CAPÍTULO 7 - Elevador

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Maya desceu as escadas do apartamento apressada, olhando apenas para os degraus até chegar ao hall. Lá, calmamente, Gabrielle, Tália e Jude conversavam como se não tivessem mais nada para fazer.

— Ei! - A patinadora berrou nervosa fazendo as três olharem. - Vocês não estão esquecendo-se de nada?

Gabrielle arregalou os olhos e levou a mão na boca, Judy coçou a nuca e respirou fundo, Tália, apenas fez que não e três seguiram até a menina.

— Desculpe, Maya... - Disse Judith se aproximando e pegando um cacho castanho super duro por conta de produtos fixadores. - Mas eu avisei sobre o laquê. - E realmente havia avisado. Tália costumava usar aquilo para dar um UP no visual, dando aos cabelos um formato de tocha, que ficava lá, durante noite a fio, pagando sacrifícios a deusa da beleza, do amor e sexo quando estava na carência. Afrodite. Era um produto hiper extra, extra, extra forte que a garota havia pegando emprestado para manter os cabelos bonitos para uma apresentação na academia.

— Me ajudem! - Ela implorou. - Meu cabelo gente! - Ao dizer isso, Diana desceu as escadas calmamente passando ao lado das meninas, olhando sobre o ombro em direção a Maya assim que passou um pouco a sua frente.

— Aqui se faz, aqui se paga. - E lhe mandou um beijo, antes de jogar os cabelos ao vento e sair rebolando em direção a saída.

— Eu ainda mato! - Ela disse pisando firme no chão.

— Calma, May! - Disse Gabrielle e a atenção delas foi tomada quando seu Emanuel vinha descendo as escadas apressado com a sua muletinha com alguns homens atrás dele. Ele apertou a mão dos homens e eles saíram.

Seu Emanuel sorriu contente antes de dar um pesado suspiro e seguiu até o elevador inativo do prédio, onde havia uma enorme faixa com os dizeres "em manutenção". Manutenção essa que nunca acontecia, ou pelo menos até aquele dia, pois o velhinho roliço sorriu até lá, largando a bengala no chão, e começou a pular tirando a faixa e apertando um botão, e em segundos, a porta cor de aço se abriu dando vida ao aparelho.

— Nossa, finalmente eles arrumaram esse elevador. - Disse Judith contente e as quatro entraram por lá, seguindo para o apartamento de Maya.

Depois de duas horas, no qual lavaram, lavaram de novo e de novo, depois desembaraçaram, pentearam, secaram e escovaram, os cabelos de Maya estavam quase normais. A moça agora só terminava de modelá-los quando Tália que comia qualquer besteira e Gabrielle se encarregava de ligar a TV e se jogar no sofá ao lado do São Bernardo que dormia é babava na almofada. Passava ainda o jornal da manhã, quando ela parou num canal que falava sobre o tempo daquele dia. Uma mulher muito bonita que usava blazer com ombreira, falava com um microfone maior que ela quando a loira aumentou o volume.

—... Uma grande nuvem carregada se aproxima da Ilha de Manhattan, deixando claro que haverá uma grande pancada de chuva durante tarde e a noite. Fiquem em casa! - Anunciou a mulher do jornal do tempo.

— Nossa, mas nem parece que vai chover. - Disse Judith olhando pela janela.

— Chovendo ou não, eu estou indo para o meu treino. - A garota respondeu e Gabrielle balançou seus cabelos, lhe deu um beijinho na cabeça. - Bom... Obrigado meninas, irei lhes compensar depois. - Disse pegando uma mochila enorme no chão, indo até a porta.

— Sua geladeira já está fazendo isso. - A grega disse e Maya revirou os olhos, indo enfim para o seu compromisso.

Maya fechou a porta de casa, e assim que o fez, Willian que saia com Stev e Stark de casa, olhou para a menina que parecia indiferente.

— Bom dia, Maya. - Disseram os três.

— Bom dia, Stev, Stark... - Ela respondeu, dando as costas para Willian e se voltando para o elevador, que se abriu revelando Fred, que lhe deu um abraço e lhe falou alguma coisa, fazendo com que os dois rissem e logo ela sumiu, descendo. O moreno se aproximou dos três amigos e lhes saudou antes de entrar no seu apartamento e também sumir.

Sobre eu e você (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora