Havia se passado horas e Dylan já estava ficando impaciente. Ninguém ali lhe dava notícias sobre o estado clínico de Violet. Ele já estava ficando irritado de tanto ver os médicos andando para lá e para cá pelos corredores.
O rapaz sentou em um dos bancos e cobriu o rosto com as mãos. Estava cansado de ficar dizendo "não" para as enfermeiras que insistiam em aplicar-lhe um calmante na veia. Ele queria ver Violet logo, queria poder aspirar o perfume dela e ter certeza de que ela está bem.
As horas foram se passando lentamente e parecia uma eternidade que ele estava ali, apesar de ter passado apenas três horas desde que Violet foi levada para a sala de emergência. Dylan estava impaciente e muito nervoso, torcia para que sua amada não tivesse nada sério e pudesse voltar para casa assim que acordasse.
Para o alívio de Dylan, um médico saiu da sala de emergência e vinha em sua direção. Ele olhava constantemente os papéis em suas mãos e em seguida olhava para Dylan que o encarava confuso.
- O senhor é o acompanhante da senhorita Dallas? - o médico perguntou ao abaixar os papéis para que pudesse encarar Dylan.
- Sim doutor. Como é que ela está? - ele perguntou, um tom desespero em sua voz.
- Primeiramente preciso lhe fazer umas perguntas. - ele disse e Dylan ergueu uma sobrancelha. - Ela já apresentou esse tipo de comportamento antes?
- Não, senhor. - ele balançou a cabeça em negação.
- Você tem certeza? Por que algo assim não se aparece do nada e aparentemente é algo que já vem se manifestando há anos.
- Tenho certeza absoluta. Nunca a vi deste jeito. - ele coçou a parte de trás da cabeça. - Mas como é que ela está?
- Não diria que ela está na melhor condição.
- O que?! Como assim? O que ela tem?
- Bem, ela perdeu muito sangue e agora se encontra em estado vegetativo. Não temos previsão alguma para que os sinais vitais dela voltem.
- O que?! - ele berrou.
Dylan sentia vontade de socar o médico. Como assim não há previsões para que os sinais vitais de Violet voltem? Como médicos eles têm que fazer de tudo para que ela sobreviva.
- Eu quero vê-la! - ele disse depois de um tempo.
- O senhor não pode vê-la. Ela está na UTI.
- O que?! Não interessa onde ela está. Eu quero vê-la! - ele berrou.
- Não posso deixá-lo entrar senhor, são regras do hospital. Com licença. - ele disse e saiu andando.
Dylan socou a parede e ficou andando de um lado para o outro do corredor, impaciente. Ele sentou em um dos bancos e enterrou o rosto nas mãos.
- Senhor? - uma voz feminina disse depois de algumas horas.
Dylan levantou o olhar para encarar a enfermeira loira.
- O que quer?
- O médico que está cuidando de sua esposa conversou com a diretoria do hospital e eles permitiram que você a visse. - ela disse e Dylan suspirou aliviado. Finalmente, uma boa notícia.
O rapaz se levantou do banco e seguiu a enfermeira pela grande porta branca. A mulher parou de andar depois de alguns minutos e apontou para uma porta que continha a ficha de Violet. Dylan respirou profundamente tomando folego e entrou no quarto.
Os olhos do rapaz se arregalaram ao ver o estado de Violet, sua Violet. Ela estava deitada em uma maca totalmente inerte cheia de tubos. Dyalan ficou tonto, eram fios e mais fios conectados às veias de Violet. Seus olhos marejaram e suas pernas fraquejaram. Ele engoliu em seco e correu na direção da maca.
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My Dossier
RomancePerdida e confusa nas ruas de Londres, Violet conhece Dylan, um homem desposto a ajudá-la depois de ouvir dela sua triste história sobre fugir de casa e sofrer agressões do próprio pai. Dylan acolhe Violet em sua casa e com o passar do tempo eles se...