Theodor

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A história da infância de Theodor
(Theodor aqui, alguns muitos anos atrás!)
Alexandre: Acorda vagabundo! - disse meu pai, aos berros, batendo em minha coxa esquerda com força, um local no qual ainda estava machucado da noite passada.
Teresa: Bom dia anjo, dormiu bem? - disse minha mãe com lágrimas aos olhos ao me ver naquela situação.
Theodor: Dormi sim mamãe, inclusive o roxo do meu braço passou olha! - disse com uma animação incontestável no olhar, apertando com uma certa força o local onde não estava mais machucado em meu antebraço direito.
Alexandre: Quer que eu deixe outro? Então sai agora desse quarto - disse ele segurando minhas mãos e olhando em meus olhos friamente.
Theodor: Não Alexandre, já estou indo
Alexandre: eu sou o que seu imbecil?
Theodor: Papai, já estou indo papai - eu não queria dizer isso, ele não era meu pai! Ele é um monstro sem coração.
Sai então do quarto e fui até a cozinha, abri a geladeira, não vi nada que me interessasse, então fui até o quintal, e peguei uma maçã direto do pé, é muito bom fazer isso. Por mais que eu não saiba o que meu pai faz com a minha mãe.
Comi a maçã e entrei no meu pequeno "castelo" ( um amontoado de tecidos e almofadas na caixa da geladeira, eu ficava lá quando sentia medo ou quando queria ficar sozinho.
Entrei com um pouco de dificuldade, afinal, na noite passada meu pai chegou do bar e me bateu, muito, e ainda está doendo.
Eu não sabia o por que disso, mas ele não parecia que iria parar de nos fazer sofrer.
Ouço então muitos berros vindo do quarto, minha mãe gritava que ele nunca mais ia fazer eles sofrerem. Eu sei que essa promessa é em vão.
Logo após esses gritos meu "pai" sai do quarto nu e segurando minha mãe ( ainda de roupa ) pelos cabelos, ela está sangrando pelo nariz e não tem forças pra gritar.
Theodor: LARGA ELA! - saio do castelo e vou enfrentá-lo
Alexandre: SAI DAQUI O INFELIZ
Teresa: NÃO TOCA NELE DE NOVO SEU PSICOPATA! - ela diz cim dificuldade, logo então eu sinto uma enorme dor de cabeça, é meu pai me batendo com um pedaço de tábua, não aguento e desmaio. E acabo batendo a cabeça novamente no sofá.
Acordo no nosso porão, ele está humildo e gelado. Não sei como ele nunca havia nos prendido aqui, a primeira coisa que faço é tentar achar minha mãe. Mas é em vão, ela não está ali, mas logo ouço seus gritos apavorantes vindos de cima
Teresa: Eu já fiz tudo que já havia me pedido Alexandre, sai de nossas vidas agora, esse era o trato!
Alexandre: Não até aquele infeliz aprender a virar homem, vou fazer ele ele virar agora
Sinto-me gelar, entre me esconder e permanecer onde estava eu escolhi me esconder. Logo ele abre a pequena porta do porão e entra, junto à ele seu cheiro de cigarro barato e bebida fermentada. Ele pisa duro no chão, quase como se sentisse meu cheiro, mas não é isso que ele sente, ele sente o meu medo.
Me sinto ficar pálido de novo, mas então faço a pior escolha da minha vida, saio do pequeno buraco onde eu estava sentado e levanto, o cheiro de mofo na minha camisa me fez perder o rumo por um instante e então ele me pegou, entre meu gritos abafados tento dizer a ele para me soltar, mas ele não solta, ele continua ali me segurando.
Percebo então que em suas mãos há uma faca, tomara que ele me mate, assim eu não vou precisar mais viver aquela tortura, por outro lado eu não quero morrer. Sinto ele me colocar na cadeira, junto ao meu fiel companheiro, meu gato Velt, um gato um tanto engraçado que eu resgatei de nossa árvore, só então percebo o que ele quer com aquela faca
Alexandre: Degole o Velt
Theodor: Não! - disse chorando colocando o Gato entre minhas axilas e meu braço
Alexandre: Degole o Velt seu verme inútil! Vire homem sua marica!
Theodor: Não me obrigue a fazer isso, por favor, eu não quero isso - soluço alto.
Alexandre: Então às consequências serão piores, sua Menininha infeliz!- disse seguindo em direção a geladeira, mexe em alguns instantes e segura um frasco de Pimenta. Uma bem forte por sinal, pois assim que ele cheira vejo uma lágrima escorrer pelo sou rosto e então um sorriso maligno, por incrível que parece, entre tantos anos de tortura eu não sei o que ele quer desta vez
Ele me deixa usando seu braço esquerdo, enquanto no direito o frasco de pimenta tremia em suas mãos por causa da bebida, solto o Velt, que deita dentro do meu casaco impossibilitando qualquer um de chegar perto. Sinto meus olhos arderem, parece que estou derretendo, Grito o mais alto que posso, mas sua risada abafa meus gritos novamente, não creio que ele fez isso, não posso acreditar nisso, é tão terrível que eu nem sei como me expressar, me debato mais ainda com a intenção de que a dor pare, mas não adianta mais, abro meus olhos, mas tudo que vejo são leves cores que logo desaparecem, levando minha dor junto
Theodor: Eu estou CEGO, SOCORRO ESTOU CEGO!
Alexandre: Seu porco imundo, aprendeu a virar homem foi? - ele ia colocar alguma de outras frases maldosas, mas a polícia em nossa porta o fez parar
Polícia: O que está acontecendo aqui?
Theodor: SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA ELE ME CEGOU SOCORRO - a dor ia voltando cada vez mais depressa, até que desmaio pois a ardência estava demais. Acordo então em algum local
Dr.: Que bom que acordou Theodor, estávamos preocupados
Theodor: Quem é você, onde a minha mãe está?
Dr.: Você está num hospital, sua mãe... Bom... Sinto muito, mas ela faleceu esta manhã
Theodor: Isso não é possível, eu quero minha mãe, dr. eu quero minha mãe EU QUERO MINHA MÃE. EU QUERO, EU QUERO MINHA MAE
DR.: Acalme-se não localizamos nenhum outro parente, então você vai para um orfanato, o da cidade mais próxima mesmo, não tem problema.
Theodor: Eu quero minha mãe, eu quero minha mãe, eu quero minha mãe, eu quero minha mãe - disse entre soluços e gritos de choro.
Sinto então algo pular em mim
Dr.: A psicóloga achou melhor manter seu gato aqui com você, mas ele logo irá para o abrigo junto com você.
Theodor: Eu quero ele comigo - apertei o mais forte que pude - meu melhor amigo...


Boom gente, desculpa ficar esse tempo sem postar foi mal, não vai acontecer dnv ok? Então tá bom, se vocês quiserem eu faço a parte dois tá?? Byee

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