Lucas se recolhe, e segue até a frente do hotel, não longe dali, do outro lado da rua, ele se senta, sobre a beirada do meio fio e se inquieta, se ele não pode saber o nome dela, ir até o seu quarto então ele esperará até que ela apareça. Infelizmente o estacionamento só abre para os clientes, ele nem mesmo pensar em pagar o quarto mais barato desse alto hotel.
Horas se passam e a recepcionista pode vê-lo todo tempo a aguardar, até que um segurança alto e negro venha em direção a Lucas que nem se move, ele sabe que o monstruoso segurança não pode fazer nada com ele. Ele não está infligindo leis do hotel.
Mas quando o homem gigante se aproxima, ele numa voz grossa porém amistosa fala ao garoto sonhador Lucas:
– A recepcionista pediu para que eu lhe dissesse que não há ninguém no quarto 707.
– Ninguém? – Ele logo põe-se de pé, quer ir afrontar aquela mulher que certamente mente para ele.
E enquanto vai em direção às portas do hotel, o segurança o para, e tão gentil como antes disse-o que ele não pode permitir que ele entre. "Vá para casa, garoto." – São suas palavras.
Lucas toma seu capacete, dá arranque e volta para casa decepcionado, perdido, sem saber o que fazer. Ele que teve o alivio de uma noite, agora não consegue dormir nessa segunda, seus pensamentos voam na mulher ruiva do quarto 707, como ele quer voltar a adentrar aquele quarto.
Lucas estava a quase pegar no sono quando seu telefone chama é Emanuela, mas uma ez, talvez a vigésima nesse dia, Lucas se nega a atende-la. Porém diferente de qualquer outra mensagem a garota manda a primeira que parecia sincera.
"Que história é essa de que você está com sua namorada ontem a noite na festa?!"
"Pelo que me lembro eu estava em casa."
"E não sou tão ruiva quanto estão dizendo."
Lucas acha graça das mensagens, não demoraria para Emanuela saber da verdade, ele não demora e pega no sono, em seus sonhos só consegue lembrar da mulher que até agora lhe dá arrepios de prazer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Ruiva
RomansaUma noite sem lua, fedida pelo odor da traição. Um garoto triste a andar solitário em uma avenida iluminada até que um carro alto paira ao seu lado. Um sorriso convidativo. Uma mulher desconhecida. Uma misteriosa e inesquecível Ruiva.