Quando abriu os olhos e sua cabeça latejou. Se viu numa escuridão. Tentou gritar, mas sua garganta doía. (S/N) se ergueu com certo esforço e ficou de pé, olhando ao redor em busca de uma saída.
- A bela adormecida despertou enfim? - Ela ouviu uma voz logo atrás de si e pulou de susto, se afastando para longe com medo. Alan riu e se aproximou. A leve luz que saía da porta entreaberta lhe iluminou o rosto, e (S/N) achou que ele parecia um louco naquele momento.
- Onde estamos? - Ela perguntou baixo, com a voz rouca. - Para onde me trouxe, Alan?
- Calma, boneca.
- Como quer que eu me acalme? - Ela gritou. - Onde estamos? !
- Estamos num lugar muito deserto, onde ninguém faz idéia de onde seja. - Ele respondeu, calmo. - Por isso pode gritar, espernear, fazer o que quiser, minha bela. Aqui só estamos você eu. - (S/N) começou a ficar seriamente desesperada. Suspirou, e tentou agir racionalmente.
- O que pretende com isso tudo? Por quê está fazendo isto? - Ele sorriu.
- Vou te explicar porquê. - O homem começou a andar lentamente ao redor de (S/N) . - Acho que você sabe que eu sempre trabalhei para Tomlinson .
A morena piscou, soltando o ar.
- Na verdade eu só sabia que vocês eram sócios nos negócios, ou algo assim.
- Pois não é só isso. Na minha vida inteira eu tive que sofrer para fazer tudo o que seu marido mandava. Ele era como o rei e eu seu súdito. - Alan deu de ombros. - Tomlinson sempre foi o mais rico e poderoso, e eu no início não passava de um morto de fome. Quando ele me contratou, eu comecei a mudar de vida, e foi aí que me casei com Celine . Porém para conseguir tudo o que tenho, tive que sofrer. Sofrer nas mãos de Louis . Tudo o que ele mandava eu fazia, sem poder reclamar. . e tinha que fazer as coisas perfeitamente, ou ele me colocava
na rua novamente. Com o passar dos anos, me tornei um quase sócio de Tommo . Começamos a trabalhar nos negócios dele juntos, mas claro que ele sendo o superior. Sempre mandando, e eu cumprindo. - (S/N) soltou o ar. Não sabia nada daquilo, mas tampouco estava entendendo aonde Alan queria chegar.
- Ok, mas ainda não entendi seu ponto.
- Tomlinson vai me deixar na rua! - Ele disse de repente, com amargura. - Esse é o ponto daqui. - Depois de tantos anos de serventia e lealdade, ele resolveu que não precisa mais de mim. Me descartou. E agora vou perder tudo, querida (S/N) ... eu e Celine vamos ficar na rua, e tudo por causa do maldito egoísmo de seu marido! - (S/N) o olhou, sem saber o que dizer. - Eu sempre soube perfeitamente como Louis era maldoso, não confiável, e vil. - Alan disse. - Mas nunca imaginei que ele pudesse fazer algo assim COMIGO! Que estou ao seu lado por anos, como um criado fiel! - Ele despejou, venenoso. - Ele não passa de uma pessoa má e sem coração, incapaz de ter pena ou de sentir generosidade.
- Não! - (S/N) disse, abalada. Não era possível... Será que Louis não havia mudado como ela pensara, e que continuava sendo aquele homem frio que conhecera? Como ele seria capaz de colocar Celine na rua?
- Sim! - Alan replicou com fúria, pegando (S/N) pelos cabelos de repente. - Tomlinson ao final das contas continua o mesmo, não é verdade? - (S/N) sentiu as lágrimas lhe pinicarem os olhos. Alan sorriu e jogou- a para frente, fazendo a morena cair ajoelhada no chão. Ela se encolheu, com o olhar perdido. Alan se aproveitou da fragilidade da moça para se aproximar.
- Ora, não chore... - Ele disse, observando a primeira lágrima dela escorrer pelo rosto. - A decepção dói, não é? Ainda mais quando se trata de alguém que amamos. - (S/N) prendeu um soluço, virando o rosto. - Será que você continua amando Tomlinson , mesmo depois de descobrir que ele nunca mudará? - Alan sussurrou em seu ouvido. - As palavras que me disse há alguns dias, minha doce (S/N) Anne , continuam valendo? Como foi mesmo. . ? Ah sim! "Eu o amo... ele é diferente do que os outros pensam, e está mudando! " - A morena fechou os olhos com força. - Agora vê que ele não mudou nada. - Ele continuou. - Que tipo de homem generoso faz o que ele pretende fazer? Jogar nas ruas um amigo fiel, que o conhece há anos... e colocar sua amiga na rua sem dó, nem piedade. Encare, (S/N) , ele nunca
mudará. Nem mesmo você consegue mudá- lo. Ele é um animal em corpo de homem, não
tem coração. Não sente piedade... carinho... nem amor. - (S/N) se levantou com esforço, limpando o rosto.
- Pode ser verdade. - Ela murmurou, tentando ser fria. - Mas o que Louis sente, ou não, não me importa agora. O que me importa é o motivo de eu estar aqui. Me diga, Alan, o que quer afinal comigo?
- Com você nada. Eu quero algo, mas com Louis . E usarei você para chegar à ele. - (S/N) estava pálida, por isso se encostou na parede.
- Não entendo...
- Mandei um bilhete ao seu marido. - Alan suspirou, relaxado. - Se ele não mudar de idéia quanto à me mandar para a rua, eu a mato.
A morena arregalou os olhos, tremendo.
- Mas não se preocupe, coisa linda. . - Ele se aproximou e acariciou- a no rosto. - Só terei que matá- la se ele não aceitar minha proposta. Se ele aceitar, você está livre.
- E... c- como vai saber se ele aceitou?
- Eu deixei um endereço perto daqui, para que ele deixe a resposta escrita num papel, e com a assinatura dele garantindo que cumprirá sua palavra de me devolver o trabalho. Se até a meia- noite não houver uma resposta, ou se ele mandar alguém atrás de você, eu terei que matá- la. - Se aproximou de (S/N) . - Por isso, torça para que seu marido faça as coisas certas, benzinho.
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Amour Demoniàque
Fiksi PenggemarLouis é um homem brutalmente sexy, arrebatadoramente bonito...e demoniacamente cruel. Uma bela e meiga moça, é sua prometida; mas desconhece sua sina. Conhece o futuro marido somente na cerimônia de noivado e, apavorada com a idéia de ter que casar...