Bruna
- Me diga, oque faz aqui? - ele pergunta, sinico.
- Provavelmente, o mesmo que você. - digo direta.
- Dá pra sair da defensiva um pouco? - pergunta e eu me seguro pra não rodar a mão na sua cara.
Esse bandido quer mesmo tirar a minha paciência?
- Sinceramente? Não. - respondo.
- Tudo bem, sargentazinha. - ele parece vencido, então eu apenas lhe direciono um sorriso falso.
Nicholas
Ela não parecia a Policial que me persegue, por isso não reconheci. Talvez porquê não estivesse usando a sua armadura azul escuro.
Ela estava vestida como uma garota normal. Uma calça geans preta, e uma blusa branca, simples. O cabelo estava em um rabo, e o sapato era um tênis azul bebê.
Parecia tranquila, sem aquele ódio todo nos olhos. Provavelmente, deve estar em um dia ruim, já que a cara de desânimo era vista a metros.
Resolvi não me desgastar num bate boca com ela. Eu simplesmente pedi meu café e tomamos em silêncio.
Logo, ela pagou seu pedido e foi embora numa moto preta.
Tenho que admitir, a garota tem estilo. Ela parece inabalável, sempre corajosa, e com as respostas na ponta da língua. Nem parece uma mulher.
Tive vontade de perguntar a ela oque havia acontecido, porquê a tristeza estava escondida no fundo dos olhos dela, e eu pude ver. Mas, oque isso me importava? Não tenho nada a ver com isso. Essa garota só pega no meu pé, quero mais é que se foda.
Bruna
Realmente, é muita sorte encontrar o bandido do Nicolau na cafeteria. Estraguei o meu dia.
Droga.
Quem o vê até pensa que é um cara normal, e não um psicopata. Que hilário.
E o mais engraçado de tudo é que o cara é um baita gato. Eu sei que tenho um namorado, mas não sou cega. E não, não estou de forma alguma "desejando" Nicholau, só estou citando sua qualidade. Bem, aquele imbecil tem que ter alguma não é?
Nicholas
- E Ana? - pergunto a Rosa assim que entro pela porta de casa.
Rosa suspira aflita, oque me deixa ainda mais preocupado.
- A médica do posto disse ser uma virose. Ela deu alguns remédios e receitou descanso. - ela diz.
- Bom, então ela vai ficar boa, não é? - pergunto esperançoso.
- Vai, vai sim. Amanhã ela já deve estar melhor. - fala calma, mas sei que algo a preocupa.- Então por que está tão aflita? - pergunto e ela me encara.
- Eu não sei. - diz. - Estou com o coração apertado.
Aquilo acabou com meu dia. Rosa nunca se engana, oque me deixou mais preocupado ainda.
Ana é tudo oque tenho. Sei que parece exagero, mas não suportaria perde-la.
Passei a tarde com Ana. Assistimos seu filme favorito, fizemos brigadeiro, brincamos, enfim, tentei deixa-la contente e faze-la esquecer um pouco as dores - porquê agora além da dor de cabeça e febre, ela estava com o corpo dolorido.
Ana dormiu antes mesmo das oito, após eu ler um livro pra ela. Fiquei olhando ela dormir até Rosa chegar, e então sai de casa.
Precisava esquecer os problemas em umas doses de vodka.
Fui até uma boate na zona sul da cidade. O lugar estava cheio: garotas dançando descontroladamente e caras caindo de bêbados. Passei pelo pessoal e fui em direção ao open bar.
- Campeão, me traz uma dose de vodka, por favor. - peço a ele e o rapaz assente.
Observo a multidão de loucos até que minha bebida chega. Agradeço ao barman e viro o copo de uma vez.
A bebida desce rasgando pela minha garganta, mas me sinto relaxado. Peço a segunda dose e aguardo.
- Me trás uma garrafa de vodka, Jayson. - alguém ao meu lado.
Aquela voz.
Ah, eu não posso crer.
De novo?
- Seria uma maré de azar? - pergunto a sargentazinha que agora está sentada ao meu lado, sem nem ter notado minha presença.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fora da lei
RomanceBruna é uma mulher forte. Mesmo sem o apoio dos pais, que sonhavam que ela se tornasse médica e tomasse conta dos negócios da família, resolveu seguir seus próprios sonhos e tornou-se uma grande policial. Seu namorado e futuro noivo, Vinicios, um ra...