zayn

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Ele sabia que era apenas uma questão de tempo. Na verdade, foi uma surpresa que tenha demorado tanto para acontecer, realmente. Mas levou tanto tempo, anos na verdade, e nunca acontecera antes. Talvez ele apenas pensara que fosse sortudo. Ou talvez era porque o único tempo que ele passara no centro era na casa de Louis, e fora isso ele evitava a área na maioria das vezes, enquanto eles tendiam a ficar em casa.

De todo modo, ele não estava preparado. Eles saíram de lugar nenhum, e era como ser atingido por um trem desgovernado. Rápido mas definitivamente indolor.

Ele estava fazendo compras. Normalmente, ele iria a um lugar mais próximo de seu apartamento, por conveniência. Ele estava voltando do Steve embora, e ele não estava com pressa de chegar em casa para variar, então ele decidiu para nesse lugar no centro. Ele não precisava de muito, apenas pão, talvez algumas coisas para sanduíches, ou jantar que possa ser feito no micro-ondas.

Ele estava no setor de comidas congeladas quando ele ouvia a voz dela. Ele não falara com ela à um ano, talvez mais. A última vez que ele falara, ela gritara com ele. Ele estava chorando também, não que ele admitiria para outra pessoa.

"Essa não," ela respondeu, e Zayn congelou, mão na metade do caminho do freezer, alcançando uma caixa de comida que já não parecia ser tão apetitosa. "A caixa azul."

Ele não queria virar. Ele não queria os ver e não queria que eles o vissem. Era como se ele não tivesse mais o controle de seu corpo, embora, e ele virou de todo modo.

Ele viu suas irmãs mais novas primeiro. Ambas pareciam mais velhas que da última vez que ele as viram, mas aquilo não era surpreendente, pois a ultima vez em que ele as vira fora à quatro anos antes, quando seus pais o expulsaram. Ele vira os pais desde então, mas eles proibiram que ele falasse com suas irmãs.

No segundo em que elas a viram, uma delas puxou a blusa de sua mãe, e ela olhou para baixo com o cenho franzido. "O que você--," e então ela olhou para cima e encontrou os olhos de Zayn.

A caixa que sua mãe estava segurando caiu de suas mãos, atingindo o chão e o som parecendo impossivelmente alto. Ele sabia que outras pessoas estavam em volta, ele sabia que havia outros sons, ainda assim naquele momento era só eles e o único som era daquela caixa estúpida atingindo o chão.

"Esperem no carro," sua mãe disse, colocando suas irmãs atrás dela mesma.

Zayn resistiu à necessidade de zombar. Ou talvez ele não tivesse que resistir, pois ele logo começou a se mover. "Não se incomode," Zayn disse à elas. "Eu vou."

Sua mãe o assistiu com uma expressão vazia em seu rosto. Uma de suas irmãs porém, deu à sua mãe um olhar e então deu um passo em volta dele. "Zayn," ela disse, sorrindo. "Zayn! Mae, é o Zayn--,"

"Sim, querida, mas ele não pode ficar. Ele tem coisas para fazer, não tem, Zayn?"

"Sim," Zayn assentiu. "Eu tenho bancos para roubar, pessoas para matar, drogas para fumar. Até mais."

Ele tinha um saco de batatinhas nas mãos e ele apenas a largou, bem no meio do chão. De modo que fez a boca de sua mãe se abrir. Um funcionário gritou, "Hey, você não pode apenas fazer isso!" Mas Zayn a ignorou. Ele nunca mais voltaria à esse mercado particularmente de todo modo.

Ele mal chegou ao lado de fora antes que suas mãos começassem a tremer. Ele continuou indo, mesmo que seus joelhos estivessem fracos. Ele alcançou o bolso traseiro enquanto caminhava, sem nem prestar atenção em onde ele estava indo. Ele puxou seu maço de cigarros e tentou pegar um, mas seus dedos estavam tremendo tanto que ele derrubara um e, já que ele continuou andando, ele pisou no mesmo. Ele tentou novamente e conseguiu tirar um, e então ele teve que parar para fazer com que o isqueiro funcionasse.

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