Nicholas
Ela estava louca, putamente bêbada. Não falava nada com nada e continuava a beber e beber.
Nunca pensei que a sargentazinha era dessas. Mas agora, vendo ela vomitar tudo oque bebeu nas últimas horas, ela me parece uma garota como as outras.
Frágil e de carne.
Mesmo que eu não tivesse nada a ver com isso, muito menos culpa por ela ter bebido como louca, me senti responsável pela doida. Ela estava acabada: maquiagem borrada, descabelada e completamente fora de si. Quando eu subi na moto dela, e envolvi suas mãos na minha cintura - pra que ela não caísse, já que nem se equilibrar ela conseguia - me perguntei se eu não estava bêbado, já que o meu eu normal não ligaria em deixá-la se foder perdida naquela boate. Mesmo assim, liguei a moto e fui tentando seguir as orientações dela, que mesmo com a voz embargada e a língua enrolada de bêbada, ainda sabia o caminho de casa.
- É aaaaaaaqui. - ela disse e se desvenciliou do meu corpo, quase se jogando da moto.
- Tá louca? Vai se machucar! - gritei estressado.
- Desde quando você se importa. - afirmou num murmúrio e eu apenas suspirei, a pegando no colo e entrando no prédio a minha frente.
Entrar pela portaria foi mole, já que o guarda estava muito ocupado tirando sua soneca.
- É o 32. - ela disse e eu procurei o número em alguma das portas, avistando-a no fim do corredor.
Peguei a chave embaixo do tapete de boas vindas, assim como ela indicou, e abri a porta.
O apartamento não tinha nada de especial; claro, era muito limpo e organizado, mas fora isso, nada que mereça ser enfatizado.
Abri uma das portas onde imaginei ser o quarto da sargentazinha, e entrei.
Havia uma cama de casal com uma roupa de cama extremamente branca, um guarda-roupa grande num tom beje, uma escrivaninha cheia de porta retratos, cômoda, um tapete azul e uma curtina da mesma cor. O quarto era aconchegante, num tom creme. Digamos que era muito bonito.
Também tinha uma porta branca que eu imaginei ser o banheiro. Adentrei o local com a sargenta nos nos braços e a coloquei em cima do vaso, mesmo com suas reclamações.
- Tu precisa de um banho. - digo enquanto ela me olha com a cara emburrada.
Bêbada.
A ajudo a tirar a jaqueja de couro. Depois me abaixo e tiro o salto - que eu nem sei como ela ainda consegue andar nisso. Agora ela usa apenas uma blusa e a calça geans.
- Sei que é constrangedor, mas tu não conseguiria fazer sozinha. - ela me ancara mas não diz nada, apenas suspira fundo.
Aceito isso como um sim.
Tiro sua blusa delicadamente, deixando a mostra um sutiã totalmente preto.
A sargentazinha não tem seios grandes. Mas os que ela tem são o suficiente pra me deixar incomodado.
Como se finalmente houvesse conseguido assimilar a situação, a garota abre o zíper da calça, e em seguida, eu a ajudo a tirá-la.
- Vem, vamos pro chuveiro. - digo e a pego no colo, a levando para dentro do box.
Eu sou homem e tenho que admitir que aquela não era a melhor situação pra mim. Mesmo que eu a odiasse, tinha que admitir, ela é linda. Não é uma garota cheia de curvas, mas mesmo assim ela era incrível.
No chão, ela me encarava como se esperasse alguma ação. Eu liguei o chuveiro e a coloquei embaixo dele, e ela apenas observava tudo. Quando sua pele teve contato com a água fria do chuveiro, a sargentazinha soltou um pequeno gemido. Aquilo já era demais pra mim. Suspirei e sai do box, a deixando sozinha.
- Tá legal, calma. - respirei. - Ela te persegue, Nicolas, para com isso. - respirei fundo e sai do banheiro em direção a cozinha.
Preparei uma sopa simples e voltei pro quarto.
Ela estava enrolada na toalha, com o cabelo molhado deitada na cama. Dormia como um anjo.
- Hmm... vou pegar uma roupa pra você. - disse enquanto abria o guarda-roupas.
Era tudo organizado em cores - com certeza ela era uma puta perfeccionista. O móvel era impecável.
Abri uma gaveta, e encontrei um shorts azul curto; em outra gaveta peguei uma blusa larga (a primeira que eu vi pela frente). Abri a gaveta ao lado e avistei lingeries; a maioria na cor preta.
Caramba - pensei.
Peguei um sutiã preto e uma calcinha de renda.
Quando eu ia fechar a gaveta de peças íntimas, vi uma caixinha branca que me chamou a atenção.
Que porra é essa? - pensei.
Olhei pra sargenta e ela ainda estava desmaiada na cama. Peguei a caixinha branca e me perguntei oque seria aquilo.
Eu abri a tampa e me deparei com um papel seda vermelho e um pequeno bilhete.
"Use quando perder esse seu medo bobo.
- Mamãe."Era isso que dizia o bilhete.
Coloquei uma das mãos dentro da caixinha e me pôs a tirar o papel.
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Fora da lei
RomanceBruna é uma mulher forte. Mesmo sem o apoio dos pais, que sonhavam que ela se tornasse médica e tomasse conta dos negócios da família, resolveu seguir seus próprios sonhos e tornou-se uma grande policial. Seu namorado e futuro noivo, Vinicios, um ra...