"Capitulo XXX" Claire e Simon

94 14 0
                                    


Eram 4:00 horas da madrugada quando Hugo, percebendo que o restaurante fechou e viu quando o último empregado saiu pelas portas dos fundos, sentia fome e pensou que poderia ir ter com o amigo Toby, ele sim era seu amigo, não passaria a noite na rua, decidiu e foi, rumo a casa da família do Dr Caleb.

O dr Caleb, estava na sala, vendo um filme, desde que sua esposa resolveu que iria embora, resolveu voltar para casa todos os dias mais cedo, prometera para si mesmo que mudaria. A esposa ainda estava na casa, mas ele dormia em quarto separado, não insistiria na permanência dela na casa. os dois tinham sido pais negligentes com os filhos, aliás péssimos pais. Lembrou da família de Allana e sentiu uma pontada de inveja, queria que a dele fosse assim perfeita. O que Caleb não sabia é que não existe família perfeita, existe sim, família que os uns apoiam a luta e ajuda todos, são amigos, e companheiros nos problemas, estão sempre juntos, uns defendendo o outro. A importância de fazer o bem. E dentro deste espírito de solidariedade e de compartilhar este sentimento maior, capaz de transformar vidas, renasce a esperança de um mundo melhor.

Toby, ainda estava acordado conversando com a galera na internet, foi quando ouviu um barulho na janela, abriu a cortina e viu nada mais que Hugo no meio do gramado na parte dos fundos da casa. Toby abriu a janela e disse:

-O que faz aqui irmão?

-Deixa eu subir, preciso falar com você.

- Estou descendo, vem pelos fundos, meu pai está na sala.

-E aí o que me conta?

-Cara tô metido em encrenca, depois de ontem como sabe queria que o Edson me ajudasse, ia sumir da minha casa, ele negou, estou na rua desde aquela hora.

-Que situação cara, mas olhe fique aqui, ninguém vai saber que está aqui, meus pais nunca entram no meu quarto, apenas minha irmã, mas se manter a porta fechada ela não tem como entrar.

-Poxa cara, obrigado, fico te devendo essa, tô preocupado com Melissa, você sabe o que houve com ela?

-Como assim, o que houve?

-Ela sofreu um acidente, algum desgraçado, que ainda não sei quem foi, jogou ela do carro em movimento, ela está hospitalizada.

-Sabem quem foi, seus pais?

-Não cara, eu te falei, ninguém sabe, mas com certeza meu avô não vai deixar assim, ele fez parte quando jovem de uma equipe de investigadores , e pode crer que vai descobrir. Hugo, percebeu que o garoto ficou nervoso, mas não deu muita confiança, e arrumaram onde dormir e Hugo estava cansado, o estresse, as caminhadas o jogaram ao sono mais profundo e sonhou...Via-se sentado em uma cadeira num restaurante, e que Melissa entrou com Toby, ele a beijava, e a agrediu do nada. Acordou e ficou olhando o amigo que dormia ao seu lado. Pensou que o sonho fora resultado do cansaço e logo adormeceu novamente. Na casa de Hugo, os planos para achá-lo davam início, Pedro era astuto e muito inteligente, fazia parte de uma equipe de investigação do governo, onde descobriram até aqueles que outros governos escondem como testemunhas de crimes.

-Pode deixar, que acharemos ele, começou logo de amanhã, vou na escola mas não entrarei, quero observar primeiro. Tomaram um café e cada um foi para sua casa. César o avô subia as escadas de sua casa, e não entendia porquê os jovens gostavam de criar problemas, qual era a finalidade disso ?

Claire, andava estudando muito, e não havia tempo para passeios e nem ir nas casas das amigas. Hugo fazia parte do passado dela, sentia alívio de saber que ele nunca mais a procurou. Em casa a situação estava mais calma, seus pais não se falavam, mas o pai estava mais chegado, e ela se sentia mais tranquila. No dia seguinte ela teria prova, então resolveu que estudaria até tarde, pois não queria tirar nota ruim, sonhava ir embora daquela cidade. Na manhã seguinte, desceu as escadas e se deparou com pai dormindo na sala de televisão ligada, ela foi até ele e o acordou.

-Papai, acorde, está uma hora atrasado para o trabalho, o que houve?

-Não houve nada, estava assistindo um filme, acho que adormeci aqui. e caramba perdi minha hora, levantou-se e correu escada acima. Claire gostou daquilo, seu pai se atrasando, algo de bom estava no ar. Foi até a cozinha tomar café , ia saindo quando seu irmão entrou de roupas de dormir.

-Não vai a escola hoje irmãozinho?

-Não é da sua conta, é?

-Toby, quero o seu bem, vai ficar prejudicado com faltas, logo vão chamar pai na escola. E saiu pelos fundos da casa. Pegou o caminho da lagoa, seria mais saudável e foi, olhava para a lagoa de vez em quando avistou Simon que também caminhava na orla da lagoa, alguns passos atrás de si, parou o espero.

-Bom dia, Simon, mora por aqui?

-Não, moro do outro lado, meu pai me deixou antes de ir trabalhar, queria caminhar um pouco, me renovar, adoro andar por aqui. Ela olhou aquele rosto alegre logo de manhã, e comparou com o mau humor do irmão, e se desfez da imagem de imediato com uma pergunta de Simon.

-E você mora aqui perto?

-Sim, no condomínio da rua de trás.

-Então a senhorita mora de fundos ?

-Sim, lá são 10 casas, eu adoro, o sol da tarde me convida sempre para ficar olhando os reflexos na água.

-Deve ser lindo.

-Como privilegiados com paisagens tão belas, adoro a natureza, pena que muitos nem olham o sol quando nasce, nem percebe o quanto é belo. Não deram conta, mas estavam no portão da escola e estava na hora de se despedir.

-Tchau Simon, bons estudos.

-Tchau, até mais. Ele ia caminhando e se voltou e falou.

-Claire, quer ir comigo hoje à tarde no clube, vou velejar.

-Gostaria, mas hoje não vai dar, mas se for outro dia, me convide que vou, tenho prova essa semana . A partir daquele dia, Simon, pediu ao pai para deixá-lo no mesmo lugar que queria encontrar Claire. Mas não aconteceu, pois ela fazia outro caminho com as amigas, Nicole, Melissa, Malia e Rose Mary.

Não desistiria, daria certo um dia. Alessandro na faculdade pensava em Angel, lembrava dela com saudade, às vezes se perdia em devaneios. Se via passeando com ela , a abraçava e beijava, sentia estar apaixonado, pensou no feriado que estava há uma semana, voltava para casa, não via a hora de revê-la.

No hospital Melissa ficaria internada mais uns 15 dias, sua perna precisava ficar para cima, e em casa não teria condições para isso, então a mãe da menina, pediu que o médico transferisse para a sua clínica, seria mais fácil visitá-la e estar de olho nela, então o médico aceitou e deu a transferência. A menina envolta nos pensamentos lembrava da noite em que sofreu o acidente, escondia de todos que não lembrava de nada do acidente, iria decidir o que fazer com essa informação. Na clínica da mãe tudo era mais fácil, conhecia todos, e os amigos e irmão, primos podiam ir visitar ela. O que ela não contava era com aquela visita...

A família de Aline era dessas que acreditava "Seja a mudança que você quer ver no mundo" expressou sabiamente o líder espiritual indiano Mahatma Gandhi. Com outras palavras, refletiu a missionária Madre Teresa de Calcutá: "O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor."

Razão de ViverOnde histórias criam vida. Descubra agora