Parts of me

Martine.

PRIMEIRAMENTE: Perdoem a demora, mas estou aqui novamente para vocês. 💗
Segundo: Foi o capítulo mais difícil de escrever, e eu sinto que ele ficou maravilhoso, espero que gostem.
Terceiro: Não me matem!!! Postei e sai correndo,, mesmo.
Até a próxima bebês 💅🏻

Eliza estava extremamente linda em minha frente.

Ela me olhava ao beber um pouco do champanhe, e eu? Eu estava praticamente babando por ela. Senti meu coração acelerar, e minha única vontade era empurrar aquela cadeira e beijar ela ali mesmo, debruça-la na mesa e rasgar aquele vestido que cobria praticamente todo seu corpo. Pisquei duas vezes para evitar aqueles pensamentos, talvez fosse por causa do álcool, talvez fosse pela vontade de ter Eliza Taylor novamente só para mim, ou fosse somente vontade de tê-la perto, de novo. Ela me olhava esperando algo e eu simplesmente esqueci que deveria dar uma resposta.

- Eu.. -Fiz uma pausa, me concentrei para dizer o que precisava ser dito. -... Eu ouvi você e Mercedes conversando. -Eliza, por um breve momento, parou de beber o champanhe e fixou seus olhos nos meus e parecia que ela podia ler meus pensamentos. - E...-

- E agora você acredita que tudo o que eu te disse era verdade? -Eliza me interrompeu. Ela olhou insatisfeita para a taça ao perceber que o champanhe tinha acabado. Baixei o olhar um pouco envergonhada, eu pude sentir um pouco de irritação no tom de sua voz.

- É tarde demais para me desculpar? - Disse com um pouco de receio do que ouviria, pelo jeito que Eliza estava me tratando, pelo jeito frio que ela me olhava... Eu obviamente já sabia que era tarde demais e que, provavelmente, eu tinha deixado Mercedes estragar tudo. Eliza pegou outra taça de champanhe e voltou a me olhar, analisando, sem dizer nada, até que de repente resolveu quebrar o silêncio, com um daqueles meio sorrisos que me tirava o o fôlego.

-Vou deixar que você descubra isso sozinha... - Ela ergueu uma das sobrancelhas e aquele ato fez com que meu corpo inteiro se arrepiasse. Virou toda a taça de champanhe e se levantou. -Vamos dançar? - Disse ela me estendendo a mão.

Eu não entendi direito o que estava acontecendo: primeiro Eliza estava me olhando da forma mais fria possível e agora estava me convidando para dançar. Cheguei a desconfiar do que viria a seguir mas, mesmo assim, fui. Segurei a mão que ela me estendia, tive certo esforço para me levantar, talvez não devesse ter bebido tanto ou, talvez, não ter vindo com um salto tão alto. Ela sorriu, não sei se teria sido pelo meu total desajeito de levantar da cadeira, ou por eu simplesmente ir. Ela me puxou para o meio da pista de dança e quando ela começou a dançar, foi como a primeira vez. Como se não tivessem passado meses, todas as confusões. Ela estava ali, dançando e sorrindo para mim, da mesma forma que estava na noite em que a conheci naquela boate. O gelo parecia ter ido embora e agora ela me olhava como sempre olhou: como se eu fosse sua pessoa favorita no mundo.

Eu acompanhava seus movimentos, talvez a bebida tivesse me dando mais coragem do que eu imaginava. Eliza estava dançando de olhos fechados e tive que pressionar os lábios para tentar manter o controle ao ver aquela cena bem diante de mim. Afinal não estávamos sozinhas, e não estávamos em uma festa comum.

Mas a forma como Eliza dançava, era embriagadora e ela sabia o quanto estava me provocando e eu não fazia questão alguma de esconder: estava babando por Eliza Taylor. Nossos corpos estavam perto o suficiente para que eu sentisse seus quadris roçarem contra os meus.  E se meu coração já batia desenfreado, agora tinha perdido completamente a linha. Meu controle foi para o espaço, eu precisava fazer algo. E ali eu já não era mais Alycia, eu era apenas mulher completamente apaixonada por Eliza. Foda-se os fotógrafos, foda-se o que iriam achar, foda-se tudo, eu queria a fuckin boca de Eliza Taylor! E não dava mais para esperar, eu simplesmente avancei. Mas ela virou o rosto e acabou pegando só de raspão. Ela apertou minha cintura com um pouco mais de força e sorriu, ainda de lado. Me afastei para olhar para ela, meu corpo estava queimando, eu precisava daquilo, eu precisava dela.