Capítulo 32

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Samantha

4 meses depois...

Oliver estava aqui em casa junto à Alice e seu menino Killian, ele era a coisa mais linda que eu já tinha visto, puxara os olhos e os cabelos de Oli, mas a boca e o queixo provava que era totalmente a cara de Alice. Estavamos num almoço, faltava alguns dias ou horas para minha pequena nascer, eu ainda não sabia que nome dar, mas Jonny disse que escolheriamos na hora. Killian dormia, ele tinha apenas 4 meses, era um amor, quieto e super dado, adorava um colo, Jonny não parava quieto, babava o menino como se fosse dele, até porque Oli colocou nós dois como padrinhos, Jonny brincava e mimava o menino, Alice até dizia para deixa-lo dormir, mas Jonny não parava quieto, e a melhor parte era que Killian adorava.

Estavamos todos no sofá conversando, Jonny estava a minha frente brincando com Killian, solto um grito e sinto uma dor insuportável, em menos de 1 segundo Jonny já está ao meu lado, ele me ajuda a levantar e uma água escorre pelas minhas pernas.

- A bolsa! A bolsa, Jonny!- grito.

- Mas que raio você quer sua bolsa agora! Vamos para o hospital!- ele diz me puxando.

- Não, idiota! A bolsa estorou!- grito fazendo força.

- O bebê vai nascer.- explica Oliver.

- Oh meu Deus! Ela vai nascer!- Jonny grita e corre comigo até o carro.

Alice diz para mim ficar sossegada que ela arrumaria tudo para levar ao hospital, aliás, ela pariu à 4 meses atrás. Jonny me põe no banco de trás e corre para o hospital, no meio do caminho eu grito e gemo, ele coloca uma mão no volante enquanto a outra está na minha barriga.

- Já estamos chegando, amor!- ele diz me olhando.

- Olha para estrada, Jonathan!- grito.

- Desculpe.- ele volta a atenção para a estrada.

Sinto o carro balançar, estamos no estacionamento, ele me carrega até o hospital e grita por ajuda, logo 3 enfermeiras me põe em uma cadeira de rodas e voam comigo até um quarto, Jonny infelizmente não pode acompanhar o processo, mas na hora nem me importei, eu estava com tanta dor. A enfermeira que me empurrava pedia que eu respirasse fundo e soltasse o ar pela boca, eu fazia isso mas parecia não adiantar em merda nenhuma, grito de novo quando as contrações pioram, ela me deitam numa cama e um médico entra, sério, um homem? Me sinto meia desconfortável mas tem uma criança saindo pela minha parte íntima, não há tempo de exigir uma mulher, uma enfermeira passa ao mãos em meu rosto tentando me acalmar.

- Fique calma, moça, irá ficar tudo bem, segure minha mão!- ela me entrega a outra.- faça tudo que o médico lhe pedir, ok?- concordo com a cabeça.

- Boa noite, senhorita.- ele se senta.- faça força.- ele nem precisa pedir.

Aperto a mão da pobre coitada da enfermeira e grito fazendo a maior força que posso, mas logo canso.

- Vamos lá! Mais uma vez!- ele diz num tom alto.

Faço mais força e grito. Isso se repete umas 5 vezes, até eu ouvir os choros dela, da minha menina.

- Ela nasceu!- eu disse.

- Sim, você é mamãe de uma linda menina!- o médico diz a segurando.

Jonny

Eu não parava quieto, andava de um lado para o outro, parava qualquer médico ou enfermeira e eles nunca sabiam de nada, 2 horas depois, um médico sai e olha uma prancheta depois olha para mim.

- Jonathan Cole?- ele pergunta.

- Sim!- digo nervoso com a noticia.

- Parabéns! Sua filha nasceu saudável e linda!- ele sorri para mim.

Algo parecesse explodir por dentro, eu queria gritar, sorrir, pular, queria até beijar aquele médico.

- Posso vê-las?- pergunto empolgado.

- Mas é claro, o quarto é no 2° andar número 20.- ele sorri.

Saio correndo e subo as escadas, esbarro nume senhora e ela me xinga por cair, volto e a ajudo.

- Mil desculpas!- digo.

- Pare de correr que nem louco em um hospital, menino!- ela diz zangada.

- Não dá!- digo.- eu vou ser pai de uma menina!- grito e lhe dou um beijo na bochecha.

Ouço suas risadas e um parabéns bem baixinho mas volto a correr. Antes de entrar no quarto, sou obrigado a vestir um roupão e uma touca, assim que entro, vejo Sam deitada com ela nos braços.

- Sam?- a chamo.

- Amor!- ela exclama. Fico em choque ao ver aquela coisa tão linda em seus braços.- venha, venha vê-lá!- ela me chama fazendo sinal com sua outra mão livre.

Me aproximo de ambas e paro ao seu lado, deposito um beijo na testa de Sam e olho para aquela coisinha mais linda.

- Ela não é linda?- Sam diz com um certo orgulho na voz.

- Ela é...ela...- eu apenas gaguejava.

- Oh meu Deus, seu papai está chorando!- Sam diz tirando onda da minha cara.- esse seu pai é um cagão!- fala com ela.

- Ela tem seus olhos!- digo a observando.

- E seu queixo.- ela rebate.

- Sim, é igualzinho ao meu.- sorrio.

Eu não consigo conter as lágrimas, Sam me dá ela e brinco com a mesma, ela era tão pequena, tão frágil, ainda não consigo parar de chorar, mas não é muito visível, Sam se levanta um pouco na cama e se vira para mim.

- E ai papai, qual vai ser o nome da nossa menina?- ela sorri para mim.

Para por um instante e encaro ela, não tinha nome melhor, não havia nome mais perfeito que esse para ela...

- Emily, Emily Milles Cole.- sorrio.- bem-vinda, princesinha!- beijo sua testa e abraço Sam.

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