Três

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-   Mas alguma coisa, senhor? -  ela diz firme, me entregando o papel. 

-  Não, só isso mesmo. -  sorrio e folheio o documento na minha mão.

Ótimo. -  sorri. -  O senhor poderia me dar licença? -  ela aparenta ter segurança em cada palavra dita. Corajosa.

-  Claro, toda. -  dou espaço para ela passar.

Ela olha nos meus olhos, como se procurasse algo. Eu mantenho a firmeza. Então, ela entra galpão a dentro.

Ph me olha com uma cara interrogativa e eu apenas assinto.

Bruna

Eu vasculho o local com os olhos.

Nada.

Nem um vestígio sequer.

Sei que você está aqui, sei que você está aqui. -  repiro várias vezes em pensamento.

-  Esse é o último cômodo do galpão. -  o "segurança" que Nicolau mandou para nos mostrar o local diz, impaciente.

-  Urrum... -  digo observando o local.

-  Minha senhora, eu tenho coisas pra ser feitas. Se os PMs puder acelerar aí... -  ele reclama, expondo seu belo português.

-  Oque tem aqui? -  digo ignorando oque ele disse, indicando uma porta coberta por uma lona preta, quase imperceptível.

-  Ah... -  exitou. -  Tem... uns barulhos que não usamos. -  completa.

Ele exitou. Sinal de que alguém está mentindo. - penso.

-  Se é só isso, vou dar uma olhadinha. -  digo séria.

-  Não! - ele altera a voz e depois tenta disfarçar. -  Não há nada ai, senhora. -  diz voltando ao tom anterior.

-  Ótimo, se não há nada, não haverá problema se eu revistar o local. -  digo séria.

Nicholas

Ótimo, se não há nada, não haverá problema se eu revistar o local. - ouço a sargentazinha dizer.

-  Concordo. -  digo entrando de supetão no cômodo, fazendo Kayque me olhar com a mesma cara de Ph. -  Deixa a garota entrar, rapaz. -  falo, o tranquilizando.

A PM me olha, e eu posso perceber que ela está estranhando minhas atitudes.

-  Sim senhor. - ele diz, vencido e abre a porta.

Capítulo pequeno, perdão.
                          -  A autora.

Fora da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora