Parte XV

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Louis bateu na porta e entrou. Encontrou (S/N) na cama, sentada com as pernas dobradas na frente do peito e o olhar fixo na parede. Parecia desanimada... pequena e frágil. Ele se aproximou da cama e sentou- se ao lado dela. Observou- a, e logo ergueu o queixo pequeno de (S/N) , para que ela o encarasse. - Está melhor? - Perguntou suavemente. A morena tirou uma mexa negra do rosto e assentiu. - Tem certeza?
- Sim. - Ela sorriu brevemente. - Aonde foi? - Louis tirou a mão do rosto da moça e soltou um longo suspiro.
- Apenas resolver algo que estava incomodando à nós todos. Agora acho que pela primeira vez tudo vai ficar melhor. - (S/N) não entendeu do que ele falava, mas aquilo lhe passou certa confiança. Por isso sorriu docemente para o marido. Ele devolveu o sorriso. Um sorriso muito leve e momentâneo, mas verdadeiro. O primeiro sorriso verdadeiro que (S/N) o via dar. - Vamos descer? - Ele se ergueu da cama e estendeu- lhe a mão. (S/N) olhou para a mão dele. Então assentiu e se levantou também, colocando a mão pequenina sobre a dele. Louis a conduziu para fora do quarto, ambos de mãos dadas.

[... ]

- (S/Apelido) , me desculpe, mas eu não te entendo. - Celine disse. - Há algumas semanas atrás você abominava seu marido. O odiava. Até tentou fugir dele! E agora você me diz que tudo mudou?
- Celine ... - A morena sorriu. - Louis está diferente. Antes eu só o conhecia como todos o conhecem, de forma superficial e enganosa. Eu sempre o tomei por um homem que na verdade ele não é. Eu nunca busquei saber o por quê dele ser do jeito que é... só quando descobri a verdade é que o compreendi. E te digo que por baixo de toda a frieza, ferocidade e crueldade. . há um bom homem, porém com a alma machucada. - Celine soltou o ar, erguendo as sobrancelhas.
- Bom, se você diz... é porquê deve ser. Afinal você desvendou o passado dele, e ninguém melhor para conhecê- lo do que a esposa. Mas eu ainda acho quase impossível de acreditar que Louis Tomlinson , o homem mais temido e maldoso da cidade, é na verdade um homem generoso. - (S/N) sorriu e tomou seu último gole de chá.
- Eu sei que parece difícil acreditar. Eu no seu lugar tampouco acreditaria... mas agora que conheço o verdadeiro Louis , posso lhe dizer que é exatamente assim. Bem, mas está na minha hora, Cel, Preciso ir pois hoje o jantar será mais cedo.
- Está bem. - a loira sorriu.
- Não precisa me acompanhar até a porta. - (S/N) murmurou gentilmente.
As duas se despediram, e Celine pediu que um criado acompanhasse (S/N) . A morena estava quase na porta, quando Alan apareceu, inclinado na parede e com um sorriso malicioso.
- Ora ora... não sabia que estava nos fazendo uma visita.
- Vim visitar Celine , não você. - (S/N) respondeu.
Ele riu e se aproximou dela.
- Pode ir. - Ele fez um abano para o criado.
(S/N) assentiu e o criado saiu. Depois a morena virou- se para Alan de queixo empinado.
- Por que tanta grosseria, docinho? - Ele perguntou com um olhar irônico.
- Sem sarcasmo, por favor. Agora se me permite... - (S/N) se adiantou para a porta, mas Alan a deteve.
- Por que a pressa? Como anda o casamento com Tommo ?
(S/N) apertou os olhos e se afastou dele.
- Cada dia melhor, obrigada.
- Ora. . - Ele sorriu. - Não me diga que a princesa por fim se rendeu ao monstro?
- Não vou permitir que fale assim do meu marido. Louis não é um monstro. . é muito melhor do que você foi por todos estes anos, tenho certeza. - (S/N) replicou, indignada. Alan gargalhou com surpresa.
- Veja como o defende! Pelo que vejo se apaixonou por ele...
- Não apenas me apaixonei. . eu o amo. - (S/N) respondeu.
- Mas... - Ele pareceu confuso. - Como uma moça tão jovem e bonita pode amar uma criatura tão frívola e isolada?
- Não acho que o senhor entenderia. - (S/N) sorriu. - Creio que amar não consta em seu vocabulário. Eu o amo sim. Amo o verdadeiro Louis ... pelo que é realmente. E não o Louis que todos vêem.
- E como seria o verdadeiro Louis ? - Alan zombou. - Não se engane, moça. Eu o conheço há anos. Tommo não tem sentimentos, apenas ódio e maldade por dentro.
- Louis passou por coisas na vida que você e os outros sequer sonham. Ele não é mau. É apenas um homem ferido. No fundo é generoso e possui sim sentimentos... - (S/N) o olhou de cima a baixo. - Ao contrário de muitos homens que conheço. - Alan ergueu a sobrancelha com zombaria.
- Deus meu... realmente fico surpreso. Como pode uma beleza como você querer ficar presa à uma vida limitada ao lado de um homem como Tomlinson ? - Ele se aproximou. - Quando ao invés disto poderia aproveitar a vida de outras formas... - Ele a pegou pela cintura.
- A melhor forma para mim, é ao lado dele. - (S/N) frisou as palavras, soltando- se. - Agora preciso ir, não posso mais perder tempo. - (S/N) caminhou até a porta. Depois se virou para trás mais uma vez. - Tenho pena de Celine . - Deu de ombros e saiu, deixando Alan chocado e irritado.

Amour DemoniàqueOnde histórias criam vida. Descubra agora