Nicholas
- Esse cara não para de gritar. - Ph diz, entrando na sala.
Fernando é um cara que me incomoda faz um tempo, não está pagando as dívidas corretamente. Eu particularmente não queria ter que mata-lo, mas a regra é para todos.
- Vamos ter que dar um jeito nele, e logo. - digo.
- Nicolau... Você podia dar só um susto nele. - diz receoso.
- Se quer trabalhar aqui tem que entender: comprou, pagou. Ele tem que pagar, de qualquer jeito. Nem que seja com a vida. - digo firme, mesmo que isso também não fosse oque eu queria.
- Você manda. - diz vencido.
Então Kayque entra na sala, preocupado.
- Os tio encostaram ai na frente. - diz.
- Oque? Como acharam? - pergunto impaciente.
- Devem ter dedado o galpão. - diz. - Com certeza tão atrás do cara. - completa.
- Droga. - digo. - Não deixa entrar, despista. - falo ríspido.
- Como? - ele pergunta.
- Não sei, se vira. - digo e vou indo em direção a porta, mas Ph segura meu braço, me impedindo.
- A garota tá ai. - disse e eu revirei os olhos.
- Ela tá insistindo pra entrar. - um dos caras disse assim que cheguei perto do portão do galpão. - Do jeito que é, se não a deixarem entrar, ela arromba. - completa.
- Vou resolver isso. - digo impaciente.
Droga, por que essa garota tem que viver no meu pé? - penso.
Me aproximo e vejo um pequeno tumulto perto do portão principal.
- Você sabe com quem tá falando? - ouço alguém dizer. - Me deixe entrar, agora. - diz autoritária.
Aquela voz. Ah, eu sei bem quem é.
- Que palhaçada é essa aqui? - grito entrando no meio da bagunça, chamando a atenção de todos.
- Ah, olha aí quem resolveu aparecer. - diz a morena, sarcástica. Odeio isso.
- Algum problema, sargentazinha? - dou ênfase na última palavra, sei que ela odeia ser chamada assim.
- Problema nenhum, senhor. Só quero dar uma olhadinha no... - ela procura a palavra certa para usar. - local.
- Claro, sargentazinha. - provoco. - Mas, onde está o mandado?
- Mandado? - pergunta surpresa.
- Exatamente. - sorri, sínico.
Eu sabia que ela estaria desprevenida.
- Droga, não trouxemos. - disse o policial ao lado da garota. - Vamos ter que voltar pra buscar.
Ótimo, até vocês voltarem eu já tirei o cara daqui. - penso.
A morena fardada a minha frente sorri, me deixando confuso.
- Eu trouxe. - diz e eu grito um "droga" mentalmente. - Até parece que não me conhece. - ela se refere ao cara ao seu lado.
- Sempre prevenida, senhora. - ele diz, com um sorriso. Com certeza é caidinho pela doida.
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Fora da lei
RomanceBruna é uma mulher forte. Mesmo sem o apoio dos pais, que sonhavam que ela se tornasse médica e tomasse conta dos negócios da família, resolveu seguir seus próprios sonhos e tornou-se uma grande policial. Seu namorado e futuro noivo, Vinicios, um ra...