Vidas Duplas

Capítulo 16

ligação on

- Samantha?- digo ofegante.

- Jonny?- ouço sua voz fraca.

- Samantha, onde você está? Você está bem?- digo rápido.

- Jon...eu na...stou...- a ligação estava cortando.

- Samantha, só me diz onde você está?- digo nervoso.

- No me...mato...Jon...- a ligação cai.

ligação off

- NÃO, NÃO! DROGA!- grito e jogo algo na parede.

Volto para meu quarto e pego os dois revólveres e coloco na perna, fecho tudo e pego as chaves e o celular, visto minha jaqueta e saio do apartamento. Deço correndo e entro no carro, voo em direção a estrada 169. Por mais que tenha sido difícil entender, ela disse uma parte "mato" e naquela estrada à uma estradinha de terra onde tem uma mata. Já era em torno de umas 5 horas, o dia não estava claro, mas parecia querer clarear. Chegando à estrada, estaciono o carro no acostamento e entro no mato, apenas a luz da lua clarea o mato ajudando minha visão, entro mais ainda no mato e começo a gritar por Samantha, mas não tenho uma resposta se quer.

***

Depois de andar por horas naquela mata e de ouvir uns barulhos estranhos no mato, vejo um pedaço do vestido de Samantha e então corro para mais perto.

- Nananinanao, mocinho!- sinto uma faca na minha garganta.- você vai fazer o que eu mandar ou sua amiguinha ali morre!

Tento pegar minha arma e então ele chuta minhas pernas fazendo-me cair de joelhos e arranca os revólveres da minha coxa jogando-os longe. Nessa hora Samantha sai de trás da árvore assustada.

- Jonny?- ela me olha assustada.

- Corre, Samantha!- grito e então apertam mais ainda a faca em meu pescoço.

- Soltem ele! Eu vou com vocês!- ela grita.

- Os dois vão conosco!- um dos caras saem de trás de uma árvore e segura Samantha.

O cara que colocava a faca em minha garganta prendeu meus braços com a ajuda de seus parceiros e me levantou, tentava me debater e fugir, eu sabia como sair dali, mas então Samantha passou do meu lado e sussurrou: "não tente nada", eu apenas paro de tentar lutar com eles e deixo que eles me guiem, andamos por mais ou menos meia hora naquele mato, até chegarmos em uma casa de madeira, ao entrar nos jogam dentro de um quarto totalmente fechado, nos desamarram, mas claro que antes nos ameaçaram. No quarto havia apenas uma janela fechada por madeiras pregadas na parede, não tinha piso nem nada, era totalmente uma prisão bem fria e escura. Samantha estava sentada em um canto, seu rosto estava inchado, provavelmente estava chorando, ela tremia e parecia com medo.

- Uma espiã treinada neste estado? Que isso, Milles!- tento anima-lá.

- Estou com frio, só isso.- ela diz tremendo.

- Pegue.- entrego minha jaqueta.

- Não, não precisa.- ela sorri fraco.

- Pega logo.- insisto.

Depois de alguns minutos em silêncio, Samantha decide falar algo.

- Me diz que você avisou meu tio e que ele irá nos ajudar?- ela pergunta.

- Na verdade não!- digo com medo do escândalo que ela faria.

Ela apenas fica calada por um tempo e isso me deixa assustado, Samantha então tenta dizer algo mas parece não ter coragem.