CAPÍTULO 01 - Pudim e Peixos.

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Não podemos ter medo de ir atrás do que queremos, temos que sempre lutar pelos nossos objetivos, seja lá qual ele for e de como iremos fazer para obtê-lo. Talvez seja apenas uma carreira em uma área árdua ou somente tentar arrumar algo para fazer da vida, mas se lutarmos, tudo é possível. 

Lutar, lutar sempre, insistir no que é quase impossível, principalmente cumprir horários...

Acordar: Ato de despertar, levantar-se, abrir os olhos, e quando se trata de Willian Frost, também significa se ferrar gostoso em um único dia.

11h48 a.m

Normalmente naquele horário, Willian ainda estaria começando a cochilar, nem no sono ainda teria entrado. Talvez naquele dia, Will não devesse nem ter aberto os olhos, e com toda certeza, se soubesse o que estava por vir, teria ficado hibernando durante o mês inteiro. Talvez se não fosse pelo "trabalho-presente" que seus pais tinha lhe dado ele pudesse ficar lá, mas não, ele deveria estar no escritório da senhora Jannete ao meio dia, o que, por sinal, era daqui a exatos 12 minutos!

Willian deu um pulo da cama que quase caiu, só não batendo os joelhos no chão por causa do edredom que escorreu junto com ele. Saiu em direção ao banheiro calçando as calças e enfiando a escova na boca, enquanto pulava para que o jeans passasse por sua bunda, pois já estava pegando a camiseta e entrando dentro dela enquanto enfiava os pés nos tênis, enquanto escovava os dentes e penteava os cabelos ao mesmo tempo.

— Droga, droga, droga! — Dizia enquanto limpava a boca suja de pasta na manga da blusa, e terminava de abotoar a calça que tinha o zíper quebrado, deixando metade da sua cueca do Mickey para fora na parte mais sensível. Will começou a socar o pano vermelho para dentro do jeans e conseguiu puxar o zíper de forma desesperadamente patética.

Pegou o perfume, dando várias borrifadas (já que era o que tinha para hoje), antes de passar um pouco de água nos cabelos, correndo para a cozinha.

Willian terminava de se ajeitar enquanto procurava na zona que tinha se tornando aquele apartamento, no meio de pudins e caixas de pizzas espalhadas por todos os lugares, a caixinha de comida de seus peixes. Encontrou debaixo de uma panela suja e pegou uma colher descartável para jogar um pouco - muito - de comida no aquário para os seus peixes, que provavelmente iriam morrer - de novo - por conta de comerem demais.

Acho que esse seria um ótimo momento para deixar bem claro que Willian Kyle Frost não gosta de cachorros, não gosta de hamisters, não curte papagaios, lagartixas, coalas, girafas, lhamas e nem dinossauros, o seu esquema mesmo são os peixes. Peixe azul, peixe rosa, dourado, amarelo, verde, cinza, transparente! Ele curte tudo, menos peixe espada, por motivos de masculinidade reprimida. E também curtia gatos, mas isso parecia soar gay demais quando falava em voz alta.

Conseguiu driblar as pessoas que andavam apressadas pelas ruas movimentas de Manhattan, e não resistiu, tirou o plástico que tapava o pudim e mesmo apressado, meteu a colher ali mesmo no meio da rua e seguiu até o lugar de destino, comendo os dois potes que ainda estavam grudados até o prédio que ficava por sorte não muito afastado dali.

Recomposto, ele chegou até o prédio da "Frost - Agência de Intercâmbio", e entrou sorrindo para algumas meninas ali com o seu jeito galanteador até entrar no elevador, subindo diretamente até a diretoria. O lugar era até bem animado e poderia ficar o dia inteiro na internet fazendo nada durante seu período de trabalho, pensou em baixar alguns jogos que pudesse fazer sua distração durante seu horário de trabalho ou sei lá o que, e enquanto pensava nisso, pediu para que a secretária informasse a sua mãe que ele havia chegado e logo ouviu a permissão para que entrasse na sala.

Jannete era uma mulher bonita apesar de ter já certa idade. Tinha a pele branca e um olhar um pouco severo, apesar de ser bastante profissional e muito educada. Os cabelos loiros caiam em cachos sobre os ombros e ela arqueou as sobrancelhas para que Willian se sentasse, enquanto segurava uma caneta entre os dedos e óculos na mão.

Sobre eu e você (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora