A queda foi muito feia. Me ralei todo. Mas, por sorte, as luvas de goleiro amorteceram parte da queda. Além delas, percebi que havia caído em um canteiro de flores douradas.
Decidi me levantar, e ver o que tinha naquele enorme buraco, afinal, amava correr riscos!
Botei uma faixa que estava amarrada no meu braço, na cabeça e continuei andando. Ouvi um barulho e o segui. Quando eu cheguei perto, vi uma florzinha com uma cara. Sim! Mano! Eu vi uma flor viva!
- Olá! Que queda, hein? Mas você não se machucou tanto assim. Coragem sua de estar aqui!
- Quem é você, flor mágica?
- Flowey. Sou Flowey a flor.
- Há há há há!! Seu nome é Flowey?? Não tem como ficar mais engraçado!
Flowey então pareceu bravo e fez uma cara medonha. Não fiquei com medo não.
- VOCÊ ACHA QUE PODE SAIR CAÇOANDO DE MIM ASSIM??
- Acho.
- ESPERA! Você não está com medo?! Eu não te assusto??
- Por que eu teria medo de uma flor?
- AH JÁ CHEGA! SABE QUAL É A NORMA NESSE MUNDO??
- Sei lá.
- AQUI... É MATAR OU MORRER!!
Então ele começou a me atacar com pétalas. Sim, uma flor falante me atacando com pétalas. Apenas desviei, fui acertado bastante, mas soquei elas para longe.
- MORRE IDIOTA!!
Ferrou. Meu EXP tava no fim. Eu quase morri! Mas uma cabra gigante tacou fogo na flor. SIM! Uma cabra que joga fogo salvou minha vida!! Ela virou minha ídola!
- Pobre criança. Me desculpe por esta flor. Ela atormenta os humanos que aqui caem. Você se machucou?
- MUITO OBRIGADO- Eu abracei ela- Você salvou minha vida!! Sou eternamente grato! Se precisar de qualquer coisa, eu irei te ajudar! Além de te protejer para sempre!
- Que criança mais generosa! Muita solidariedade de sua parte! Te agradeço, mas não precisa. Afinal, você ainda é uma criança.
- Não! Eu irei te protejer sim. Mesmo sendo uma criança, eu consigo! Meu nome é Cory, aliás. Qual o seu, mamãe cabra?
- Ma... Mãe?
- Sim! Você me salvou, e foi tão bondosa comigo... Merece ser chamada de mãe.
- Que criança abençoada que você é, lindo menino. Pode me chamar então, de mamãe Toriel.
- Tudo bem, Mamãe Toriel, vou protejer a senhora, até achar um jeito de voltar para casa!
- Pois muito bem. Vamos andando?
Ela então me mostrou como as coisas funcionavam nas Ruínas. Devia resolver os quebra cabeças, e ser cuidadoso. Apareceriam monstros no meu caminho, tentando me atacar. Eu queria mata- los, mas mamãe disse que eu devia os poupar. Aos poucos, vivendo com ela, havia me tornado uma pessoa melhor.
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Passaram- se três semanas. Eu estava vivendo bem com a mamãe Toriel, nas ruínas. Ela sempre era muito boa comigo. Eu amava ela!
Eu tinha saído para as ruínas, quando voltei, minha roupa limpa estava em cima da minha cama. Dei um beijinho na bochecha da mamãe e as vesti.
Então caiu do bolso da minha bermuda, uma foto. Era minha e dos meus amigos. Eu lembrei de tudo que nos passamos juntos, e de como eles estariam preocupados comigo, aliás, eram amigos de verdade. Fui falar com Toriel.
- Mãe... Será que poderíamos conversar?
- Claro, querido! O que houve?
- Mãe... Eu te amo, e sempre vou te amar. Sempre tenha certeza disso! Mas... Eu preciso voltar para a minha casa. Eu tenho que voltar para os meus amigos. Eles me adoram muito e eu também. Por favor, não fique triste!
- Minha criança... Sabia que esse dia chegaria...- a expressão dela ficou muito triste, senti pena- sabe por que eu te acolhi aqui, pequeno? Foi para proteje- lo. Se sair daqui, os outros monstros, e Asgore, te capturaram e... Por favor, não vá!
- Mamãe, seja o que for, preciso tentar. Eu vou conseguir, mamãe! Acredite! E eu juro, eu libertarei a senhora deste buraco! Prometo.
- ... Eu não quero isso. Só te protejer.
A mamãe só queria o meu bem. Quis muito ficar, mas não podia esquecer da minha vida de verdade.
- Mãe. Por favor. Tenho que rever meus amigos!
- Tudo bem. Espero que tenha coragem. À saída é seguindo em frente, no porão. Por favor, seja bom, ok?
Depois disso ela me deu um abraço sincero e verdadeiro. Juro que quase chorei. Amava muito ela. Iria sentir saudades.
Depois disso, segui em frente.
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Continua...
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As Sete Almas
FanfictionConheça a história de cada criança que caiu no subsolo. Como viviam, suas aventuras, emoções, suas vidas, ao longo dessa jornada. Será que elas iram ter um final ruim? Acompanhe- as e descubra!