Capítulo dez.

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A chuva caía forte do lado de fora da cabana, os ventos uivavam alto e Flavia estava sentindo um pouco de medo naquele momento, se aninhou ainda mais nos braços de Alejandro e sentiu um conforto quando ele a abraçou mais forte e disse beijando seus cabelos.

- Ei! Não tenha medo pequena, é só uma tempestade. Já vai passar.

Flavia fechou os olhos e adormeceu ao ritmo do coração de Alejandro que batia calmo em seu peito...

Frio, ela estava sentindo frio. Seus dentes batiam e quando abriu os olhos não viu nada além da escuridão. Ergueu a cabeça e se levantou depressa quando viu que estava no meio da mata, se perguntou como foi parar ali.

- Alejandro! Alejandro! - Flavia gritou o mais alto que podia, mas sua voz parecia não sair, ela pôs as mãos na garganta que ardia e tentou de novo. - Alejandro! Alejandro! - mas nada.

Ela estava sozinha naquela floresta escura, o vento soprava forte e seu cabelo estava despenteado. Um barulho atrás dela fez seu coração dar um salto, rapidamente ela se virou mas não viu nada. Apenas árvores e mato por todo lado. Ela caminhou firme na direção de onde achava ser a cabana, seus passos eram longos e fortes e sua respiração entregava que ela estava com medo.

Quando ouviu o som das ondas se aproximando, sentiu uma sensação de conforto, correu para onde vinha o som e logo estava na praia, alguns metros a sua frente estava a cabana, e havia uma fogueira ali também, ela conseguiu ver a sombra de um homem de costas, que ela tinha certeza ser Alejandro.

- Alejandro! - ela gritou mais uma vez, mas foi inútil. Sua voz não saía e ele parecia estar distraído de mais para ouvi-lá.

Aumentou o ritmo de suas passadas, e quando estava quase alcançando seu argentino uma mulher saiu de trás dele, ela dançava e pulava em volta de seu corpo com um sorriso cheio de malícia nos lábios. Ela deslizou as mãos pelas costas largas de Alejandro e ele se virou para ela a segurando firme pela cintura e puxando seu corpo para perto do dele.

Flavia se surpreendeu quando a mulher virou o rosto e ela pode ver que era Hilary. Ela ficou sem reação ao ver que os dois estavam felizes, era como se Alejandro nunca tivesse estado com ela. Aos poucos foi se aproximando ainda mais. Quando chegou à alguns passos do casal sentiu uma forte mão lhe puxando e uma voz masculina grossa lhe chamando, aquela voz... Flavia conhecia aquela voz...

Quando abriu os olhos Flavia percebeu que estava sonhando, mas havia mesmo uma mão em seu ombro, piscou várias vezes até seus olhos se acostumarem com a claridade, quando conseguiu focar no rosto a sua frente ela deu um salto na cama se sentando.

- Robson?

- Calma meu amor, eu estou aqui. Vim te buscar.

Flavia ficou sem palavras, olhou a sua volta e percebeu que ainda estava na cabana. Mas não tinha sentido estar ali, não tinha sentido Robson estar ali.

- O que você faz aqui? - ela perguntou não acreditando em seus olhos. Será que aquilo era mais um sonho?

- Eu vim te salvar meu amor. Depois do seu telefonema eu não sosseguei até encontrá-la, peguei o primeiro avião para Argentina. Te procurei em todo canto, falei com Jean, ele me disse que você havia sumido depois do jantar e então liguei os pontos. O modo estranho como a ligação caiu naquele dia, e depois tentei te ligar várias vezes mas as ligações começaram a cair na caixa postal. Eu percebi que você estava em perigo, mas agora eu estou aqui meu amor e vou te proteger. Nunca mais vou deixar que você vá para longe de mim.

Flavia não acreditava no que estava acontecendo, Rodolfo havia ido atrás dela mesmo. Tinha ido salvá-la, mas ela não queria ser salva, ela queria continuar ali, na ilha, com Alejandro.

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⏰ Última atualização: Nov 08, 2016 ⏰

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