Epílogo - Lumus Maxima

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Epílogo - Lumus Maxima

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Epílogo - Lumus Maxima

Os olhos eram meus, a inteligência era nossa, mas a beleza e sagacidade, com certeza provinham dela. Flax Granger Malfoy, a criança mais brilhante que eu já Tivera a oportunidade de conhecer, não que eu conhecesse muitas.

O garoto de olhos cinzas, levemente azulados e cabelo loiro escuro, logo faria onze anos, sua carta de Hogwarts chegaria e eu tinha certeza que ele seria selecionado para a Corvinal. Azul era a cor dele.

Nós continuamos morando em Bibury, mas compramos outra casa, maior e muito mais aconchegante. Hermione não cansava de repetir que ali ela se sentia em um lar, de fato. E eu me orgulhava todas as vezes que a ouvia falando isso, afinal, eu adquirira o imóvel de tijolos marrons com o fruto do meu trabalho no Hospital.

Yellow Pitstone havia se tornado uma escola. Dr. Larry Johnson, um dos médicos responsáveis pela gestão do Departamento de Poções e desfazimento de feitiços, me ensinara tudo o que eu precisava saber sobre estudo dos ingredientes mais exóticos e raros, como o ovo de farosutil, que só poderia ser vendido sob ordem escrita do Ministro da Magia, e era imprescindível para o tratamento de pacientes com desordem mental.

Em dois anos eu saí do meu posto humilhante, de trabalhador da categoria Sub-3 - uma função de serviços gerais, exercida apenas por elfos domésticos- e alcancei a oportunidade de exercitar minhas habilidades como pocionista.

Eu estava tentando.

E nossa casa era o reflexo de todo o meu trabalho. Eu estava satisfeito.

Vez ou outra os pais de Hermione nos visitavam, e eu já não saía mais de casa quando isto acontecia. Não éramos amigos, mas também não podíamos ser inimigos. Eu permanecia no meu laboratório de poções, saindo apenas quando eles davam indícios de que estavam partindo, e conversávamos, num diálogo bastante constrangedor, sobre o clima ou sobre Flax.

Os trouxas sempre seriam um desafio.

Prepotentes e cheios de si, ignorando o mundo mágico e sentindo-se deuses por manipularem artefatos complexos, para problemas facilmente resolvíveis com magia.

Não os suportaria, jamais. Mas os toleraria, pelo bem da minha convivência com Hermione, e com seus pais. Eu tinha uma divida com eles, algo que, infelizmente, jamais seria pago.

Eles me acolheram quando minha linhagem pura falhou comigo.

xx

Quando a carta de Hogwarts finalmente chegou, olhei para Hermione, que não pôde segurar uma lágrima solitária. Eu sorri, tendo a certeza de que estávamos fazendo um bom trabalho.

Entregamos o pergaminho nas mãos do nosso filho, que pulava, ajeitando os cabelos desgrenhados e sorrindo até as têmporas. Eu senti um desejo insano de coloca-lo numa caixa de vidro e não deixar que nada de horrível acontecesse com ele. Não desejava algo como uma marca negra em seu antebraço. Se tivesse que possuir cicatrizes, que fossem das quedas de vassoura.

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