Um bairro, quatro amigos e muitas histórias.
Clarke, Jacob, Mia e Mike estão aqui para nos contar sua infância e adolescência.
Onde o destino pode te levar pra longe, amores podem não ser correspondidos, e uma tragédia pode mudar sua vida.
Mas a ami...
Não fui. Não fomos. Não somos. Você foi para um lado. Eu para o outro. Não chegamos nem perto do sempre. Mas teve graça e valeu muito a pena. Valeu, sim. Não fracassamos, claro que não. Deu certo até onde tinha que dar. Foi eterno até o dia que deixou de ser. Não ficou nenhuma mágoa, nenhuma vontade, só um pouquinho de saudade.
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Clarke.
Os meus últimos dias no bairro pareceram muito como a minha última despedida a dez anos atrás, com o único detalhe que dessa vez eu estava pronta para ir. Eu sabia que tinha feito um bom trabalho ali, é claro tiveram controvérsias, mas o importante é que no final tudo deu certo e todos se ajeitaram nos seus lugares.
Mia estava super contente com o bebê, e Mike estava feliz por formar a pequena família dele também. Jacob embora ainda estivesse separado da Sassy, sabia que ela voltaria para casa como eu voltei uma vez dando-nos uma segunda chance. Não foi como eu achei que seria, mas fazer oque né.. A gente não escolhe por quem vai se apaixonar.
Um dia antes da viagem, fui ate a casa da Zoye me despedir dela, e por incrível que pareça ela chorou bastante.
— para com isso..eu to borrando a minha maquiagem..- ela reclama.
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— não precisa ficar assim, nós ainda vamos nos ver muito lembra? Ou você já desistiu da temporada em Londres que vamos fazer?
Ela riu, e me abraçou forte.
— obrigada por ser minha amiga.
— eu que agradeço por você se abrir comigo.- falei.
Ela se afastou limpando as lágrimas de novo, e me acompanhou ate a porta. Nós nos despedimos outra vez, e então eu voltei para casa.
Cheguei em casa e vi minha mãe animada no telefone, ela desligou quando me viu e eu fiquei intrigada.
— quem era?
— estava falando com a gerente de onde eu trabalho..parece que ela precisa de alguém para trabalhar na nova galeria dela em nova york, e quer saber se eu posso me mudar pra lá por um ano.- ela conta.
Derrubei a bolso no chão de perplexidade.
— mãe você ta falando sério?
Ela fez que sim com a cabeça, e eu pulei no pescoço dela. Nós gritamos feito duas adolescentes, e giramos no mesmo lugar.
Ela se afastou recuperando o fôlego e falou.
— eu vou poder morar perto de você, e assim nós teremos mais um ano juntas.- ela diz animada.
