Parte XII

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- E o que fez de bom por lá, Erondine? - A morena perguntou.
- Ah, vocês sabem. - Ela abanou a mão. - Aproveitei bastante a cidade. Comprei roupas e perfumes fantásticos, aperfeiçoei meu francês...
- Deve ter sido muito bom. - (S/N) comentou.
- Você não tem idéia de como foi agradável. Você nunca saiu da Inglaterra, não é prima? - Erondine a olhou com leve zombaria.
- (S/N) já foi para a Espanha. - Louis respondeu antes que a esposa abrisse a boca. - Não é, querida? - A olhou com cinismo, e (S/N) arregalou os olhos.
- Espanha? - Erondine a olhou por cima do nariz. - Eu não sabia. Foram juntos?
(S/N) olhou rapidamente para Louis , como que pedindo que ele não contasse da fuga. Se Erondine, ou os pais, soubessem do que já acontecera (S/N) ia se meter numa encrenca gigantesca.
- Sim, fomos juntos. - Louis respondeu depois de um tempo, dando um sorriso irônico.
(S/N) suspirou, aliviada
- Se importam se eu for ao toelete? - Louis perguntou.
Erondine sorriu, abanando a cabeça. Ele levantou- se do sofá, fez um breve aceno de 'Volto logo' para os pais de (S/N) e saiu da sala.
- Mas então, queridinha, fisgou um partidão hein? - A mulher morena e bronzeada disse para (S/N) com um ar venenoso.
- Não tive escolha. Você sabe que este casamento estava previsto há anos, Erondine. - (S/N) respondeu com leve amargura.
- Sim, claro. Mas afinal de contas você saiu ganhando com este casamento. Está casada com um homem incrivelmente charmoso, belo e milionário. Tudo o que uma mulher precisa na vida.
- Eu não penso assim. - (S/N) franziu o cenho.
- Você sempre foi muito tolinha... Sempre tão romântica e sonhadora. - Erondine girou os olhos. - Mas lhe digo uma coisa, (S/N) ... aproveite o que têm nas mãos. Ou alguém mais interessado pode roubar o produto de você. - Ela sorriu para si mesma, com satisfação.
(S/N) apertou os olhos.
- E esse alguém mais interessado seria você?
Erondine abriu a boca em sinal de indignação.
- Eu? Que coisa horrível de se dizer, (S/N) . Sou sua prima, e além do mais eu não faria algo tão baixo.
- Eu não duvidaria. Pensa por acaso que eu não vi seus olhares para meu Anne do durante toda a noite? O que pretende, Erondine? - (S/N) baixou o tom de voz, ao ver que tia Muriel as observava de longe, ao lado de Nolan e Rose .
- Confesso que seu Anne do me chamou atenção. - Ela sorriu. - Quando eu soube de seu casamento mal imaginei que você casara com um dos homens mais cobiçados, importantes e ricos dos arredores. E ele é tão diferente de você, prima... creio que o destino cometeu um grave engano ao ter colocado você como prometida de um homem como este.
- Começamos de novo. - (S/N) balançou a cabeça. - Nunca vai se cansar de me insultar, não Erondine?
- Não são insultos, querida, apenas minha opinião. - Ela ergueu a sobrancelha de modo frio. - E claro que todos devem ter notado que você não é a esposa ideal para Tomlinson .
- E quem seria a esposa ideal?
- Alguém como eu por exemplo. - A morena sorriu. - Gostei muito de seu Anne do, eles tem as qualidades que eu venero num homem. E além do quê eu tenho a classe e a sofisticação que você nunca terá, (S/N) .
- Vejo que você não mudou nada. - (S/N) comentou suspirando. - Sempre joga seus venenos quando estamos sozinhas, ou longe de meus pais. E também sempre cobiçou tudo o que era meu. Vejo que continua assim até hoje.
Erondine soltou uma leve risadinha e se levantou.
- Com licença, prima.
(S/N) a observou de cenho franzido, e logo suspirou. Pegou seu copo de suco que ainda não terminara e sorveu os últimos goles para molhar a garganta.
Ia se levantar para se juntar aos pais, para não ficar sozinha, quando lembrou que Louis ainda estava lá fora. E Erondine também.
Movida por um impulso, e um sexto sentido, (S/N) saiu da sala sem ser notada.
Passou pela escada e foi na direção do corredor perto do escritório. Quando chegou lá e ergueu os, seu estômago deu um salto.
Erondine estava nos braços de Louis , enquanto ele a segurava, e os rostos estavam bem perto. (S/N) quase tropeçou no vestido.
Os dois escutaram o barulho e olharam na direção de (S/N) . Louis ficou sério, e Erondine deu um leve sorriso divertido.
- (S/N) ...
Ela nem quis ouvir o que Louis ia dizer, apenas deu um sorrisinho frio para os dois e saiu.
- (S/N) Anne Tomlinson ! - Louis foi atrás dela e a pegou pelo braço.
A morena se virou para encará- lo, sem expressão nenhuma, ainda com aquele leve sorriso estranho.
- Podemos ir embora? - Ela perguntou.
Louis soltou o ar e depois acentiu, frio. Foram se despedir dos pais de (S/N) , de Muriel e logo Erondine voltou.
- Que pena que já vão! - Sorriu e levantou a mão para que Louis beijasse. - Espero ver vocês em breve.
- Idem. - Louis disse com educação, mas os olhos fixos em (S/N) .
(S/N) teve vontade de dizer que não queria voltar a ver a prima por uns dez anos, mas mordeu a língua.
Quando voltaram à Mansão Tomlinson , (S/N) entrou na frente e foi direto para o quarto, ignorando os chamados de Louis .
Ela estava despindo o vestido quando ele entrou, quase arrombando a porta.
- Nunca me deixe falando sozinho, ouviu bem, (S/N) Anne ? - Ele se aproximou e a sacudiu. - Que inferno!
- Solte- me e deixe- me em paz! - Ela gritou, saindo de perto dele.
- Por quê está com toda essa raiva? - Ele perguntou alto, se controlando.
- Não lhe importa. Pode sair para que eu me troque? - Ela pediu friamente, em voz alta também.
- Não fale assim comigo! E não vou sair, tampouco, este quarto é meu.
- Ótimo! Fique aqui! - Com um impulso de raiva, (S/N) desceu o vestido de uma só vez e também as roupas de baixo. Ficou nua, encarando- o com chispas no olhar.
Louis perdeu a linha da fala por um momento, e observou (S/N) de cima a baixo. Ela devolveu com um olhar de desafio.
- Posso... saber agora por quê está desse jeito? - Ele perguntou, subindo o olhar para os olhos dela com certa dificuldade. - Diga o que a deixou tão irritada.
- Você por acaso acha pouco o que fazia, ou o que pretendia fazer com minha prima na casa dos meus pais? ! - (S/N) despejou, aproximando- se com irritação.
Uma mecha morena e lisa caiu- lhe na face e ela tirou do caminho com impaciência. Louis observou o movimento com certo fascínio.
- Você entendeu tudo errado. - Ele disse calmamente.
- Bom, o que eu entendo é que vi Erondine em seus braços e os dois com as bocas à milímetros! Que maneira íntima de se conversar com alguém, não? Mas se quer saber não é realmente isso que me molesta. O que me molesta é que para ti eu sou como uma propriedade, acho que me mataria se me aproximasse de outro!
- Pode ter certeza de que eu mataria. - Ele respondeu, calma, se aproximando.
- Ah, mas você sim pode ter um caso com outras? - Ela o olhou com incredulidade. Estava tão nervosa que nem se lembrava que estava completamente nua, exibindo suas curvas formidáveis para Louis . - Por quê então insistiu tanto para casar- se comigo? Poderia ter me deixado livre!
- Não, não poderia! - Ele a segurou pelos ombros. - Você é minha, sempre foi, e sempre será! Me casei contigo porquê a quero. E não se engane, você sabe em perfeito que só desejo a ti!
- Então porque estava com Erondine...
- Sua prima foi atrás de mim para dar indiretas, de fato. - Ele assumiu. - Deu em cima de mim, e suponho que queria me roubar um beijo no momento em que você chegou.
(S/N) se afastou dele, acuada.
- Não acredito.
Louis puxou- a pela mão com brutalidade.
- Acredite... eu não me interesso por sua prima. A única que me desperta desejo com loucura é você. - Ele passou os olhos famintamente pelo corpo nu e delicado de (S/N) . Começou a passar as mãos, de forma ansiosa e violenta, nas curvas dela e a morena gemeu involuntariamente.
- Pare com isso.
- Não. - Ele apertou os seios dela. - Quando você fica irritada, ou quando me desafia, me excita. Tudo em você me excita. Você não deveria ter tirado a roupa na frente de um marido possessivo e faminto.
(S/N) o observava com os grandes olhos de boneca arregalados. Agora que a raiva passara, ela se dava conta de que estava sem roupa nos braços de Louis . E que o olhar dele estava nublado.
Ele se debruçou contra ela e a beijou furiosamente, esmagando os pequenos e rosados lábios de (S/N) .
Ela de um passo para trás, mas Louis a apertou e a prendeu nos braços fortes.
As mãos grandes apertavam os seios, as coxas, os quadris, de forma possessiva.
- Ai... - (S/N) se retesou de prazer quando a mão do marido entrou entre suas coxas e lhe acariciou o sexo.
Louis levou (S/N) até a parede e a prensou. A fricção das roupas e do terno dele contra a pele nua e suave de (S/N) e faziam arrepiar.
- Você se irritou tanto hoje por ciúmes, não foi? - Ele murmurou contra sua boca, com um leve e frio sorriso.
Ela abriu os olhos, a respiração arfante.
- Do que está falando?
- Você sentiu ciúme de mim, do contrário não teria agido como agiu. - Ele sussurrou, apertando um mamilo rosado de (S/N) e em seguida apertando todo o seio de forma brusca até machucar.
- Está machucando. . - Ela gemeu, contorcendo as costas na parede e colocando a mão pequena em cima da mão de Louis , que estava em seu seio.
- Assuma! - Ele mandou, olhando- a com a boca colada à dela.
(S/N) se irritou.
- Eu não poderia sentir ciúmes de uma pessoa que eu abomino!
Louis se afastou e a encarou. A expressão, que antes estava afogueada e nublada, tornou- se dura como uma pedra.
Sem dizer nada, ele largou (S/N) de forma bruta e saiu do quarto batendo a porta com força.
A morena , ainda com a respiração entrecortada, sentiu o queixo tremer. Sentou- se na cama, trêmula, observando as marcas vermelhas que Louis acabara de deixar em seu corpo naquele momento de desejo que haviam compartilhado.

Amour DemoniàqueOnde histórias criam vida. Descubra agora