Part III

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À tarde, para alívio de (S/N) , só faltava a escolha das flores do buquê. Logo a morena se viu praticamente imersa em milhões de flores coloridas, de diversos tipos, e com a mãe ao seu lado.

- Diversas opções, não? - Rose disse alegre. - Vamos, filha, escolha a que achar mais bonita. Eu vou dar uma olhada por ali.
Ela se afastou, e (S/N) olhou para os lados, meio perdida entre tantas flores. Eram todas tão lindas... quem dera fossem para o casamento de seus sonhos, e não para aquele casamento forçado.
(S/N) se dirigiu até as rosas, as flores que mais gostava, e ficou observando - as com admiração. Havia algumas tão vermelhas como o sangue, e muito belas. Tinham também as cor-de-rosa, brancas...
- Descobri qual sua flor predileta.
(S/N) se virou rapidamente e arregalou os olhos ao ver Louis , belo e malicioso como sempre, observando - a com interesse naquele terno escuro que o fazia ainda mais sensual.
- O que faz aqui?
- Isso não é maneira de uma noiva receber um noivo. - Ele repreendeu. Se aproximou dela e colou os lábios nos dela sem o menor carinho.
Ela se afastou, emburrada. Ele sorriu de repente, e (S/N) percebeu que o sorriso dele era muito bonito quando não era dado com ironia.
Ele se aproximou mais e apertou de leve o nariz dela.
- Fica tão bonita emburrada.
(S/N) corou.
- Acabei de falar com sua mãe. - Ele disse, se afastando para observar as flores com indiferença. - Pensei que já tivessem escolhido as flores do buquê.
- Não, ainda não. Mas só falta isso. - (S/N) respondeu, pegando uma rosa vermelha na mão.
- Que bom. - Ele a olhou. - Está animada para amanhã?A festa de casamento vai ser uma das maiores que já deram. - (S/N) assentiu, sem dizer nada. - Está animada? - Ele repetiu.
- Você sabe que não. - Ela disse com tom rebelde.
Louis balançou a cabeça de leve, com um sorriso estranho e irônico.
- Seus lábios são da cor dessa rosa. - Ele comentou encantado, pegando a rosa da mão dela e passando-a pelo rosto da moça. - (S/N) ficou olhando - a sem reação, enquanto ele passava a rosa pelo seu nariz, pela testa, pelas bochechas e pela boca. - E sua pele deve ser tão macia quanto essas pétalas. - Ele murmurou em tom rouco, olhando-a bem de perto. - Bem, amanhã saberei. - (S/N) afastou - se, alarmada.
- Não vai tocar em mim, amanhã nem nunca!
- Isso nós veremos. - Ele deu um sorriso malévolo e devolveu a rosa para ela. - Esteja linda amanhã, meu doce.
Louis piscou e saiu, tão de repente quanto tinha entrado. Rose se aproximou com um sorriso.
- Vejo que estão se entendendo melhor.
- Não estamos, não. - (S/N) rebateu com irritação. - Esse homem me amedronta.
- Chega disso. - A mãe suspirou. - Escolheu?
- Serão estas. - (S/N) pegou um punhado de rosas cor de champanhe e brancas, e acabou ferindo o dedo em um espinho. Gemeu e observou a gota de sangue em seu dedo, enquanto Rose pegava as rosas e ia falar com o dono para lhe dizer a escolha.

[...]

No dia do casamento, (S/N) acordou tensa e nervosa. Praticamente não tinha dormido durante a noite.
- Bom dia. - Rose entrou no quarto, sorrindo e segurando uma bandeja com comidas variadas. - Finalmente a noiva despertou!
- Olá, mamãe. - (S/N) sentou na cama e ajeitou as mexas morenas para longe do rosto.
- Como está hoje, filha?Finalmente seu dia chegou! Dá para acreditar que hoje à tarde será uma mulher feita e casada?!
- Não. - (S/N) respondeu evasiva, apanhando a bandeja de seu colo e colocando-a na cama. Estava sem a mínima fome, mas ainda assim pegou uma uva e a comeu. - Uma rosa? - Se surpreendeu, pegando a bela rosa branca que tinha em sua bandeja e a cheirando.
- Claro, hoje é seu dia! - Rose sorriu. - A noiva no dia do casamento merece todos os mimos possíveis. A bandeja na cama e a rosa não são nem o início, seu pai tem várias surpresas para você lá embaixo. Ah!!E seu noivo também já mandou várias coisas, sem ao menos esperar amanhecer.
- Tomlinson ? - (S/N) estranhou. - O que ele mandou?
- As criadas vão trazer. - Rose passou a mão na cabeça de (S/N) . - Vou descer. Venha quando estiver pronta.
Alguns minutos depois, as criadas da Mansão entraram no quarto de (S/N) , trazendo diversos buquês de rosas e mais outros presentes entre jóias,casacos de pele,vestidos,quinquilharias e etc.
A criada mais velha entrou depois, trazendo uma grande e bonita caixa colorida. Era o vestido.
- Deixe-me ver. - (S/N) pediu.
A criada colocou a caixa no colo da morena e saiu; as outras acompanharam.
(S/N) abriu a caixa, com o rosto corado. Seu vestido!
Mas além do belo vestido de noiva, havia mais uma coisa dentro da caixa!
(S/N) , com curiosidade, apanhou a rosa vermelha que estava ali dentro, e abriu o cartão anexo.

