Capítulo 10 - Surpresas desagradáveis ⓘ

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LUNA

A rua estava silenciosa, eu caminhava devagar enquanto a brisa gélida balançava a copa das arvores. A lua minguante domava o céu enquanto as estrelas formavam um tapete brilhoso. Eu já sabia que estava sendo seguida, mas não sabia quem estaria fazendo isso. A rua estava vazia e não estava longe de casa, passei em frente à casa de Eric que tinha todas as luzes apagadas, Elena deveria estar no hospital. Caminhei mais um pouco e quando coloquei o pé na calçada.

Um vulto.

Ele estava sentado na soleira da minha casa e vinha caminhando em minha direção tranquilamente, seus olhos brilhavam em um branco intenso e logo depois sumiram. Seu amigo de hoje mais cedo estava a poucos metros, sentado num balanço que ficava ao lado da entrada da minha casa e que eu usara quando era criança.

- Ola Luna – ele disse e estendeu a mão.

- O que quer de mim? – perguntei enquanto caminhava para a entrada da minha casa.

- Conversar. – disse ele em um tom serio, mas debochado.

- Mas eu não quero.

Quando meu levantei o pé para subir o primeiro degrau, algo me impediu. Uma barreira. Olhei para o amigo dele que sorria para mim.

- Você não me de deixar entrar não é?

- Adivinhou agora? – ele riu – Aquele é Marcos – ele apontou para o mal encarado.

- Fale o que você quer de uma vez. – disse olhando nos olhos dele.

- Primeiro quero que veja algo. A minha verdadeira forma na verdade.

- E porque vai me mostrar isso?

- Porque acho divertido.

Ele se afastou, sua face começou a se deformar os olhos se tornaram brancos em um tom cintilante que me ofuscou então quando voltei a olha-lo. Ele estava com um sorriso no rosto.

- Dybbuk Divisio. – deixei escapar em um sussurro.

Ele riu e me olhou.

- O interessante é que você disse a ele que não sabia. Por que doce Luna?

- Isso não é da sua conta.

- Ah é sim...

Ele segurou o meu braço e uma dor excruciante me fez cair no chão e começar a gritar.

- Paaaaare! Por favor! Eu não aguento! – eu suplicava.

Então a dor parou.

- Conhecemos seu clã de meia tigela Luna. E acredite vocês são formigas comparadas ao nosso poder. E eu sei o que seu clãzinho deseja. E se nos descobrimos que você esta se movendo.

Ele estala os dedos e a minha casa começa a pegar fogo, um fogo negro tomou a casa de forma rápida.

Gritos.

- Socorro! Eu não consigo!

- Mamãe! Não por favor, não a matem! – meus olhos estavam marejados e o desespero havia tomado conta de mim.

Ele estalou os dedos.

O fogo apagou e ele olhou para mim com um sorriso no rosto.

- Estamos aqui há mais tempo que você, somos mais velozes, fortes, imortais e poderosos. Você jamais conseguiria fazer o que nos podemos fazer e se soubermos que esta tentando algo, não haverá um aviso doce Luna.

Ele se abaixa e me olha nos olhos com um doce sorriso e me beija.

- Esta avisada.

Ele me da às costas e começa a andar ate o seu companheiro.

Darkness of Heart | Livro II | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora