PARADOXO DO TEMPO

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1. Norman

Eu havia voltado para casa, Jenna precisava de um novo equipamento de som para a festa que ela estava planejando para o fim de semana. Na minha opinião, aquela festa iria bombar.

Enquanto eu juntava o meu próprio home theater, meu Galaxy S5 começou a tocar. Estranhei. Quem me ligava era Jenna.

- oi linda. - atendi.

- Norman, onde você está?

- em casa, pegando o home theater. Por quê?

- seu filho da mãe! Foge e me deixa aqui, seu filho de uma... - essa foi a minha resposta.

- opa! Calma Jenna. O que aconteceu? - perguntei.

- não se faz de desentendido! Volta aqui agora!

- voltar? Voltar pra onde?

- pra mansão dos Van Pines, cabeça de vento!

- o.k., estou a caminho.

Desliguei o telefone, e larguei o home theater pra lá. Peguei o carro e fui até a mansão dos Van Pines, tataravôs já mortos há anos de Jenna. Queria muito saber por que ela estava tão brava, e por que queria me encontrar lá. Talvez queria dar uns amassos sem ser na frente da galera que estava ajudando na preparação da festa. Garota complicada.

2. Jenna

- estou ficando preocupada com o Norman, Alisson. - eu reclamava.

Eu e meus amigos estávamos na minha casa, preparando tudo para a festa do fim de semana. Eu havia pedido á Norman, meu namorado, que pegasse o equipamento de som dele para nós usarmos. Ele havia ido fazia algum tempo e não voltara ainda.

- ah, qualé, Jenna, é o Norman. Ele sabe se virar. - retrucou Alisson.

Alisson era irmã mais nova de Norman.

- mas ele está demorando tanto. - eu insisti. - e é sexta-feira 13, Al.

- você e suas superstições. - riu Alisson. - a nossa casa dá pra ir a pé. Vai lá ver se ele tá bem, vai, Jenn.

- talvez seja uma boa ideia... - eu disse, afinal. Peguei minha bolsa e fui subindo á rua, na direção da casa de Norman, que ficava um pouco mais longe da mansão dos meus tataravôs, os Van Pines, onde minha família prefere não morar mais.

3. Norman

Parei o carro em frente ao portão de ferro retorcido da mansão Van Pines. Desci do carro e fiquei esperando pro um bom tempo, mas nada de Jenna.

- aaaaaah! - gritei para o nada. - ela marca e ela não vem! Deus, eu vou embora.

Enquanto eu abria a porta do carro, ouvi um berro esganiçado da voz de Jenna, vindo da varanda da mansão. Me virei para olhar. Era mesmo ela.

- Norman! Por favor, volta aqui! Me ajuda! - ela gritava.

- Jenna? - eu gritei de volta. - como foi que você...

- ele está voltando! - essa foi o grito que recebi como resposta. No mesmo instante que gritou isso, Jenna voltou para dentro.

Meu deus, que noite confusa, pensei.

Enquanto me preparava para escalar o portão da mansão, a voz de Jenna falou ás minhas costas:

- hey, só tem velharia aí, não vai achar nenhum equipamento de som.

Virei para trás, amedrontado. Jenna estava bem á minha frente. E era mesmo a Jenn. O vestido preto de bolinhas cinza tomara-que-caia, scarpins pretos, a trança jogada para o lado, olhos cinzentos... como ela fez isso?

NÃO DURMA... (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora