Capítulo 14 Nicole e Antony

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Olá pessoal, capítulo quentinho pra vocês, esperamos que curtam bastante, comente deem suas estrelinhas pra sabermos se estão gostando da história beleza.

Neste capítulo vai ser com a perspectiva de Antony e Nicole pra vocês saberem o que passa na cabeça dos nossos personagens espero que gostem, bjos e até o próximo capitulo.  :D

Antony Hendrix

Acordei assustado com a garganta extremamente seca, o quarto estava escuro graças à proteção nas janelas que pedi que instalasse assim que reformei o apartamento, mas por de baixo da porta do banheiro dava para ver a claridade do sol.

Precisava de muita água para matar a sede insuportável que estava sentindo, e foi ao sentar na cama que percebi que a sede não era nada comparando com a dor de cabeça que sentia, tive que esperar e ter certeza que, se eu a movimentasse realmente não explodiria.

Levantei com os olhos semiabertos e fui caminhando bem devagar, a vontade era de engatinhar igual criança, mas resolvi caminhar e foi pior que um idoso com mais de cem anos, parecia que estava andando em câmara lenta e se a situação não fosse trágica com certeza seria cômico.

Abri a porta que dava para a antessala do meu quarto e depois a que me deixaria no corredor, coloquei as mãos no rosto para evitar um pouco a luz forte e fui cambaleando até a cozinha, fui direto para a geladeira. Consegui esvaziar a primeira garrafa de água em tempo recorde, solucionando o primeiro problema e tomei dois analgésicos esvaziando outra garrafa.

O meu corpo implorava pela cama, estava voltando na mesma velocidade quando escuto vozes, ignorei, eu queria jogar a minha carcaça na cama e dormir por mais algumas horas.

- Bom dia Dr. Hendrix?

Apenas levantei a mão para cumprimentar Jerusa, e continuei a caminhada.

- Tudo bem com o Senhor?

Respondi com outro sinal de mão.

- Olha só quem eu achei!

A voz animada de Jerusa mais a minha curiosidade fez com que eu finalmente abrisse um dos olhos, e lá estava o Mateus com o seu sorriso cartão de visita e com seu terno impecável. Fechei o olho.

Ele estar em ali não era novidade nenhuma, quando trabalho em casa ele me auxilia com pesquisas e trabalhos externos.

- Esqueci-me de alguma coisa Mateus? Perguntei e iniciei a minha árdua caminhada até a cama que implorava por este corpinho.

- Bom dia para você também, alguns assuntos para resolver, vou tomar um café e esperar você sair deste traje de gala.

Mateus estava falando da cueca boxer preta que estava vestindo, ouvi a risada de Jerusa que vinha da cozinha, ignorei, ela é como uma mãe e me ver de cueca não é novidade para ela.

Em resposta para o Mateus, outro sinal de mão e desta vez apenas o dedo do meio estava em pé.

No quarto me joguei na cama por mais alguns minutos já me arrependendo de ter ido ao barzinho com o Wilson, de ter tomado o primeiro whisky, de ficar pensando na cachorra da Nicole e naquele maldito ponto de interrogação que enviou, e para completar o pacote tinha a morte de Juan, e a morte dele fez acordar a saudade de minha mãe e a raiva por não ter conseguido encerrar a carreira deste filho da puta como eu queria.

Eu andava feito urubu em cima de carniça esperando outro vacilo de Juan, o processo que movi contra ele estava parado por conta do Código de Ética Médica que no jurídico tinha várias interpretações.

A morte dele esta sendo uma derrota difícil de digerir e esquecer, se eu o quisesse morto já o teria feito, o meu objetivo era que ele perdesse o CRM, ver o tempo que foi dedicado desde a época da faculdade se transformar em nada, para um profissional é o mesmo que perder a sua identidade, o seu sonho.

Par PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora