Um

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-  Bom dia meu amor.  -  Vinicios me disse carinhoso, acompanhado de um beijo estalado nos lábios.

-  Bom dia, Vini.  - sorri.

-  Está atrasada.  -  disse e eu, olhei para o relógio.

-   Céus, por que não me acordou?  -  perguntei indo em direção ao banheiro.

-  Você fica linda dormindo. -  ouvi ele dizer da cozinha.

Ri e fiz minhas higienes. Fui até a cozinha e Vinicius estava preparando café.

-   Puro.  - disse servindo a minha xícara.

Sorri. -  Exatamente. -  disse.

-  Te conheço como a palma da mão. -  disse com um sorriso, olhando nos meus olhos.

-  Eu sei. -  ri.

Tomamos café juntos. Vinicios me levou até a delegacia, e seguiu para o trabalho.

-  Bruna. -  o delegado, Marcos, disse assim que me viu. -  Sente-se. -  obedeci e ele voltou a falar.  -  Bruna, temos uma nova denúncia. -  disse.

-  Do que se trata? - perguntei não muito interessada.

-  Nicolau. -  disse e eu o olhei atenta, fazendo-o prosseguir. -  Acho que sequestrou um cidadão da comunidade.

-  Que novidade.  -  revirei os olhos.

-   Preciso que encontre o cara. -  disse. -  A mulher dele está desesperada.

-   Acha mesmo que o cara ainda está vivo? -  disse irônica. -  Senhor, com todo respeito, Nicolau não sequestraria um cara só por diversão. -  continuei. -  Se o fez, tem motivos. Se tem motivos... -  pausei. -  o cara tá morto.

-  Ache-o.  - disse sem rodeios.

Suspirei e saí da sala.

-  Beto, vou pra comunidade. -  disse ao meu colega.  -  Me dá cobertura?

-  Procurar Nicolau? -  riu. -  Você não desiste de querer prender o cara.

-  Eu só preciso provar que ele é oque eu sei que ele é, e o meu dia vai chegar. - sorri. -  Mas hoje eu só vou dar uma sondada, caso de sequestro.

-  Me espera que já vou. -  disse e eu sai, em direção a viatura.

-  Fala garota. -  Jão disse.

-  Iai Jão. -  respondi.

-  Onde vai?  -  perguntou.

-  Ainda pergunta? -  rio.

-  Nicolau aprontou de novo? -  perguntou já sabendo a resposta. Afinal, meu alvo é sempre Nicolau.

-  Isso ai, meu garoto não dá sossego. -  digo brincando.

-   Bruna, acho melhor não irmos na viatura. Chama muito a atenção. -  Beto disse, atrás de mim.

-   Beto tem razão. - Jão diz.

-  Tudo bem. Vamos no seu carro. -  digo e entramos no carro.







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