"Capítulo VIII" Dura realidade

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Pela longa distância a ser percorrida, Laura combinou com que, a cada duas horas Laura ligaria informando onde e como estava para Catarina. Saíra às 6 da manhã e às 8 horas ocorreu a primeira ligação:

- Estamos a 50 km da cidade, está tudo bem. Às 10 horas, outra ligação:

- Estamos num posto de gasolina abastecendo e eu comprei aquele queijo que você tanto gosta, Ao meio dia ninguém ligou. Às 12:30 horas, ela recebeu uma ligação:

- Você é irmã da Laura? Sim sou, por quê? Aqui é a Sandra, assistente social do Hospital da cidade de Atibaia, sua irmã e seu motorista sofreram um acidente na estrada:

- Sandra, como eles estão?

- Estão vivos, não correm risco de morrer, estão internados fazendo exames, mas venha logo, pois preciso de autorizam para os exames, pois ela esta desacordada. Pânico total, correria geral, dois carros na estrada para cobrir os quase 50 quilômetros de distância . No caminho passava pela cabeça de todos, os pensamentos e todas as consequências que um acidente de estrada pode causar. " Peço a Deus que os proteja. Mas, o que aconteceu?"

No trecho daquela estrada a polícia explica:

-Na pista simples, uma curva perigosa, um caminhão baú carregado, perdeu o controle na descida, não se sabe se por defeito mecânico ou imperícia de seu condutor ou pela precariedade da péssima estrada toda esburacada, tombou de lado, atravessou a pista e bateu violentamente no Honda , jogando-o numa ribanceira de pedras de 2 metros de profundidade, capotando várias vezes e se imobilizando num riacho, com as quatro rodas para cima. Se desse mais uma capotada teria caído no lago.

- Ela saiu do carro pelo buraco do vidro da porta traseira, arrastando-se nos cacos de vidro e lama, enquanto a água do riacho entrava,(o motorista) saiu pelo outro lado. O caminhão tombado ainda bateu em outro carro. Outros motoristas que viram o acidente pararam seus veículos, mas não podiam descer a ribanceira por se tratar de local de difícil acesso. Alguém chamou a Polícia Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros e este chegou rapidamente. Removidos e levados à beira da pista iam ser embarcados na viatura quando Laura avisou aos socorristas.

Novo choro, de inconformismo. Naquele momento;

-Moço, nós temos muitas coisas no carro, alguém vai tomar conta? E veio a resposta: "Filha, fique tranquila, a Polícia Rodoviária está aí e vai tomar conta de tudo, pois é sua obrigação. No Hospital foram bem atendidos, passaram por exames clínicos e radiológicos. Laura teve um hematoma no crânio, teria que ficar no hospital, o motorista, liberado.

A médica entrou na sala onde está Laura, e começou com diversas perguntas, para ver se a memória estava boa, "sim está boa", ela relembrava tudo, e começava a chorar. Allana fica comovida com o choro daquela mulher, algo a trás para perto dela, e lhe dá um abraço caloroso. A moça sente um amor incondicional por ela.

Catarina entra exatamente nesse momento, e um clima esquisito paira no ar. Laura demonstra afeto por Catarina que deixa Aline desconfiada que se conhecem, ela começa fazer perguntas para Catarina, e Laura ouvindo, começa entender, que é a menina, Allana é a menina. Catarina, tenta enrolar Allana, dizendo que é sua amiga Laura:

-Não somos só amigas! Ela é minha irmã! Allana não entende porque a mulher que a criou esta mentindo pra ela? Uma enfermeira entra no quarto para chamar a atenção das duas, pela discussão. Elas saem do quarto e continua a conversa do lado de fora. Catarina, diz:

- Allana depois nos entendemos; Mas ela não se conforma, e torna pergunta.

- Por quê escondeu sua irmã?

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