CLOE
A entrevista foi melhor que imaginei, o homem que será meu chefe chama - se Pitter.
Começo na próxima segunda, estou muito feliz por ter conseguido esse emprego, era tudo que eu queria.
Não paro de pensar na mensagem do Calleb, a Jane me garantiu que não passou lhe passou o endereço, deve ter sido a tia Elle.
Quando chego em casa minha mãe já está. Depois de ver as inúmeras fotos da viagem, aproveito que estamos sozinhas no meu quarto para contar as novidades.
- A entrevista foi ótima, começo na segunda.
- Querida que bom, mas não vai te atrapalhar com os estudos?
- Mãe, eu tranquei a faculdade.
Ela fica de pé na minha frente, sem dizer nada.
- Eu não quero fazer administração mãe, você sempre soube disso.
- Filha, então por quê começou o curso, se não era o que queria?
- Voçe sempre deixou claro que eu seguisse seus passos, e eu tentei, mas não vou continuar .
Ela se senta ao meu lado, e me abraça.
- Me desculpe Cloe, eu nunca quis te influênciar, só achei que você também gostava da idéia.
- Eu sei, eu nunca te disse como me sentia sobre isso.
- Mas então, o que vai fazer?
- Sempre me interessei pela área da saúde e adoro crianças, então pensei em pediatria.
- Nossa! É uma bela escolha, mas exige muita determinação.
- Pois é, vou pesquisar um pouco mais à respeito.
- Estou feliz que tenha tomado a decisão certa .
- Que bom, sua opinião é muito importante.
- Vou tomar um banho, nos vemos no jantar.Tomo banho e refaço a trança lateral, pego meu caderno que a Jane insiste em chamar de diário, e vou tomar um ar na varanda enquanto minha mãe tenta fazer o jantar, seguindo um livro de receitas.
Gosto de escrever meus pensamentos, me faz relaxar.
Quando ouço a campanhia, lembro novamente da mensagem.
Ele veio, não sei o que fazer.
Ouço sua voz na sala, e tento me preparar.
Ele fica parado na entrada da varanda, e eu continuo escrevendo como se não tivesse notado a sua presença.
- Não tem mais idade para escrever em um diário.
Ele está com as mãos nos bolsos, e aquele sorriso torto que eu adoro.
- Não é um diário.
Fecho o caderno e mantenho o olhar para o jardim.
- Perdeu o cadeado?
- Não é um diário!
Ele puxa uma cadeira e senta ao meu lado, ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas ouvindo o barulho dos insetos no jardim. Ele abaixa a cabeça e passa as mãos no rosto.
- Como você consegue fazer isso?
- Isso o que?
Ele me encara, e meu estômago já está doendo de ansiedade.
- Eu ensaiei dias, pensei em tudo que ia te falar quando te encontrasse, mas agora que estou na sua frente, só consigo lembrar meu nome .Tento ser fria, não mostrar que estou louca para me jogar nos braços dele.
- Não precisa dizer nada, não me deve explicação.
- Eu queria que fosse diferente.
- Nem tudo que queremos é possível.
Ele vira minha cadeira para ele.
- Me sinto um lixo por ter...
- A escolha foi minha, não se preocupe, já disse que não me deve nada.
Ele empurra a cadeira que está sentado e começa a andar de um lado para o outro. De repente se abaixa e coloca as mãos em meu colo, seus olhos estão vermelhos, tristes.
- Eu te fiz mulher, você me entregou a sua inocência, e eu estou completamente apaixonado por você, de uma forma, que pensei que só existia em filmes e livros de romance.
- Para! Não quero que me explique nada, nem se sinta culpado pelo que aconteceu.
- Cloe preciso que saiba que eu te amo, que eu daria tudo para mudar o rumo disso tudo. Mas não posso te pedir para passar por isso, nem deixar a história se repetir.
Ele deixa uma lágrima cair e se levanta.
Fica de costas olhando para o escuro, então eu perco o controle.
Ele se vira e eu desabo em seus braços, seu coração acelerado em meu ouvido me faz lembrar da noite em que adormeci em seu peito.
Eu amo esse homem, mesmo sabendo que essa será a última vez que sinto seu corpo junto ao meu.
- Eu amo você, espero que possa me perdoar um dia.
Ele sussurra.
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SEM CONTROLE
Romance"Eu não preciso te ver para saber quando está por perto, meu corpo me avisa, então corra, corra enquanto pode" Calleb Evans leva uma vida normal na cidade de Boston com sua mãe. Até que algo sobre o seu passado é revelado e tudo muda. De volta a sua...