Capítulo quatro.

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- Dónde está ella.

- En su habitación.

- Se puede ir ahora, y sólo volver en una semana.

Alejandro estava ansioso para ver Hilary, tinha mandado seus homens sequestrarem ela, ele havia planejado isso a semanas, contava nos dedos as horas para ver sua paixão juvenil, as lembranças de seu corpo ainda o deixavam excitado.

Quando a viu pela primeira vez sabia que era apenas mais uma, mais uma mulher atrás de uma aventura. Ela e seu pai eram convidados de uma das grandes festas, dadas por sua mãe em uma das mansões da família. A menina mimada fez de tudo para que Alejandro prestasse atenção nela.

E foi o que ele fez, fizeram sexo a noite inteira e na manhã seguinte ela foi embora. E ele ficou esperando até que ela voltasse, para poder repetir a dose. Planejou sequestrar ela e levá-la para a sua ilha, e foi o que fez. E ali eles passariam a próxima semana, fazendo sexo e explorando um ao outro. Hilary era apenas um passatempo, ele a queria e era apenas isso. No dia em que ela o deixou, chegou a pensar que estava apaixonado, então foi atrás dela no Brasil. Mas quando chegou lá, a viu rodeada de homens, e todos eles estavam gostando bastante da companhia dela. Então sua paixão juvenil se desfez, e ele decidiu que ela seria apenas mais uma de suas reféns, que ele sequestrava e depois largava em um canto qualquer da Argentina, morrendo de amores por ele.

Alejandro era conhecido por sempre sequestrar as mulheres. Usava essa tática com quase todas, e sempre dava certo. Mas depois do sequestro, as reféns nunca mais viam o sequestrador. Ele dizia que fazia isso apenas por que gostava dessa adrenalina, era conhecido por sua frieza, era um homem frio e destemido. Filho de Sharon Benson, uma das mais temidas mafiosas da Argentina, Alejandro Benson tinha que honrar o nome que carregava, como era o terceiro filho, o fardo não era tão grande para ele, mas sempre estava envolvido em algum negócio da família, principalmente quando esses assuntos envolviam mulheres bonitas e sequestra-las.

Na maioria das vezes o plano não era esse, mas era o que ele sabia fazer, e fazia bem feito. Até hoje nenhuma mulher, nenhuma de suas reféns, não tinha se apaixonado por ele. Alejandro era o que podia se chamar de Cafajeste com C maiúsculo.

Na hora em que seus homens se foram, ele foi para sua cabana. Entrou no seu quarto como sempre fazia e viu aquela mulher no canto da cama, abraçando os joelhos.

Seu sangue congelou! Assim que ele pôs os olhos naquela mulher.

Não era Hilary.

Ela era... era...

Ele não sabia quem ela era. Mas era de longe, a mais linda de todas as suas reféns. Quando ela subiu o olhar para ele, seu coração se juntou ao seu sangue, e também resolveu parar. Não era um olhar assustado, como sempre. Não parecia que ela estava com medo, mas sim curiosa. Ela olhava para Alejandro com um ar de curiosidade, e quando ele se lembrou de respirar novamente, bradou.

- Quién eres tú?

A resposta veio com um arquear de sobrancelhas perfeitas.

- E você não sabe? Deveria saber, afinal de contas foi você quem me sequestrou.

A voz dela soou em seus ouvidos como uma melodia doce, que jamais ouvira e jamais se esqueceria. Aquilo era insano. Quem era aquela mulher? E o que ela estava fazendo ali? No lugar de Hilary.

Aquilo não estava em seus planos, e essa mulher com a língua afiada, não estava ajudando. Nem isso e nem o fato de ser brasileira, morou por muito tempo no Brasil, e sempre teve uma queda para as brasileiras, prova disso era Hilary.

- O plano não era sequestrar você. Pode apostar nisso.

- Então você fala português, que ótimo. - Flavia respondeu com um ar surpreso.

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