Capítulo 2

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Ouvir o barulho do despertador às 7h da manhã é como visitar o inferno. Odeio acordar cedo, isso é horrível! Mas como eu ainda tenho 17 anos e tenho que ficar indo para aquele lugar de tortura matinal para adolescentes ou mas conhecido por escola, tenho que me apressar.
Visto minhas roupas e desço. Tomo café da manhã e logo vou até a garagem. Hoje o dia estava meio que ensolarado, porém, frio. Meu celular começa a tocar, e então o conecto no carro.

ligação on

— Alô?

— Samantha? — uma voz masculina responde.

— Tio? — pergunto.

— Sim, seu pai te avisou que eu não vou poder te treinar nos últimos três dias?

— Não! — digo surpresa. — Mas eu preciso treinar, não posso ficar sem treinar. — estaciono nos fundos do colégio.

— Ai que vem a outra parte... — escuto ele coçar a garganta. quem vai te treinar vai ser o Jonny.

— Por que? Tem tantos espiões naquela sede! — bufo.

— Carrapatinho, você sabe que o Jonny é quase um filho pro seu pai e que ele confia muito no Jonny.

— Mas tio... — suspiro.

— Sem mas, aliás, foi Jonny que se ofereceu. — ele ri.

— Tá de brincadeira?

— Não! Ele disse que te treinaria, e ele ainda vai te ligar hoje pra pegar os horários. — ele ri mais ainda. — Sam, tenta ser legal com ele, não sei porque vocês tem essa implicância, mas o Jonny é um bom garoto.

— Ah claro! Ele vai aparecer morto amanhã — digo desconectando o celular saindo do carro. — bom, eu tenho aula, obrigada por avisar ja que meu pai não lembra nem a cor da cueca! Beijos.

— Beijos.

ligação off

O sinal toca e eu saio correndo pelos imensos corredores daquele hospício. Viro o último corredor e sinto meu corpo se chocar contra outro, fazendo meu celular voar e alguns livros que eu segurava cair no chão. Levanto meus olhos para ver com quem eu havia esbarrado e me deparo com dois pares de olhos azuis e uma jaqueta de lacrosse. Ai meu DEUS, era o Scott, o melhor amigo de Logan, e o maior crush supremo da minha vida. Ele estende a mão para me ajudar a levantar, minha barriga parece ter mil borboletas, meu coração quer sair pela boca e minha língua trava quando tento falar.

— Foi mal, eu estava correndo para a aula de física e não te vi! — ele me ajuda a levantar.

— Não, é, tá tudo bem, tudo...tudo bem! — sorrio ao vê-lo sorrir com o meu jeito desajeitado.

— Então tá bom! — ele sorri e eu quase desmaio.

— Tá bom. — repito.

— Te vejo por ai! — ele sai ao lado contrário que o meu.

Eu continuo parada no corredor, sorrindo que nem uma idiota, até perceber que vou levar advertência se não entrar na sala em 1 minutos. Saio correndo e entro na sala, sento-me ao lado de Zara e respiro ofegante.

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