Capítulo 16

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- É tudo culpa minha, se eu tivesse ido com ele nada disso teria acontecido, eu poderia ter evitado isso Lana. - Digo aos prantos.

O sentimento de culpa me corroe.

- Não foi culpa sua meu amor, você não poderia prever. - Diz me abraçando forte.

Era tudo que eu precisava no momento... Vou me acalmando aos poucos em seus braços.

- Está melhor, minha filha?

- Sim, obrigada por está aqui.

- Que nada. Já ligou para seus pais?

- Não, ligarei assim que eles chegarem na Irlanda.

- Okay menina, vou pegar um café e já volto, aceita algo?

- Não, obrigado Lana.

O estado do meu irmão é muito delicado, a bala perfurou o rim direito, precisou ser operado urgentemente.
Deus por que justo com o meu irmão? Ele não fez nada para merecer isso.

- Lena, tem um policial querendo falar com você. - Diz Lana e me levanto rapidamente para comprimenta-lo.

- Delegado Forbes, é um prazer reve-lo, pena que seja nessas circunstâncias.

Abraça-me.

- O prazer é todo meu Elena, sinto muito pelo seu irmão, vim aqui para dar meu apoio e para dizer-lhe pedir desculpas em nome dos nossos homens, como já sabe foi um acidente, era para ter acertado o assassino, ele só estava no lugar errado e na hora errada.

- Obrigada pelo apoio, e delegado, não precisa se desculpar, sei que não foi proposital.

- Obrigado Elena. Ah e se quiser carona para casa estou a sua disposição, o hospital está cercado de paparazzis.

- Não posso aceitar, o senhor já fizera muito por nós.

- Com tudo que está acontecendo é o mínimo que posso fazer.

- Talvez eu fique aqui com o Billy não é certeza que vou para casa.

- Então ficarei aqui com você, caso precise.

- Olha faremos o seguinte, vai para casa e se eu precisar de carona te ligo.

- Tudo bem. Então já vou, e seja forte menina por você e por Billy.

- Tentarei.

- Tudo ficará bem, tenha fé.

-  Obrigado novamente.

- Que nada, agora eu já vou, mas não exite em me ligar.

- Okay.

Da um beijo em minha testa e sai porta à fora.

- Querida?!

- Sim Lana.

- O médico tem notícias do seu irmão.

- Ai meu Deus. - Sinto meus olhos se encherem de lágrimas novamente, estava com medo do que estaria prestes a ouvir.

...

- Temos boas e mas notícias. - Diz o doutor.

- Conte-me primeiro a boa por favor.

- A boa é que a operação foi um sucesso, a má é que ele está em coma.

- Ele vai acordar não vai doutor? - Tento não chorar.

- Sim, mas pode ser daqui a um dia, meses ou até anos.

- Isso não pode estar acontecendo. - Choro... Choro...Choro... - Meu irmãozinho. - Digo me Levantando bruscamente da cadeira.

Sinto minhas pernas tremerem, e tudo girar até que por fim não vejo mais nada.

                        ***

Vou abrindo meus olhos lentamente por causa da claridade do quarto, percebo que não estou em casa e sim no hospital.
Então foi tudo real, e não um sonho.

Eu daria tudo para que fosse eu ali em seu lugar, nossa ligação é tão forte, não sei se aguentarei muito tempo sem meu gêmeo.

- Filha. - Minha mãe entra no quarto aos prantos vindo me abraçar.

- Me desculpe mãe, eu deveria te-lo impedido de sair. - Choro.

- Não é culpa sua meu amorzinho, você não tinha como prever tal acontecimento. - Fala passando a mão pelos meus cabelos.

- C-cadê o-o p-pai? - Pergunto soluçando por causa do choro.

- Está com o seu irmão, daqui a pouco ele virá aqui.

- P-preci-so v-ve-lo. - Tento me levantar da cama, porém minhas pernas fraquejão e acabo caindo no chão de joelhos, me abaixo e começo a chorar ainda mais.

- Elena de Deus, você está fraca volte para cama por favor, assim que você melhorar do desmaio você vai ve-lo.

- Preciso ve-lo agora. - Grito com convicção, porém ainda chorando no chão gelado do hospital. - Você não entende.

- O meu bebê.
Abraça-me novamente.

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