78. sobreviventes

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Jacob.

Tudo aconteceu muito rápido, num minuto nós três estávamos no chão e no seguinte correndo por nossas vidas.
Me levantei do chão após ver o Porsh ir em direção a porta da sala de música, chamei Harry e Benny, e nós três voltamos para a sala onde eu havia deixado a Mia e a Sassy.
Em seguida ouvimos a polícia chegar, e então eu tive esperança de que aquilo acabaria sem que mais ninguém sofresse uma perda.

Nos momentos seguintes, todos foram retirados em segurança da escola, e levados numa ambulância para o hospital mais próximo.
Fiquei com a Clarke o tempo todo e não Soltei a mão dela em momento algum.
Sassy foi com a Mia em outra ambulância, pois ela não conseguia se acalmar.
Os pais dela e do Mike apareceram depois para dar apoio e para cuidar dos filhos.
Evelyn veio buscar a Sassy de madrugada, e ficou um pouco lá também para ajudar no que precisasse.

Clarke entrou para fazer uma cirurgia, e logo depois dela, Trevor e Mike também.
Infelizmente Connor não sobreviveu, e vários alunos também não resistiram aos ferimentos.
Não havia mais nada que os médicos pudessem fazer.

— foi uma tragédia horrível.. São todos tão jovens.- uma enfermeira comenta com outra no corredor.

Eram quase 4 horas da manhã, e nenhum dos três tinha terminado a cirurgia.
Comecei a ficar preocupado, e fiz a única coisa que podia fazer.
Orei.

Pedi a deus e o céu, que deixasse meus amigos viverem.
Eu já não tinha mais família, e também não queria perder a única que me restava.

Um pouco antes das 5:00 hs, Sassy e a mãe resolveram ir pra casa.
Já não tinha mais nada pra fazer no hospital, e também não tinha como dormir lá.
Então disse a elas que poderiam ir, e fiquei sentado lá fora esperando notícias.
Adormeci num banco, completamente torto e morto de cansaço.
Acordei horas depois, com uma enfermeira me cutucando para avisar que as cirurgias haviam sido um sucesso.

Agradeci mais aliviado, e me levantei para esticar as pernas.
Andei por uns corredores, e então parei na frente de um berçário.
Fiquei observando os bebês dormirem tranquilos e sorri, depois voltei para onde estava e esperei para liberarem as visitas no quarto.
Infelizmente ninguém poderia receber visitas ainda, então fui pra casa no final da tarde e resolvi voltar somente no dia seguinte.

Na manhã seguinte, peguei uma carona com o Arthur e nós fomos juntos para o hospital.
Lá ele foi direto para o quarto do Mike, onde Mia já esperava ansiosa pela liberação das visistas.
Também fiquei ansioso para ver a Clarke e saber se ela estava bem, fiquei sentado do lado de fora, ate que uma enfermeira me avisa que já podíamos entrar .
Dei uma batidinha de leve, e a vi sentada na cama olhando para o nada.
Me aproximei devagar, e falei.

— oi. Já esta se sentindo bem?

Ela virou o rosto na minha direção e sorriu, parei na frente dela e ela  respondeu.

— acho que sim.

Ver um sorriso no rosto dela de novo era reconfortante, ainda mais quando achei que nunca mais veria esse sorriso de novo.

Ver um sorriso no rosto dela de novo era reconfortante, ainda mais quando achei que nunca mais veria esse sorriso de novo

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