Capítulo 1

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Já imaginou um mundo onde todos são honestos? Talvez a resposta seja "seria ótimo!", mas isso é algo que nunca irá acontece. É como se a honestidade fosse uma força superior que o ser humano, uma força que poucos lideram. Eu costumo me perguntar todos os dias, o que é ser honesto para mim?
Uma das partes de um juramento quando se trabalha com o meio policial ou algo do tipo, é ser honesto, foi isso que meu pai me ensinou quando eu tinha 7 anos, ele costumava me dizer: "não a problemas em seguir os meus passos, mas acima de qualquer coisa a honestidade deve prevalecer."

***

Sou Samantha Milles, uma adolescente de 17 anos que vive uma bela vida dupla, uma vida que se deriva em ser uma adolescente normal e a outra em treinamentos policias pesados, algo que não é comum para uma garota de 17 anos, a não ser que seu pai seja Dalth Milles, o fundador de uma das maiores empresas de espionagem de Atlanta.
Desde quando eu era bem nova, meu pai já me ensinava a lutar. Aos 8 anos comecei muay thay com ele. Aos 13, ele me ensinou a como atirar. Aos 15, aprendi lançamento de facas. Aos 16, arco e flecha. E aos 17, a como saber ser uma adolescente e uma espiã sem que as pessoas ao seu redor percebam.
Minha melhor amiga, Zara, nunca soube disso, ela já viu armas e essas coisas em meu quarto, mas sempre conseguíamos uma desculpa, mas a cada dia fica difícil esconder dela sobre vir de uma espiã.
Minha família é baseada em: eu, como filha única, Dalth, o pai fundador da sede de espião e Elisa, minha mãe que cuida da parte "não prática" da empresa.
Meu pai não é mais espião, digamos que é "aposentado", depois de sua última missão, levou um tiro na cabeça e não pode retirar a bala, ou então morreria, achamos melhor que ele parasse. Agora quem comanda suas missões é o tio Oliver, irmão mais novo do papai. Tio Oliver quem me treinou arco e flecha, diz ele que meu pai nunca foi bom nisso. E por fim e nem um pouco importante, temos o Jonny, ele é tipo, um dos espiões mais confiáveis do meu pai, trabalha nessa empresa desde seus 15 anos.
Os espiões por aqui me vêem como alguém superior, batem continência quando eu passo e essas coisas, só porque sou filha do chefe, isso é um saco, e pra piorar, nunca recebi uma missão de verdade para que eu seja tão importante assim.

***

— Mais rápido, Milles! — tio Oliver grita.

— Chega, pelo amor de Deus, eu dei umas cem voltas nessa quadra. — digo parando e agachando.

— Ta arregando, Milles? — ele ri.

— Nunca! — volto a minha postura.

— Faz algumas séries de socos e chutes, e depois está liberada. — ele ri e sai andando.

Admito que essa é minha parte favorita, socos e chutes.
Chuto com força e acabo torcendo o pé e caio em cheio no chão. Ouço alguém rindo atrás de mim. Jonny.

— Já pensou em endurecer mais a perna e não o pé? — ele coloca as coisas encima do banco.

— Já pensou em cuidar da sua vida? — me viro.

— Ei! Foi só uma dica, não precisa morder! — ele sorri de lado meio sem graça.

— Não sou nenhum animal pra morder! — me levanto irritada.

— Tem certeza? — ele fica sério e logo se vê a veia de sua testa. Nervosinho como sempre.
Bufo e saio andando.

Eu não tenho certa implicância com ele, talvez um pouco, mas Jonny vive me corrigindo ou tentando "me ajudar", mas ele não é meu treinador e eu odeio quando me corrijem, então sou grossa com ele!

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