O VENTO ÚMIDO e gélido rugia forte naquela noite de inverno. Em uma rua mal iluminada, construída com mosaicos de pedras ornamentais, uma carroça coberta puxada por dois cavalos fortes e belos seguia em direção a uma grande casa erguida no alto da Colina de Hunter Heights. A carroça se aproximou de frente a um grande e alto portão de ferro, onde estava estampado em seu centro um cavalo alado todo branco, uns dos símbolos das famílias-mor, e automaticamente o portão abriu por si só.
A carroça continuou seu percurso sobre o caminho até chegar aos jardins da casa de aparência antiga, porém, luxuosa, decorada com imagens esculpidas em granito e madeira, além de arbustos e relvas. Dois homens se aproximaram da carroça que vinha compassadamente.
— Alto lá! - Um dos homens, com uma tocha erguida na mão, disse se aproximando da carroça, agora parada entre plantas e flores do canteiro do jardim. - Quem abriu os portões para você?
Sem resposta, o homem com a tocha apenas ouviu sussurros vindo de dentro do vagão da carroça.
— Quem está aí? - Ele novamente perguntou levantando a luminosidade à altura do vagão, mas não viu nada mais que uma sombra humana na posição de lótus, pois havia uma camada de linho fino de púrpura obstruindo a visão.
Ele afastou o linho e se surpreendeu, de repente, com um estrondo muito forte de um trovão e com o ímpeto, deixou a tocha cair ao chão. Estressado, ele apanhou-a enquanto o outro soldado aproximou-se com a mão na bainha:
— Não há ninguém!
Ao levantar os olhos, ele sentiu um frio repentino atravessar seu corpo de forma que tremeu, pois estava certo de que havia alguém ali. Contudo, antes que pudesse relatar ao companheiro tal afirmação, gritos horrendos ecoados puderam ser ouvidos de dentro do castelo. De imediato, com as espadas desembainhadas puseram a correr em direção à porta.
Ela viu o corpo de sua serva imóvel ao chão. Recuou até suas costas encontrar-se à parede. O assassino caminhou lentamente em sua direção olhando firmemente em seus olhos. O momento em que mais temera em sua vida havia chegado. Estava fraca demais para relutar.
De certa forma, aceitara o seu destino. Estava velha e já havia cumprido o seu dever como uma mor. Fechou os olhos e sentiu o impacto perfurante.
O grande ser encapuzado retirou lentamente o punhal, adornado com estrela de sete pontas, do abdômen da velha mulher. Ele jogou-a ao lado, desprezível. O rosto frio do assassino esboçou um olhar de indiferença ao dar-lhe as costas.
Reunindo suas últimas forças, ainda de olhos cerrados, a velha agarrou-lhe o calcanhar, e com seu último fôlego, sussurrou uma predição:
"De uma elfa, nascerá um homem do qual retornará a linhagem mágica, e com fúria vingará o sangue derramado dos filhos de Galahad Mor".
Os soldados ouviram rixar de cavalos e ao olharem para trás, puderam ver os animais dando meia volta. Estes, antes de rumarem totalmente para a saída, lhes lançou um olhar penetrante, e ambos os homens poderiam jurar que em seus olhos, chamas avermelhadas ardiam contrastando com a fria e escura noite.
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Olá, como vão? Está é a primeira história que escrevemos em conjunto e é um imenso prazer estar compartilhando aqui com vocês! ❤❤♡♡
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ANTARES: A Vingança dos Elfos
FantasyEm um período remoto, humanos e elfos entraram em um conflito pela conquista das terras do norte. Após um período sangrento, os elfos se estabeleceram em Antares, e os humanos em Aglevum. Lado a lado, conseguiram manter a paz por um intervalo de te...