Capítulo 4

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- Alô.

Conheço essa voz, que seja dele.

- Collin é você?

- Vejo que não esqueceu de mim Clarck.

- Como poderia? Lindo desse jeito.
Falo sussurrando.

"Meu Deus o que foi que eu disse.. Por favor que ele não tenha ouvido, por favor que ele não tenha ouvido."

- Obrigada Clarck, sei que sou muito gato.

Droga.

- Err... Hm.... - Ai que vergonha, o que eu falo agora, pensa Elena, pensa. - Por que você ligou?

- A sim, que tal um café amanhã no Starbucks com meus amigos?

- Não sei...

- Ah vamos Elena, quero muito te ver..

- Seus amigos vão estar lá, não os conheço, sou muito tímida, e se eles não gostarem de mim?

- Impossível não gostar de você, divertida e esplendidamente linda.

Vergonha em dobro.

- Ta bom, Collin Martin.

- Isso ai, às 6:00 da tarde está bom para você?

- Está sim.

- Então até amanhã, Tchau Clarck.

- Tchau Collin.

E assim se encerra  a ligação.

Volto a minha atenção à série e me perco completamente naquele episódio simplesmente divino.

                        * * *

Acordo com o barulho irritante do despertador informando que é mais um dia de humilhação.
Faço tudo que tenho que fazer e desço para tomar café.

- Bom dia, gatinha. - Diz meu pai enquanto tomava café e lia jornal, sentado a mesa.

- Bom dia, paizinho. - Falei e fui em direção a ele para beija-lo. - Cadê a mamãe?

- Se arrumando, sabe como é que ela é. - Abaixou o jornal que ainda estava segurando, colocando sobre a mesa e direcionou seu olhar a mim. - E como você está hoje, ainda pertubam a minha gatinha?

Eu e meu pai somos muito próximos, meu irmão é mais chegado a minha mãe, já eu sempre recorri a ele, encontrei nele meu porto seguro.

- Ah pai, é sempre a mesma coisa as humilhações nunca acabam. E o pior é que é que ouço coisas horríveis da pessoa que mais amo nesse mundo. - Uma lágrima solitária escorre pelo meus olhos.

- Oh minha pequena não fica assim. - Se levanta e me dá um abraço reconfortante, olha nos meus olhos e diz: - Quando tudo estiver desmoronando e achar que chegou o momento de desistir, talvez seja justamente porque está mais perto de conquistar sua vitória. 

Suas palavras sempre me trazem conforto, paz. Fazendo meu dia se tornar agradável. Ele sempre sabe o que dizer.

- Obrigada pai era tudo o que eu precisava ouvir, mais agora tenho que ir. Te amo tchau.

- Tchau gatinha, também te amo.

Saio e vou andando para o colégio.

...

Eu estava distraída olhando o calendário de avaliações quando esbarro com alguém consequentemente me derrubando e tudo que eu estava segurando : 

- Oh, sinto muito. Digo, até que levanto os olhos e percebo quem era a pessoa que havia trombado comigo. Senti minhas bochechas corarem. Estava com medo da sua reação, pensei que ele iria falar algo do tipo: "Olha por onde anda, nerd imbecil" como fez da ultima vez. Mas não foi bem assim que aconteceu:

- Sinto muito digo eu, a culpa foi toda minha. Disse Den me ajudando a pegar os livros e os papeis do chão.

- Não, não precisa, obrigado. 

Sorriu para mim e entrou na sala.
Acho que fiquei tempo demais paralisada por que quando dei por mim não tinha mais ninguém no corredor.
Entro correndo na classe, me sento e a aula começa.

- Oi amiga.

- Oi Jen, veio com o Billy?

- Sim, ele passou lá para me pegar mais cedo.

- Ahh.

- Ei o que deu em você? Você está aqui, mais sua cabeça está longe. O que aconteceu?

- Depois te conto.- Falo e Jen sussurra algo que não consigo entender.

Só ignoro e tento prestar atenção na aula mais não estava dando muito certo, só conseguia pensar no porque de Den não ter me tratado mal, como sempre fazia desde quando estudávamos no ensino médio.

...

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