Consequências de uma aposta.

Capítulo 9

Vesti a mesma roupa que fui à faculdade, até porque usei apenas hoje não vejo necessidade em sujar outra.
Saio de casa.

Cheguei à casa de Collin, ficava em um condomínio fechado repleto de seguranças.
Bato e uma senhora de mais ou menos uns 57 anos abri, acho que deve ser a governanta, ou algo do tipo.

- Boa tarde menina, Collin me avisou que viria, ele está te esperando lá em cima. - Diz com um sorriso amigável.

- Ah sim, obrigada senhora. - Respondo também sorrindo.

- Ah menina não precisa de formalidades, me chame apenas de Emilly.

- Okay Emilly, mas onde é que o Collin está?

- Sobe as escadas a oitava porta à direita, e foi um prazer te conhecer senhorita?

- Clarck. Que isso, o prazer foi todo meu. - Digo indo em direção às escadas.

...

- Collin?

- Clarck. - Veio me abraçar.

- Como você está? - Pergunto entrando em seu quarto.

- Melhor agora.

- Não começa, sabe que morro de vergonha. - Abaixo à cabeça.

- Acho melhor você ir se acostumando Clarck, por que eu não vou parar.

Suspiro.

- Tá, mas agora agora que tal um filme.

- Qual?

- Tem preferência de gênero?

- Terror ou romance.

- Como você pode gostar de terror e romance ao mesmo tempo?

- Gosto de todos os tipos de gêneros, esses são apenas os que tenho preferência.

- Você é uma caixinha de surpresa senhorita Clarck. - Sorrio com o seu comentário.

- Que tal, "A culpa é das estrelas"?

- Não, muito clichê. - Collin fala e dou língua para, que gargalha.

- Então, "Esquadrão classe A"?

- Pode ser.

- Eba. - Bato palmas e Lin sorri.

- Coloca o filme que eu vou pegar os MMS e cola cola para nós.

- Okay.

Coloco o DVD, e em questão de segundos o Collin volta.

- Já? - Pergunto surpresa com sua rapidez.

- Eu sou o flash, cara Elena.

Gargalho alto.

- Tome. - Me dá o MM e solta o filme.

Abro o saco e começo a separar os marrons dos coloridos.

- O que você está fazendo? - Pergunta dando pausa no filme.

- Tirando os MMS marrons e deixando os coloridos.

- Por que?

- É bobagem, uma mania que tenho desde de pequena.

- Não é bobagem, é interessante , agora me diz, por que faz isso?

- Eu acho que os MMS marrons tira o gosto dos coloridos, apesar de ter menos corante.

Ele não diz nada apenas me encara, vejo em seus olhos um olhar de devoção.

- Você é muito linda Elena Clarck.

- O-obrigado - "Meu Deus que vergonha". - Agora solta o filme por que estamos perdendo tempo.

- Okay, senhorita.

- E sem gracinhas. - Dou um tapinha de leve em seu ombro.

- Não prometo nada. - Diz e solta o filme.

Durante o filme sentia os olhares de Collin direcionado à mim, me senti um pouco desconfortável de início, depois passou pois, lembrei-me de suas palavras: "Acho melhor você ir se acostumando Clarck, por que eu não vou parar." Então resolvi ignorar, o que de certa forma ajudou.

- Outro?

- Não, tá doido, olha às horas. - Digo olhando no relógio, que estava marcando 20:30 - Preciso ir se não meus pais iram ficar preocupados nem avisei a eles que iria sair.

- Tá bom então, vou te levar em casa, vamos?

- Não precisa Collin, eu pego táxi.

- Não mesmo, eu faço questão de leva-la! - Fala com convicção.

- Okay.

Descemos e vejo Emilly lá em baixo, vou em direção à ela e dou-lhe um abraço e um beijo em seu rosto.

- Emilly, foi um prazer muito grande te conhecer, espero reve-la em breve.

- Oh menina, também espero. Você é um amor de pessoa. - Fala ainda me abraçando.

Sua voz era doce e tinha tom maternal.

- Até logo. - Afasto-me e dou um sorriso.

...

- Obrigada novamente, pela ótima tarde.

- Tudo por você!

- Não começa Collin, já te disse que...

Ele me enterompe, ante de eu terminar de falar.

- Só uma chance Clarck, me dê uma chance de conquista-la. - Seu olhar transmitia súplica.

Eu daria uma chance à ele se o Deniel não tivesse falado comigo e me chamado para sair, eu esperava por isso à anos.

- Sinto muito mesmo Collin, mais meu coração pertence a outro.

- Okay, acho melhor você descer logo se não seus pais iram brigar. - Era impossível não notar sua tristeza.

- Tchau Collin. - Digo saindo do carro.

- Tchau Elena. - Sua voz saiu quase imperceptível.

Ele me chamou de Elena não de Clarck, aquilo foi como um tiro. Ele raramente me chama assim quando chama é por que está mal de alguma forma.

Olho para trás ele não está mais lá. Fiquei decepcionada, o por que eu ainda não sei.
...