Prólogo

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         Todos nós escolhemos livremente nossos caminhos. Pressionados pelas emoções, baseados em nossos sentimentos, envolvidos em nossas ilusões. Escolhemos ao preferir esta ou aquela oportunidade, ao fazer este ou aquele conceito, ao colocar em nossos próprios olhos as lentes com as quais preferimos enxergar a vida, as pessoas, as coisas.

          Tudo é escolha nossa. Apesar disso, muitas vezes, revoltamo-nos quando, ao toque da realidade - que sempre toma o nome de desilusão -, o reflexo de nossas escolhas nos atinge o coração, com resposta diferente da que esperávamos, porém a única possível como reação de nossos atos.

          Enganar-se na escolha é fato tão comum a nós todos quanto a presença do sofrimento e da dor, instrumentos de reajuste a que, por isso, fizemos jus. Revoltar-se diante das consequências de nossos próprios atos é tão ingênuo e inadequado quanto nossa teimosia em conduzir a vida como se ela pudesse obedecer-nos, servindo às nossas fantasias e infantilidades.

          A vida é perfeita, porquanto é criação de Deus. Assim sendo, suas respostas guardam a sabedoria divina. Nenhum homem poderá controlá-la. Ao contrário, há necessidade de compreender-lhe a essência e procurar harmonizar-se a seu movimento, que é a garantia de nossa felicidade, pois sua meta única e objetiva é a de nos tornar espíritos mais conscientes das verdades eternas que guarda em seu seio, e felizes participantes da alegria divina que tudo movimenta e harmoniza no belíssimo concerto universal.

          Ao trazermos, neste livro, pedaços de nossa memória, relembrando acontecimentos de outros tempos, temos o objetivo de mostrar, por meio dos fatos reais, onde cada um dos protagonistas escolheu seu rumo, as respostas que tiveram da vida.

          É claro que, tanto eles quanto nós próprios continuamos em nossa trajetória, escolhemos novos rumos e recebendo as respostas e estímulos da vida, porém, neste flash que relatamos de suas vidas, podemos, quem sabe, encontrar em suas emoções e lutas reflexos de nossos anseios mais íntimos e, desta forma, perceber por antecipação as respostas que a vida nos daria neste ou naquele roteiro, e poder assim nortear nossas escolhas para colocar em nossos caminhos mais alegria, mais felicidade e mais paz.

          Esses são meus votos.

Lucius

São Paulo, 13 de Julho de 1983


Esmeralda - Zibia Gasparetto pelo espírito LuciusDonde viven las historias. Descúbrelo ahora