"Agora que sei que prefere as rosas, você vai estar sempre cercada delas.
Ansioso para fazê - la finalmente minha hoje...minha (S/N) .
Até mais tarde.

Louis W. Tomlinson. "

(S/N) sentiu a face ardere o coração acelerar de temor, enquanto voltava a guardar a rosa e o vestido na caixa. Depois amassou o cartão, picou-o e jogou no chão.

[...]

Esplêndida e glamourosamente angelical em seu vestido de noiva, (S/N) entrou na Igreja, de braço dado com o pai.
Sentia como se fosse derreter. Nem mesmo a maquiagem perfeita conseguia esconder seu rostinho pálido.
(S/N) sentiu Nolan apertando seu braço, como num aviso rigoroso para que ela não desmaiasse ali e o fizesse passar vergonha.
A morena forçou um sorriso para as centenas de convidados que a observavam, e caminhou lentamente pela passarela vermelha.
Viu Louis parado lá no fina... ele olhava-a como um lobo na frente de sua presa. Havia satisfação, fome, desejo... e maldade nos olhos dele.
Os olhos felinos do homem brilharam como estrelas ao ver (S/N) se aproximar.
Quando Nolan passou (S/N) para Louis , ela fechou os olhos, como numa sentença de morte, e Louis sorriu.
Puxou - a pela mão e os dois ajoelharam no altar em frente ao padre.
Ao final o padre finalmente decretou em voz grave:
- Os declaro marido e mulher... Têm permissão para beijar a noiva.
(S/N) , olhando repentinamente para o lado, viu Louis virar-se para ela com um olhar brilhante. Ele encaixou o rosto na curva do pescoço fino de (S/N) e disse em seu ouvido:
- Agora sim. Você é minha, (S/N). Para sempre.
Quando (S/N) ia se afastar, ele colou a boca na dela famintamente. Estava selado o destino de (S/N) .

[...]

Após horas de festa e comemoração, (S/N) não pôde escapar (por mais que quisesse); ela e Louis tiveram que entrar na limusine, para irem para a nova casa - a Mansão dos Tomlinson.
Rose e Nolan tinham se despedido dos noivos com animação, assim como as outras pessoas. Somente tia Muriel tinha mandado olhares irônicos para (S/N) o tempo inteiro.
- Finalmente... - Louis murmurou, dentro do luxuoso carro, se aproximando de (S/N) e tocando-a no rosto.
O motorista dirigia lá na frente, e havia um vidro fumê que separava a parte do motorista da parte de trás do carro.
(S/N) e Louis estavam sozinhos.
- Você agora é minha. - Louis sussurrou, mais para ele mesmo do que para (S/N) , passando um dedo pelos traços delicados dela.
Ela se afastou e virou para a janela.
- (S/N)...esse nome foi feito para você, não? - Ele comentou. - Você é tão meiga.
(S/N) o olhou com raiva.
- Quer dizer, na maioria das vezes é meiga. - Ele corrigiu, meio divertido.
Chegaram na Mansão, e quando (S/N) desceu do carro ficou surpresa com aquela visão. Parecia uma Mansão medieval, enorme e clássica. Seria belíssima, se não fossem as cores escuras e tristes. Tudo cinza e negro. Não haviam plantas em canto algum, ou pássaros... parecia uma enorme casa mal-assombrada.
Louis a conduziu para dentro, e imediatamente diversos criados apareceram.
- A partir de agora sua casa e seu lar será aqui. - Ele disse à (S/N) . - Você, como minha esposa, será a nova dona desta casa e poderá comandar os criados para o que quiser.
(S/N) não respondeu. Louis se virou para os criados. - Esta é (S/N) Anne , minha esposa. A partir de agora deverão tratá-la com respeito, como se tivessem servindo à mim, e farão o que ela mandar. Se houver algum problema, se verão comigo.
- Sim, senhor.
Os criados sorriram para (S/N) , dando as boas - vindas. (S/N) lhes sorriu de volta docemente. Louis a observou por um momento, mas depois se virou friamente para os empregados.
- Sirvam o jantar em meu quarto, e sejam rápidos. - Ordenou.
Os criados se dispensaram imediatamente.
- Porquê os trata assim? - (S/N) perguntou meio indignada.
- São somente criados. - Ele respondeu com arrogância e impaciência. - Vamos, vai conhecer nosso quarto agora.
(S/N) gelou ao ouvir "nosso quarto". Louis a pegou pelo braço e eles subiram a ampla escadaria.

Amour DemoniàqueOnde histórias criam vida. Descubra agora