Ashley Nicolle é uma brasileira, filha do empresário alemão Steven Bowen e da atriz brasileira Túlia Ferreira. Aos 22 anos ela sonha em ser cantora pop famosa. Dinheiro não há falta, mas ela precisa de um empurrão, e mesmo tendo participado do famos...
Como prometido, eu passei o mês de dezembro quase todo no Brasil. Sem ver Harry por uns dias. Na correria da ONG, de doações e etc, quase não ligava para as coisas que andavam dizendo. Tinha que deixar tudo pronto para começar uma tour logo em Fevereiro. A pedido meu, meus amigos, meu "namorado", alguns primos famosos e uns conhecidos que queriam sentar na janelinha, gravaram vídeos pedindo que as pessoas fizessem doações para a ONG de Lisa. O que a deixou muito comovida comigo, quando eu disse a ela que os meninos iam pedir as Directioners e a Selena aos Selenators de todo mundo, ela chorou por trinta minutos, mas era de felicidade. Passamos alguns dias na casa da minha tia, mas era impossível com Sarah rodando todos os meus passos e tudo que eu fazia, então fomos para um hotel cinco estrelas e alugamos por um tempo. O Harry me ligava todo dia, ou eu ligava pra ele, as vezes esquecíamos que nos éramos uma farsa e agiamos como namorados, o que era estranho mais confortável. Ele disse que ia vim me visitar no meu aniversário, que já estava chegando, e ia fazer uma festa em um iate com nosso amigos mais próximos, o que pra mim foi maravilhoso. Com o tempo, a ONG da Lisa cresceu e foi reconhecida pelo País, e com ajuda de artistas do próprio Brasil, viajamos todos os estados e nos associamos a outras ONG's. Três dias antes do meu aniversário, Harry cumpriu sua promessa e viajou direto para o Alagoas, eu, Lisa e mais um punhado de seguranças fomos o buscar. Ele saiu do embarque com cara de sono, um pouco suado e cansado. Então ele me viu esperando ele e sorriu, nós já havíamos pegado suas malas e ele veio andando até mim, já perto ele abriu os braços e eu meio que fazendo uma cena, fui correndo e pulei em seu colo, eles estava cheiroso apesar da viagem longa. Então ele me apertou e disse no meu ouvido: - Senti sua falta. - beijou meus cabelos, meu rosto, minha orelha, minha boca, tudo em mim enquanto me segurava. Eu tinha vestido uma calça leve por causa do calor e uma blusa muito simples, com um casaco por causa dos mosquitos, quase não tinha passado maquiagem e estava com a franja presa pra trás e o cabelo solto. Mas ele estava lindo em suas calças pretas, uma bota escura, e uma camisa cinza. Então, a gente sabia que logo ia lotar de fãs e não íamos conseguir respirar e fomos correndo para o carro. Lá Lisa cumprimentos Harry com um toque de mão estranho que eles fizeram e eu passei o caminho todo contando para ele dos artistas que conhecemos no Brasil que estavam nos ajudando. Muito influentes como a apresentadora de TV, Xuxa Meneghel, um cantor chamado Daniel, e uma chamada Anitta, e muitos outros que estavam ajudando muito nas doações com reais e tudo mais. Com tanta alegria vinda de mim e da Lisa ele parecia radiante e menos cansado. No meio do percurso percebi que não tinha perguntado dele ainda, mas que ele estava sorrindo quando a Lisa falava que íamos visitar um Hospital de Crianças Especiais hoje, que precisavam de doações também, e estávamos o caminho todo de mãos dadas, sorri e tirei uma self de nós todos, e então gravei um snap contando sobre as novidades enquanto não chegavamos. Quando finalmente chegamos e eu e Harry ainda de mãos dadas descemos, Lisa entrou pra fugir dos paparazzi enquanto eles gritavam perguntas tolas. Então, encontramos a tradutora que eu pedi para o Harry entender o que estava acontecendo, a Diretora do Hospital e também dois fotógrafos. Então, começamos a visitar os quartos. Me despedacei. No quinto quarto, havia crianças muito pequenas sem nenhum cabelo, debilitadas, quase sem poder fazer esforço. Diferente dos outros quartos, essas não levantaram da cama correndo pra nós abraçar, e não pediram um beijo no rosto, essas não estavam cantando uma música do Harry ou minha, elas eram as com câncer, a maioria das mães estava presente, então eu sentei com todas e conversei, e me despedacei. Era uma história mais triste que a outra. Se não fosse pelo hospital, que não era financiado pelo governo, essas mães teriam perdido seus filhos, e elas também sabiam disso. Uma mãe chamada Maria, ajudou a filha de 8 anos a ficar sentada, ela tinha feito Quimioterapia ontem, e seu nome era Raquel, ela colocou sua pequena e magra mãozinha em meu rosto e disse que era minha fã, e tinha inveja de eu namorar um cara tão bonito e legal como o Harry Styles. Ela também disse que daqui a 10 anos, quando ela tivesse 18, ela queria ir em uma festa e dançar Bright Star com suas amigas de escola. Eu chorei. Com cada relato dela e de sua mãe. E então do pequeno Miguel que tinha ido ao banheiro, que chorou ao me ver e disse que eu era linda com meus cabelos ruivos e que queria se casar comigo. Abracei Harry apertado quando fomos para uma espécie de pátio com crianças com outros tipos de dificuldades e síndromes brincavam e faziam diversas atividades, a Diretora chamada Carla, me apresentou, e pediu para mim cantar uma música para eles, cantei a que uma garotinha chamada Estela, que sentou em meu colo me ensinou. Então Harry encheu seus olhos de lágrimas e tirou uma foto de mim enquanto eu abraçava a pequena.
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Depois de tanto choro e tudo mais, as crianças pediram para tirar fotos comigo e então foram correndo ou andando, ou mancando como algumas estavam para comer. Ele veio diretamente para mim enquanto eu verdadeiramente chorava em seu ombro. Sempre tive tudo o que quis, ninguém nunca me parou, sempre magoei alguém e me fechei para as pessoas não fazerem o mesmo. Mas essas crianças, simples, sem nenhum medo, me viram como eu sou. Elas não tinham culpa de terem seus problemas, e vivem com eles, lutam contra eles, e precisavam que alguém acreditasse nelas. Muitas dessas crianças nunca me visto na TV, ou ouvido minha voz na rádio, mas mesmo assim, me trataram como uma rainha, e me acolheram como se eu fosse uma enfermeira ou alguém para brincar com eles. Harry me apertou mais quando eu comecei a soluçar e disse baixinho. - Isso foi muito lindo. Eu achei que você foi muito bem amor. Você vai ser uma boa mãe. Não sei onde ele quis chegar com isso, mas como eu estava emocionada o apertei mais forte, inalei seu perfume e dei um beijo em seu pescoço, ele abaixou a cabeça e então nós nos beijamos. E logo depois fomos comer com aquelas crianças que não tinham culpa de nada, mas que precisavam de ajuda.
