Parte XI

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Na manhã seguinte, os raios de sol acordaram (S/N) . Ela abriu os olhos, piscando, e se virou para a janela com surpresa.
A noite anterior acontecera tão de repente, que Louis nem fechara a janela, e pela primeira vez desde que (S/N) morava ali ela acordou com claridade no quarto.
A noite anterior...
Flashes de tudo o que acontecera invadiram a mente ainda sonolenta da morena . Ela corou fortemente.
Olhou para baixo e se viu nua. Um pedaço de lençol cobria somente as partes íntimas de Louis , e uma das mãos grandes dele estava fechada possessivamente sobre um seio de (S/N) .
Quente de embaraço, ela tentou tirar a mão do marido de cima, mas Louis suspirou no sono, virando e agarrando- se mais à (S/N) . Ele dormia atrás da morena , e ela tinha as costas apoiadas no peito largo dele.
Louis desceu a mão do seio dela até a cintura, num abraço de concha, e a outra mão foi até o quadril arredondado, apertando- o de leve. (S/N) prendeu a respiração ao sentir as mãos do marido no corpo, mas quando arriscou um olhar para trás viu que ele tinha voltado a dormir profundamente.
Esticando- se na cama, (S/N) suspirou e sentou- se no colchão. Os cachos pretos e sedosos lhe escorreram para a face, enquanto ela puxava um lençol e se cobria.
Naquela hora Louis abriu os olhos, observando os movimentos da morena .
- Por quê está se cobrindo?- Ele murmurou roucamente por causa do sono.
(S/N) se virou para trás na mesma hora. Era a primeira vez que acordava com Louis , em todo aquele tempo de casados. Sempre que a morena acordava, o marido já tinha levantado e deixado o quarto.
Deus, como ele era bonito quando acordava!E parecia tão... humano. A expressão de sono deixava o homem mais vulnerável, sua expressão era muito diferente das que Louis tinha quando estava desperto. Pela primeira vez na vida (S/N) achou que Tomlinson não parecia tão frio e calculista.
- Estou com vergonha. - (S/N) respondeu, observando os movimentos do homem. Ele bocejou, virando- se de barriga para cima e deixando o lençol que o cobria escorregar. Deus, ele estava sensualmente magnífico naquele momento!
Vendo- o nu, todo musculoso e belo, (S/N) ficou vermelha e virou a cara. Louis riu de leve.
- Não há porque ter vergonha. - Ele disse. - Muito menos agora, depois que eu já gravei cada canto de seu corpo na minha mente. Depois que eu a toquei... a fiz se contorcer de prazer em meus braços...
- Pare com isso. - Ela franziu o cenho, o rosto escarlate.
Ele riu novamente.
- Mas você gostou de ontem tanto quanto eu, não?- Ironizou.
- Não sei o que você sentiu, mas... eu gostei. - Ela admitiu, meio surpresa por ter conseguido dizer aquilo. - Senti coisas que... nunca imaginei que pudesse sentir, ainda mais com você. - Ela murmurou, sem encará- lo.
Louis suspirou, colocando os dois braços atrás da cabeça.
- Seu ódio por mim, e sua teimosia, nos faz perder muito tempo, (S/N) . Eu poderia ter te dado o maior dos prazeres desde o primeiro dia de casados.
Ela fitou o lençol.
- Bem, e o que você sentiu ontem?
Ele ficou observando- a por cerca de um minuto, e (S/N) achou que ele não tinha ouvido a pergunta.
- Foi a melhor noite que eu já tive. - Ele respondeu. Em seguida levantou- se da cama e começou a se vestir, sem vergonha de mostrar o corpo para (S/N) .
- Vai sair?- Ela arriscou, escorando- se na cama e se encolhendo sob o lençol. Nunca pensou que pudesse sentir aquilo, mas incrivelmente queria que Louis ficasse com ela naquele momento. Não queria ficar sozinha após a noite anterior, queria- o ao seu lado.
- Tenho coisas mais importantes para fazer. Esperava que eu ficasse aqui?- Ele perguntou com a ironia gelada de sempre, terminando de abotoar a camisa.
(S/N) sentiu o estômago dar uma volta. Ali estava o mesmo Tomlinson de sempre...
- Não. - Ela respondeu, segurando algumas lágrimas.
- Ótimo. Vou resolver algumas coisas importantes, estarei de volta no almoço. - Ele disse, frívolo, acenando com a cabeça e saindo do quarto.

[...]

Vestida em um longo vestido azul escuro, (S/N) suspirou e desceu para o almoço.
Sentou- se na longa mesa, repleta de iguarias, e um criado começou a servi- la. A morena tinha os olhos fixos num ponto qualquer, quando Louis entrou e sentou- se no outro extremo da mesa, arrogante e sem cumprimentar ninguém como sempre.
(S/N) o olhou, e viu o marido erguer o guardanapo para colocar nas pernas. Ele parecia mau- humorado, mas como aquilo era comum (S/N) não se preocupou em questionar.
- Hum... Tomlinson ?- A morena murmurou, após comer em silêncio por alguns minutos.
Os criados já tinham se retirado. Louis ergueu a cabeça.
- Eu estive pensando... - (S/N) retorceu as mãos no colo. - Eu sei que você não gosta de flores, árvores, ou nada destas coisas perto da Mansão. Mas lá fora é muito vazio e triste... eu gostaria muito de contratar um jardineiro para me ajudar com um jardim lá fora, já que você despediu o jardineiro que havia aqui na casa.
- Um jardim?- Louis repetiu, de olhos apertados.
- Sim. - (S/N) o olhou esperançosa. - Por favor, Tomlinson , esta Mansão é muito sem vida. Um jardim lá fora vai deixar tudo mais alegre.
- Não.
- Ora, por favor!Só o que há lá fora é ramos secos, terra e folhas ressecadas!E a Mansão em si é tão escura e sem vida que parece mal- assombrada!Eu não sei porque você gosta de viver assim, Tomlinson . Eu não gosto!Gosto de vida, flores, árvores, animais... por favor, um simples jardim não vai alterar sua vida. Deixe- me fazê- lo... - Pediu.
Louis a observou por cima da beirada do copo que segurava.
- Sabe muito bem que eu odeio tudo isso que está me propondo. - Ele murmurou. - Mas... - Ele observou a expressão esperançosa e suplicante de (S/N) . - Tudo bem, desde que faça tudo lá fora. Não quero nada disso aqui dentro.
- Está bem, só do lado de fora. - Ela sorriu, animada. - Obrigada.
Ele voltou a comer.
- Peça a Adelaide para ajudá- la com os candidatos à jardineiro. - Resmungou.
- Pode ser para hoje?- A morena perguntou.
Louis deu de ombros.
- Obrigada. Os jardins vão ficar incríveis!- Ela disse com animação. - Vai ver, vou plantar algumas árvores e...
Louis levantou- se da mesa.
- Faça o que quiser, (S/N) , mas se quiser ficar conversando com alguém sobre isso não será comigo. Pouco me importa esse maldito jardim.
Ele saiu, de cara fechada. (S/N) suspirou. Depois empurrou o prato, levantou- se e foi correndo atrás de Adelaide para contar seus planos.

Amour DemoniàqueOnde histórias criam vida. Descubra agora