C.13 (parte 1/3)

73 2 2
                                    

Isso só pode ser obra de Jeff, sinto meus olhos pesarem vendo aquela cena de sangue espalhado pela cozinha. Até que finalmente prego os olhos e caio para traz, fazendo com que a minha cabeça bata na parte mais baixa do sofá.
Acordo em um local diferente, meio úmido, obrigo-me a levantar para dar uma olhada na sala que eu estava. Então eu vejo, está meio escuro, mas tem alguns objetos de madeira quebrados pela sala toda, logo que olho para a esquerda me deparo com um gato, pequeno e felpudo.
Daniela: Meu deus, que fofo - digo fazendo uma voz estranhamente baixa.
Animal: Jeff manda uma mensagem - Meu coração pula pra trás, desde quando gatos falam? E de quebra ainda é uma mensagem de um serial killer, eu realmente acho que isto pode ser um sonho. Mas assim que me belisco o animal volta a falar - Não se assuste, eu não sou um gato. Eu sou um Zigf, um animal...
Daniela: Transformista eu sei, mas eu não sabia que eu ia encontrar um desses de verdade, mas mesmo assim - digo voltando aos modos - olá - engulo seco vendo seu olhar de como quem vai atacar.
Animal: Olá Daniela, Jeff manda uma mensagem.
Daniela: Você sabe meu nome? - olho espantada, cortando novamente o pequeno gato/Zigf - esquece, continue
Animal: Tenho algo a te falar, não-escolhida - ele diz com a mesma voz assustadora e leve de Jeff, como ele fazia isso? Um assassino que tem uma voz leve? Incrível... - não tenho como parar matar sem a sua ajuda, a Carol, ela está namorando. E pelo jeito ela não vão troca-lo por mim, eu preciso que ela troque, eu preciso disso. Eu preciso de - ele dá uma longa pausa - de sua ajuda Daniela. Você me ajuda?
Daniela: Vou, agora, solte meus amigos por favor - disse mordendo a língua pois eu sabia que iria me arrepender
Jeff: Que bom madame - diz Jeff que aparece na minha frente com uma fumaça em seu lado, como um mágico. Ele põe suas mãos ásperas em suas costas, logo sai do caminho fazendo com que a passagem fique livre para que eu possa passar - por aqui não-escolhi -da!
Daniela: Mas... E o Zigf? -disse e me voltei a pequena criatura - você ficará bem?
Animal: Meu nome é Pelo, sim ficarei bem
Jeff: Não olhe feio pra mim, esse nem é meu.- falou zombando de mim que havia feito uma cara feia pera seu nome.
Animal: Claro Jeff, ela acredita sim - disse ironicamente.
Jeff: Você acha? - disse como alguém não entende a ironia - pera isso foi uma piada?
Ri escandalosamente até minha barriga doer, percebo então sua cara de "Serial Killer Bravo" então decidido que será melhor parte de sua cara. Logo pós meu repentino silêncio ele segura em meus punhos e aproxima da minha cara, sinto então a parque na qual ele está segurando doendo, vejo fúria em seus olhos, não consigo ao menos pensar em algo para que ele pare. Até que ele solta uma risada abobada
Jeff: Você caiu nessa? - disse entre seus respectivos risinhos de deboche da minha cara de assustada
Daniela: Você acha que eu achei graça? Você quase me matou do coração seu... - disse na brincadeira de tentar enganar ele - seu verme!
Jeff: Você mexeu a sobrancelha direita na ponta e seus olhos deu duas piscadas a mais, você está mentindo. Te peguei
Daniela: Como você faz isso? - disse espantada. Dando uns passos pra trás, imaginando que ele pudesse ler mentes ou coisa assim.
Jeff: Muitos anos ouvindo histórias de pessoas para sobreviver às minhas terríveis - ele diz em um tom sarcástico - garras, então eu tive que aprender mais ou menos.
Daniela: Entendi. Mas ainda é estranho, você tem certeza de que não quer me falar mais alguma coisa?
Jeff: Claro que não, eu sei o que eu quero dizer.
Daniela: Então tá bom, só acho que você tem algo a me dizer - vi que ele se aproximou de mim, com uma estranha intenção
Jeff: Eu não consigo parar Daniela. - disse se aproximando lentamente e se sentando ao chão sujo
Não sei o que ele quer dizer, mas mesmo assim eu digo
Daniela: Eu entendo, mas o que você não consegue parar?
Jeff: De pensar Daniela, de pensar - disse colocando suas mãos em sua testa em sinal de "estou preocupado, e é algo que você não vai gostar"
Daniela: Você quer falar sobre isso - disse eu, já me arrependendo
Jeff: Não, não com você, acho que infelizmente você não entenderia.
Daniela: Infelizmente?
Eu disse preocupada, mas ele logo se transforma em fumaça novamente, me deixando sozinha naquele local estranho
Pelo: Quer ajuda pra encontrar seus amigos? - falou já entrando pelo aro que fazia papel de porta que havia na minha frente.
Daniela: Pode ser.
Pelo: Jeff não faria mal a eles, ele está apaixonado
Daniela: É, eu sei. A escolhida e blá-blá-blá.
Pelo: Você sabe? - sua cara aparentou ser de enorme surpresa
Daniela: Sei sim, ele me disse
Pelo: Mesmo? Ele estava meio preocupado - ele disse desconfiado.
Daniela: Sim, é tomara que eles sejam felizes
Pelo: "Eles"? Como assim "eles"?
Daniela: Eles ué, ele e a Carol
Pelo: Carol? Foi isso que ele te falou?
Daniela: Sim né! - disse irritada tentando pensar no que Jeff havia falado.
Pelo: Mas ele não me disse isso
Daniela: Bom, você deve ter escutado errado...
Pelo: Mas...
Daniela: Pelo eu to tentando me concentrar, espera um pouco - levantei o tom de voz.
Pelo: Eu estava tentando ajudar - falou com voz de criança, o que me fez sentir mal
Daniela: Sinto muito por ter gritado com você - passei a mão em sua cabeça felpuda
Pelo: Sem problemas - falou se esfregando na minha mão como um gato
Daniela: Onde meus amigos estão? - disse me levantando
Pelo: É verdade, você quer saber, vamos.
Saímos então da sala mofada e fomos para o corredor, que é longo, como no filme "O Iluminado" só que sujo de... De alguma coisa.
Fomos indo até o final, Pelo parece apreensivo. Mas mesmo assim chegamos no outro cômodo, abri a porta com dificuldade pois seu trinco estava duro
Dou logo de cara com todos amarrados como se fossem gados (por que Jeff tem que fazer essas peripécias?)

Diferenças Onde histórias criam vida. Descubra agora