Seis

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- Boa noite, amor. -  Vini diz, entrando no apartamento com várias sacolas do mercado.

- Boa noite, meu bem. - respondo e o ajudo a colocar as sacolas na mesa. - Oque é tudo isso? - pergunto confusa.

- Quero fazer um jantar especial pra nós hoje. - sorri me olha. - E você sabe o motivo, não é? - pergunta com expectativa.

- Hmm... foi promovido na empresa? - pergunto. Não faço idéia.

Ele olha triste e suspira.

- Nosso aniversário de namoro. - diz com a cabeça baixa e as mãos apoiadas na mesa. - Não acredito que esqueceu. - me sinto culpada.

- Me desculpe, Vini. Eu sinto muito por... - começo mas ele me interrompe.

- Ter esquecido mais uma das nossas datas especiais? De quatro anos de namoro? Ah, tudo bem. -  diz sarcástico, mas ele está muito desapontado.

-  Vini, me perdoe. Eu ando me dedicando muito a Polícia, você sabe, gosto de conquistar meus objetivos. -  ergo seu rosto fazendo-o olhar pra mim. - Me desculpe. - peço.

Vini suspira.

- Tudo bem. - diz vencido. - Eu te entendo, meu amor. - ele sorri fraco, mas sei que ele está magoado.

Sorrio e começamos a preparar o jantar.

Nicholas

- Nico! - ouço Ana gritar, vindo em minha direção com os braços abertos.

Abraço a pequenina e a ergo nos meus braços.

- Olá, meu anjo. - digo e ela sorri, mostrando as janelinhas dos dentes recém perdidos.

Ana tem 7 anos, é minha irmã. Poucas pessoas sabem da sua existência. Afinal, seria perigoso pra ela. Tenho muitos imimigos, e eles poderiam usá-la contra mim. Só quem sabe é Rosa, a senhora que cuida de Ana e Ph, meu melhor amigo.

Aninha foi tudo oque me restou da família. Antes dos meus pais saírem para aquela maldita viagem, me pediram para ser responsável e cuidar da pequena. Foi a última coisa que me pediram, e é oque farei, nem que seja a última coisa que eu faça.

- Você prometeu me levar pra ver as estrelinhas. - disse e eu me lembro do que prometi hoje mais cedo, enquanto tentava fazê-la comer.

Faço uma careta e ela me olha curiosa.

- Você prometeu. - repete. A garota sabe o meu fraco.

- Promessa é dívida. - afirmo. - Mas é perigoso sair hoje. Vai ter baile, e comunidade toda vai.

- Pede pro Ph ajudar. - diz, ingênua.

Como se Ph pudesse nos ajudar se algum inimigo ficasse sabendo de você. - penso.

- Vou falar com ele, pequena. - digo. - Mas agora vamos comer. - A pego pela mão e a conduzo a cozinha.

Fora da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora