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Ao abrir meus olhos, eles ardem, estou em algum lugar muito claro, e sinto algo no meu pulso, ao olhar para o lado vejo Breno dormindo. Tão lindo. Quando paro para analisar o local vejo que estou em um hospital, os outros estão espalhados pelo quarto, todos dormindo exceto Julie, que me vê acordada.

–Analu! Gente, gente acorda Analu acordou, olhem.

Todos acordam e alguns são pulos ao me ver de olhos abertos, Breno está com olheiras, Julie também. Todos estão com expressões tristes.

–Q-Quanto tempo estou aqui? -Pergunto tentando me levantar.
–Não levanta, você está muito fraca. -Breno me faz deitar, ao olhar para o lado vejo meu rosto com alguns curativos.
–O médico já vêm. -Hayley diz com um aparelho em mãos.
–O que está acontecendo? Onde eu tô? -Pergunto já desesperada.
–Calma meu amor, você está em um hospital daqui da Filadélfia. -Breno diz fazendo carinho na minha mão, só aí vejo que ela está com um soro.
–Estamos aqui a 2 dias. -Julie fala baixo e rouca.
–Vá dormir Julie, você precisa. - Andrew fala, Julie assente e sai do quarto.

Não demorou para o médico chegar, ele era velho, com barba branca, ele usava um óculos grande. Ele me disse que meu estado estava crítico, fez algumas perguntas, e logo pediu pelos meus pais, eu me neguei em chamá-los aqui, não havia necessidade, não para mim.
O médico disse que se meu estado é horrível, eu estava com 37 kg, ele disse que não poderia comer nada muito pesado agora, pois se não eu iria passar muito mal, e até causar minha morte.

Meus amigos estavam muito calados, eles pareciam pensativos, Breno não tirava sua mão da minha, como se eu fosse fugir, as vezes ele apertava como se quisesse confirmar que eu estava ali. Olho para o lado e vejo ele dormindo.

–Breno e Julie ficaram acordados durante todo esses dois dias. -Nolan fala se aproximando.
–Eles devem dormir mais, não deveriam ta se preocupando tanto comigo. -Falo fechando meus olhos.
–Não diga isso, já falamos, você é mais importante que nós. Estamos de certa forma bem, agora é com você que devemos cuidar. - Ele fala se sentando em uma poltrona.

Eu apenas afirmo com a cabeça, por incrível que pareça eu não sinto nada, nem dores nem fraqueza nada, quando olho para o lado vejo que eles tinham me dado uma vacina, então imagino que seja para isso mesmo, aliviar meu sofrimento. Porém eu não aguento meus olhos abertos então eu fecho eles.



Meu coração está muito acelerado, sinto minha pulsação aumentar. Não tenho domínio do meu corpo, não consigo controlar ele, todos do meu lado estou gritando e desesperados, os médicos tentam me segurar, nada dá certo, até o mesmo médico vir e me dar uma injeção. Aos poucos vou voltando ao normal.

–O que houve doutor, o que aconteceu? -Vejo Breno desesperado.
–Ela teve uma convulsão. Vou fazer uma análise nela e logo vocês podem entrar. -O médico diz conduzindo meus amigos para fora.

Começo a encarar uma das enfermeiras que retira um pouco do meu sangue, o médico mede o tamanho do meu braço, da perna e da minha cintura. Ele começa a conversar com as enfermeiras. Pouco tempo depois um outro médico entra na sala, mais novo que esse. Eles conversam em silêncio, mas consigo ouvir algo como, Não adianta, ela não irá aguentar muito tempo, ela devia ter procurado ajuda antes.










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