Serei muito sincero neste momento, e espero não causar emoções tão conflitantes - certo de que você achará minha estratégia bastante cruel.
Fazer mal a quem ela queria bem sempre fora parte do plano. Pessoas como ela ficavam bem sozinhas, e ela estava sempre acompanhada dos amigos imbecis, desprovidos de qualquer talento. Sobre Weasley, não sei se preciso falar muito a respeito. Sempre fora um burro, integrante de uma família desordeira e traidora do sangue; Harry Potter, como todos sabem, tinha apenas a fama a seu favor e mais nenhum atrativo que enchesse os olhos, além da cicatriz ridícula na testa.
Veja bem, a solidão transforma as pessoas. Elas passam a olhar para quem está a sua volta de forma diferente. Se tudo Corresse conforme o planejado, ela se tornaria um alvo fácil, e eu não hesitaria em atirar onde mais causasse estrago. Eu sempre soube que o olhar de ódio dirigido à minha pessoa, seria facilmente derrubado caso ela pudesse estar comigo, sem comparações com seus amiguinhos.
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Você não pode controlar todas as coisas, mas pode controlar a forma como algumas delas acontecem.
Minha mãe me disse isso certa vez. Foi uma frase inusitada para os termos dela, que acreditava no poder daqueles que nascem "em condições adequadas", de controlar o curso do mundo.
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Naquela semana o sol havia retornado, finalmente. Depois de um mês inteiro de chuva intensa, a grande estrela voltara a iluminar os vitrais que embelezavam as janelas de Hogwarts.
Mais uma aula com ela. Era torturante.
Odiava a presença de Hermione nos corredores da escola, mas odiava ainda mais a sua existência, ali tão próxima. Tornando-me suscetível aos piores sentimentos que um homem poderia experimentar.
Naquele dia eu estava especialmente preparado. Pedira para meu pai comprar "Um estudo avançado sobre poções impossíveis ", um livro com poucos exemplares, que ele dera um jeito de comprar, na tentativa desesperada de fazer o filho ser o melhor em alguma coisa.
Ela entrou na sala, aparentemente preocupada com alguma coisa. Estava completamente sozinha, o que era deveras estranho, já que sempre estava na cola dos dois babacas: Potter e Weasley.
Os olhos estavam visivelmente inchados e vermelhos. Ou dormira demais, ou chorara demais, a hipótese de estar usando poções entorpecentes também passou pela minha cabeça, e a ideia me provocou um riso involuntário. Ela olhou em minha direção, contrariada, e o nosso diálogo ficou gravado em minha memória.
"Feliz, Malfoy?"
Fiquei me questionando, com uma porção generosa de raiva, sobre o quão insolente ela poderia ser, a ponto de cometer o atrevimento de dirigir-me a palavra? Com aquele tom debochado, ainda por cima.
" Falando comigo, Granger? Ou com a sola dos meus sapatos de puro couro 'Malfoy'. Produzido nas melhores lojas bruxas?" . Mais deboche.
" A sola dos seus sapatos renderiam uma boa conversa. São mais valiosas e inteligentes do que o próprio dono." Ela estava com o nariz empinado, os olhinhos castanhos mirando de esguelha, por cima.
"Senhorita Granger, não bastasse a confusão causada na aula passada, ainda tumultua a presente aula com provocações ao Senhor Malfoy?" A voz untuosa do professor Snape se fez ouvir. O mesmo rosnado desdenhoso de sempre. " Menos 40 pontos para a Grifinória ".
" Senhor Malfoy, devo parabeniza-lo pela precisão no corte dos ingredientes. A poção levará metade do tempo para ficar pronta. Por descobrir esta informação sem precisar da orientação de um docente, concedo 50 pontos para a Sonserina. "
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Dez Encantamentos
Fanfiction"Deixo esta carta endereçada a quem encontrá-la. Para que possa entregar à ela; para que seja conhecida minha história, meu sacrifício, minha demência. " - Draco Malfoy, através do mistério de dez encantamentos, descobrirá que Hermione Granger tem o...