Capítulo Dois

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Começava a escurecer, quando minha mãe e a tia Elle chegaram em casa, eu havia adormecido no sofá enquanto tentava ver um filme de terror.
Elas pareciam duas adolescentes, radiantes de alegria.
- Estão com uma cara ótima!
- Foi um dia maravilhoso! Disse minha tia enquanto subia as escadas.
E o meu bebê? Como foi o reencontro? Espero que ele não tenha sido rude com você, ele está passando por uma fase difícil.
Bebê? Se ela soubesse o quão insuportável ele era.
- Deve estar no quarto, não se preocupe, ele é o mais gentil dos primos.
Ela leva minha mãe para vê-lo e eu entro no meu quarto.
Depois de inventar uma desculpa para não descer para jantar, passo horas trocando mensagens com Jane.
Ela surta quando conto que fui pega enquando descrevia meu primo convencido.
Sou surprendida por uma invasão ao meu quarto.
- O que pensa que está fazendo?
- Disse que se precisasse de algo, poderia vir até aqui.
- Eu quis dizer que poderia me procurar, não disse que poderia simplesmente invadir meu quarto.
- Vai me ajudar ou não?
- Ok. O que você quer?
- preciso que me empreste uma calcinha sexy, ou que vá comigo comprar, caso não tenha uma desse tipo, o que eu acho mais provável.
Aquele maldito sorriso estava de volta.
- Quê? Quer uma calcinha? Uau ! Sua mãe já sabe?
- Sabe o quê? Nem ouse insinuar que sou gay, ou te provo o contrário agora mesmo.
Não consigo parar de rir
- Então o quê?
- Sem perguntas.
- Quer que eu te dê uma das minhas calcinhas e não vai me falar o que vai fazer com ela? Nada feito.
- Eu só preciso tirar uma foto.
- Vestido?
Ele se aproxima, e sou obrigada a parar de rir .
- Se continuar me zuando, eu vou descer e contar para a sua tia o que você acha do bebê dela.
- Minhas calcinhas não vão te servir!
Ele se afasta e entro em pânico quando ele chega a escada e grita.
- Mãe!
Eu corro até ele, e o puxo quando ouço a minha tia .
- Oi, estou na cozinha, o que houve?
Ele me olha de um modo diabólico, e naquele momento sinto vontade de jogá-lo escada à baixo.
- Não encontrava meu celular, mas aqui está ele!
Eu o puxo e tranco a porta do meu quarto.
- Eu não tenho calcinha sexy!
- imaginei!
- Eu não vou discutir com você o tipo de calcinha que uso. Mas amanhã eu compro uma para voçe, agora saia daqui.
- Ok, não esqueça, deve ser sexy.
Ele sai do meu quarto e eu não sei se quero cair no riso, ou chorar.
Calleb é gay.
Será que a tia Elle já sabe?

Foi um dia e tanto, Convido a Jane para ir comigo fazer algumas compras, de início ela estranha, sabe que não curto esse tipo de programa, mas acaba se animando com a idéia.
São 10 da manhã quando passo na casa dela para irmos ao shopping. Não será a primeira vez que isso acontece, mas eu nunca me preocupei com nada além de conforto,
Jane sempre falava que eu precisava estar preparada para quando rolasse o clima com alguém.
Mas o mais próximo que cheguei disso foi quando namorava o Chris e ele tentou tirar a minha blusa, esse foi o último dia que nos vimos.
Depois de alguns minutos encontrei o que procurava, devo adimitir que foi interessante a busca, era linda, totalmente de renda branca, com laços de cetim.
Aproveitei para comprar um pijama também e despistar minha amiga curiosa.
Almoçamos em um restautante na praça de alimentação. Jake chegou em seguida e passamos uma tarde agradável entre risos e assuntos paralelos. Somos interrompidos por a chamada de um número desconhecido na tela do meu celular.
Antes de atender, eu já sabia quem era.
- Onde você está?
- Como sabe meu número?
- Por que você sempre responde minhas perguntas com outra pergunta?
- Tipo voçe agora?
- Preciso da calcinha.
- O que está usando?
- Venha para casa agora mesmo.
Ele desligou na minha cara.
Me despeço dos meu amigos e vou para casa.
Assim que entro no meu quarto jogo a sacola de calcinhas em meu primo que está deitado na minha cama.
- Agora saí.
- preciso que vista.
- O quê? Está maluco!
- Calma priminha estou brincando. Você não faz o meu tipo.
Finalmente ele saí do meu quarto, mas me deixa furiosa e humilhada com essa maldita frase .
Quem ele pensa que é? E por quê ele acha que eu poderia estar preocupada em ser ou não o tipo dele?
O que está acontecendo comigo? por que isso me afetou tanto?
Ele é só um idiota que adora me tirar do sério.
Calleb passou a semana toda no quarto, ou vendo filme na sala, com os pés na mesa de centro.
Eu chegava da faculdade pegava algo na cozinha para comer, e subia para estudar.
Minha tia estava procurando um apartamento para eles, mesmo com a insistência da minha mãe, para que eles ficassem. Ainda não sei bem o motivo pelo qual eles voltaram depois de tanto tempo, mas sabia que tinha haver com meu primo idiota.
É sexta feira novamente, quando chego em casa e ao passar pelo quarto de Calleb ouço ele gritar com alguém no telefone.
- Entenda de uma vez, eu não quero nada com você, foi só uma noite, voçe foi só mais uma. Eu te enviei a prova de que a fila andou, agora vê se me esquece!
Não tinha como não ouvir. Não sei com quem ele estava falando , mas me senti mal. Como ele podia ser tão grosso.
Corri para o meu quarto e sem entender o motivo comecei a chorar.
Ele mandou a foto da calcinha para sua namorada, para magoá-la e eu fiz parte disso.
Quando percebi o que estava fazendo já estava dentro do quarto dele.
- Onde aprendeu a invadir quartos?
- Voçe me usou para machucar uma garota! Voçe é um imbecil!
- E onde aprendeu espionar a conversa dos outros?
- Por quê faz tanta questão de ser um idiot...
Antes de terminar meu insulto, ele me puxa pela cintura e me beija, de uma forma que eu nem sabia que era possível ser beijada, ele acaricia minha língua com a sua, e me faz arrepiar, então ele para, mas mantem seus lábios nos meus e diz:
- Ainda sente nojo de mim?
- Sim, mais que nunca!
Ele me empurra contra a parede, levanta meus braços e passa seus lábios pelo meu pescoço,
Perco o fôlego, seu quadril me preciona tão forte, que consigo sentir sua ereção.
- Calleb... Por...Favor!
Ele sussurro no meu ouvido:
- Sente nojo de mim Cloe?
Eu não tenho forças para respirar, meu corpo parece que se encaixa ao dele, como se precisasse dele.
- Não sinto nojo de você.
Ele coloca a mão por baixo da minha blusa e acaricia minha barriga.
- O que sente?
Percebo que preciso acabar logo com isso, mas as palavras certas não saem.
- Eu não sei.
- Resposta errada!
Ele morde meu lábio inferior, levanta minha perna e tem passe livre para minha coxa, então eu desabo.
- Tesão Calleb, sinto tesão, desde o primeiro segundo em que te vi, não paro de imaginar você dentro de mim.
Não acredita que essas palavras saíram da minha boca, ele me olha por um segundo e me dá ás costas, em seguida escuto o bater da porta.
Ele saiu, depois do que acabou de acontecer, ele não disse uma palavra antes de me deixar sozinha, e sem entender o que acabei de dizer.

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