Razão de Viver

"Capítulo XXXII" O segredo

Robin, andava pela calçada em frente às lojas, seus pensamentos estava longe, queria decidir em contar o que sabia para os pais e os tios, mas se contasse seu primo o mataria. lembrava de como Hugo era ignorante e agressivo, havia visto ele em briga e não ia querer isso para ele, mas precisava achar uma forma de trazer a luz, a verdade.

Uma jovem se aproximava, ele não percebeu os passos da garota  cada vez mais perto. Os olhares das pessoas se voltaram para ele, e ele pensou: "Por quê estão todos me olhando", é que na verdade não olhavam para ele, e sim para a garota a um passo dele. Ele se moveu e virou para trás e viu Claire, ela estava com sangue na camiseta e muito assustada. Robin ergueu a mão para ela, ia tentar ajudar, mas ela caiu. De imediato um da das pessoas que ali estava ligava para a ambulância e um grupo se aglomerou ao redor do corpo, imediatamente Robin queria sentir se a garota estava viva, e pôs os dedos na jugular(veia do pescoço) da menina, a pulsação estava fraca, mas estava viva. Todos agitados, e uma sirene demonstra que o socorro estava chegando. Os paramédicos examinaram e a colocaram na ambulância.;

-Alguém que ela conheça pode acompanhar?

-Eu a conheço, vou junto. Robin pegou o celular e ligou para sua mãe, que estava na clínica.

-Tia, sou eu o Robin, preciso de você, a Claire está em uma ambulância, estamos indo para o hospital central, avisa o pai dela.

-Robin, fique calmo, eu estou indo, e levo o pai dela. O garoto mais calmo olhava Claire, que dava sinais que queria acordar, mas caia de novo em sono. O paramédico olhou para ele e disse:

-Ela está bem, fique calmo, ela só precisa de observação, e fazer uns curativos, nada mais. No hospital, quando a ambulância se aproximava, um carro estacionava na ala dos médicos, e Caleb saiu correndo em direção ao Ps. Allana tentava acompanhar os passos do homem , mas era impossível, quando ela chegou no PS, ele já estava ao lado da filha, indagando?

-Como ela está? O que aconteceu?

-Calma Dr caleb, ela está bem, mas precisa ficar em observação, e precisamos saber o que houve, para termos segurança de mandar ela para casa. A doutora Allana, foi até ao medico e quis saber da verdade, mas o que ouviu, a deixou mais calma, mas o que estava acontecendo com aqueles garotos? Agora Claire, e sua filha sem memória. Na casa do Senhor César, o Avô de Melissa conversava com o investigador, Pedro, o grande amigo.

-E aí meu amigo, como vão as investigações?

- Olá, tenho novidades e das boas, fui até o México, como havíamos comentado e traçado o plano, o que sei não contei para a polícia ainda, queria primeiro falar com o senhor.

-Fale tudo, não me esconda nada.

-O que tenho para contar é sobre a vida daqueles garotos. Descobri muita coisa sobre eles, e o que tenho para revelar, pode dar um rumo às investigações inédito e sombrio. Melissa, não aguentava mais o hospital, sua avó a visitava todo dia.

-Filha, tenha calma, mais cinco dias e vai poder ir para casa.

-Vó, é horrível viver aqui, queria tanto ir para o Caribe no feriado, será que ate lá vou estar boa?

-Não sei, mas posso ver com sua mãe, uma cadeira de rodas ajudaria, e todos nós descansaríamos disso tudo.

-Desculpe por tudo, não queria causar tantos problemas.

-Filha, não se sinta culpada por nada, a vida é cheia de problemas. Não se lembra nada mesmo, ou está fazendo isso para se proteger, pode confiar em mim.

- Nesse momento prefiro isto, não vai demorar muito, logo todos ficarão bem, confie em mim?

-Está bem. Olhe esta na minha hora, volto amanhã. E assim, saiu, e não percebeu uma sombra atrás do balcão do atendimento do terceiro andar. A sombra olhava Melissa por detrás do vidro, viu que ela se ajeitava para dormir, pensou em entrar, mas a enfermeira entrou antes que pudesse fazê-lo.

- Boa noite Melissa, tome seu remédio e descanse, amanhã começaremos a por você reta na cama, o perigo já passou.

-Que bom, não aguentava mais essa posição. A enfermeira sai e o rapaz correu para o elevador, não queria que ninguém o reconhecesse. Claire acordava aos poucos, seu pai ao seu lado, estava na expectativa de querer descobrir o que houve, ele pediu que colocasse ela sentada e ele o fez.

-Papai estou bem, fique tranquilo.

-Como tranquilo, Robin me contou disse que você tinha sangue na camiseta.

-Eu sei, preciso conversar com vocês, o que tenho para contar não vai se bom, você pai vai ficar decepcionado, e eu vou ter que fazer algo que não queria.

-Fale filha, juro que não vou ficar nervoso, nos conte...

A casa dos 4 meninos, era muito grande, cada um com seu quarto, com suas coisas, e eles também tinham os segredos deles, claro que os irmãos compartilhavam dos segredos dos seus parentes, que eram fechados a sete chaves. O homem que dava ordens para eles, não era bem o que dizia, eles sabem disso. Nelson, sempre dizia:

-Um dia pagaremos ele, enquanto isso vamos começar estragando as vendas na escola, arrumei uma pessoa que vai distribuir fora daqui, então na escola suspenderemos as vendas. O que os garotos não sabiam, é que havia escuta e câmeras escondidas, e o velho moribundo os ouvia...

-Grandes filhos de uma vadia, vão me pagar, pensam que estão brincado de amiguinhos na escola, cuidei de vocês e agora me apunhalam nas costas. Na casa do senhor César...

-Fale Pedro, esta me deixando curioso. Disse o senhor César

-Não fique, porque o que tenho para dizer o deixará sentindo compaixão, mais do que raiva. A história daqueles garotos é de doer a alma, e ainda eles tem um senhor que os escraviza para a venda de drogas.

-Meu Deus santo Homem, me conte tudo.

-Bem, aquele homem que é tutor deles, participou de todas a guerrilhas do México, e depois queria ir para a América fugindo da polícia local. Por muito tempo precisou se esconder, pois eles tem a lei do repatriamento(deporta a pessoa ao país de origem).Como ele achou os garotos na rua, de uma família, uns são primos e outros são irmão. As mães foram brutalmente estupradas e assassinadas a mando dele, quando eles ainda pequenos, circulavam nas ruas, pedindo comida, muitas vezes comendo comida dos restos dos restaurante, do lixo, eles tinham apenas 4 anos. Ele foi algoz e depois deu uma de herói dizendo que os salvaram.

-Pedro, estou vendo que o cara é um canalha, sem precedentes.

-Sim, ele conseguiu vir para o Brasil, pois tinha muito dinheiro, o governo aceita quem vem para abrir negócios, fez documentos falsos e trouxe os garotos . O dinheiro vinha do tráfico de pessoas , ele ganha dinheiro para livrar pessoas que fogem, e também de drogas. Chegou a um ponto que precisava sair, pois a milícia andava atrás dele. Os meninos eram obrigados a vender drogas, senão eram punidos. Mas descobri que não são eles que vendem drogas na escola, é um outro grupo. Os meninos fazem cena que são durões por causa do tio, mas na verdade são vitimas.