usaria para fazer todas as coisas dela, de Harry e Rony caberem em uma bolsinha.

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